Páginas

segunda-feira, 9 de maio de 2022

OLHÃO: ENCERRAMENTO DE PASSAGENS DE NIVEL?

 Desde meados de 2014 que a câmara municipal de Olhão vem mantendo um braço de ferro, primeiro com a REFER e depois com a Infraestruturas de Portugal, em torno da passagem de nivel da Avenida, um problema que já havia sido levantado no tempo do antecessor do actual edil.

Entretanto, a Infraestruturas de Portugal avançou com o processo de electrificação da linha nos troço entre Faro e Vila Real de Sº António, o pode vir a trazer novos problemas.

Como toda a população sabe, o caminho de ferro atravessa a cidade, formando uma barreira que impede a normal circulação de  pessoas e viaturas, existindo diversas passagens de nivel dentro da cidade.

Por Lei, a maior parte delas terão de ser encerradas, o que vem agravar ainda mais a situação da passagem de nivel da Avenida.

Imaginem os olhanenses o que pode acontecer se, a poderosa Infraestruturas de Portugal, e à semelhança do que tem vindo a fazer no Norte do País, entender que tem de encerrar as passagens de nivel da Rua Almirante Reis e na Rua da Feira (vulgo Barraquinhas).

A concretizar-se, as alterações para a circulação de pessoas e viaturas seria tremenda, já que só restariam a ponte na Rua 18 de Junho (estreita), o famoso tunel da Avenida e o viaduto junto ao Siroco.

Não bastava o fenómeno da gentrificação promovido pela autarquia senão uma barreira fisica, uma autêntica fronteira a separar os dois lados da cidade, o rico a Sul e o pobre a Norte.

Será que os nossos ilustres autarcas não sabem de nada? Ou sabem e não têm interesse em falar no assunto? Porquê o silêncio sobre as consequências da electrificação da linha?

O nosso presidente, que diz ter relações previlegiadas com o ministro das Infraestuturas, certamente que sabe de alguma coisa, mas prefere calar-se.

Os olhanenses devem estar atentos e começar a questionar sobre o futuro da mobilidade na cidade e organizarem-se para dar a resposta adequada caso venham a proceder ao encerramento das passagens de nivel da Rua Almirante Reis e da Rua da Feira.

Quem os avisa bem lhes quer!

domingo, 8 de maio de 2022

OLHÃO: SERÁ QUE...?

 Enquanto a autarquia se desmultiplica em manifestações culturais ou de outra natureza, os problemas da cidade vão-se agravando.

Tapetes de alcatrão recente todos esburacados; passeios cheios de ervas e com falta de calçada; casas devolutas e degradadas sem préstimo e a dar má imagem; caos no estacionamento e circulação automovel, nada que motive os nossos eleitos com pelouros atribuidos a não ser tentar destruir a imagem de pessoas carenciadas.

Por detrás disso, escondem-se outras realidades como actos de prepotência, de incompetência que se reflectem na vida da cidade e do concelho.

Já faz bastante tempo e nunca mais se falou na construção dos fogos a custos (des)controlados. Uma boa parte deles, está a entrar na fase de acabamentos mas a outra continua embargada com responsabilidades da câmara. É que o projecto de arquitectura ignorou a existência de uma marquise que já estava incluida no projecto de arquitectura da vivenda autorizada pela câmara, pelo que as paredes tapavam a dita marquise. Resultado: embargo!

E como é natural, os orçamentos pedidos a empreiteiros tinham em conta a totalidade da obra e não parte dela. Ficaram parados por exemplo os cofradores de madeira e os de ferragem, os pedreiros que montam paredes, os que tratam dos rebocos. Bastante gente que ficou pendurada.

Quando se faz um contrato para a construção de um imovel, as duas partes estabelecem penalidades para quem incumprir. Neste caso, o incumprimento dos prazos previstos é inteiramente da responsabilidade da autarquia, e a empresa construtora tem direito a exigir o pagamento das penalidades acordadas.

As penalidades previstas são de sete mil e quinhentos euros por cada dia de atraso, e como não se prevê a resolução do conflito para breve, o somatório das penalizações vais custar quase tanto quanto o da construção.

A irresponsabilidade dos nossos autarcas tem destas coisas! A autarquia a contas com um despesa extraordinária avultada. Só que as responsabilidades devem ser apuradas e se, como tudo indica, ela é dos autarcas (o presidente), eles devem responder solidariamente com a autarquia.

À oposição cabe questionar o executivo sobre a situação da obra e a confirmar-se o que se descreve, deve pedir-se a reversão por parte de quem autorizou indevidamente.

Um assunto a não esquecer, porque passadas as eleições, vão aproveitar para encarecer os impostos e taxas municipais para que seja o cidadão sem culpa a pagar os desvarios dos incompetentes autarcas.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

OLHÃO: COMO SE DESTROI UM SER HUMANO

 A minha amiga facebookiana Catia Pereira, mãe do Rodrigo, o tal menino portador de doença incapacitante foi denunciada junto do CPCJ por se estar a aproveitar da situação do filho. em beneficio próprio, o que merece alguns cometários.

Uma de duas situações que poderão estar por detrás de tal denuncia. Uma oriunda do Poder local com o objectivo de destruir a imagem da Cátia e a outra, de alguem que, procurando casa, vê nela uma concorrente de peso.

Em qualquer dos casos, devemos ter em conta que o beneficiário final da atribuição de uma casa, é sempre o Rodrigo, embora os pais possam tirar algum beneficio. É que a Cátia é cuidadora informal do filho, recebendo por isso um modesto apoio, que não dá para pagar uma renda no mercado de arrendamento habitacional. Mas nunca disse que queria uma casa de borla mas apenas uma renda acessivel, o que é bem diferente, e esse seria o seu beneficio, se é que tal se lhe pode chamar.

Venha a denuncia de onde vier, é preciso ser uma pessoa de muito nau caracter, pode dizer-se mesmo que própria de um(a) pulha, que inveja o mal estar de quem já está mal e se vê confrontado com uma doença incapacitante, como a do Rodrigo.

Vamos mais longe, porque sempre o defendemos, cabe ao aparelho de Estado, assegurar o direito à habitação a qualquer cidadão, não confundir com a isenção do pagamento de uma renda, mas também no acesso ao trabalho, porque há trabalhos que uma pessoa com deficiência pode prestar alguns serviços nem que seja numa portaria, fruindo de um salario que lhe permita uma vida decente. Bem sabemos que, com a crise de empregos, as primeiras oportunidades, são para os amigos, camaradas e outros que tais, sem que se estabeleçam prioridades.

O Rodrigo tem uma doença incapacitante, e a mãe Catia, apresentou no CPCJ os relatórios médicos comprovativos da deonça. Apesar de ser confrontada com tamanha indignidade, demonstrou uma grande serenidade, procurando sempre acautelar a situação do filho.

No estado de saúde em que o Rodrigo se encontra, ele precisa de uma casa adaptada, começando desde logo pela casa de banho e tudo que se prenda com a sua mobilidade, verificavel e devidamente atestada.

Entender isto como um aproveitamento, é tentar destruir a imagem da Cátia e de impedir um pouco de conforto a uma criança que sofre todos os dias.

Claro que a culpa disto só pode ser atribuida à autarquia, que tem casa devolutas e não as entrega, porque não tem um plano de prioridades; tem culpas porque nos ultimos anos, fazendo usso da lei tomou a posse administrativa de casas devolutas e degradadas para se substituir aos proprietários (será?), mas que nuca procedeu a obras. Mais se a autarquia quisesse melhorar a imagem da cidade, tê-lo-ia feito, recuperando todo o património imovel devoluto e degradado para o incluir no mercado de arrendamento forçado.

O menos que podemos dizer é que andam muitos pulhas à solta! Tenham vergonha!

quinta-feira, 5 de maio de 2022

OLHÃO: A MANIPULAÇÃO DAS PESSOAS ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO!

 

O Poder politico está, ou estava, organizado em diversos dominios, cada um deles com uma função especifica. 
A comunicação é considerado o quarto poder pela sua capacidade de manipular as mentes das pessoas, de doutrinar num determinado sentido, por forma a que o poder politico, o primeiro deles, pelo menos supostamente, se consiga manter pelo máximo de tempo possivel.
Pela comunicação se transfora algo que as pessoas rejeitariam em algo "magnifico", dourando a acção. Assim criam-se sociedades especializadas e meios e estratégias de comunicação para fazer um trabalho tão sujo quanto o manipular a consciência das pessoas. Não se trata de informar mas de desinformar. É uma das habilidades comunicacionais.
A câmara municipal de Olhão e por isso contratou a empresa Fernandes Fafe, consultoria e assessoria na area de comunicação para todo o processo comunicacional afeto ao Gabinete da Presidência e vereação, como se pode ler na primeira página do contrato acima reproduzida.
Entre outros casos, lembramos que a empresa municipal contratou um esquema de comportas para a rede de aguas pluviais, não para combater a poluição na Ria mas para que as descargas passem a ser nocturnas, longe dos olhos de quem passeia na frente ribeirinha.
Claro que, como as pessoas deixam de ver a porcaria a sair do cano, especialmente junto ao Cais T, pensam que estão corrigindo o problema, mas não! Se a isso juntarmos uma comunicação a dizer que já não se vê porcaria a sair dos esgotos, toda a gente vai pensar que finalmente acabam com a poluição.
Se isso já era mau, gastar o dinheiro dos municipes para melhor os enganar, é indecente e próprio de uma certa forma de poder, mais preocupado em criar novos ricos e ao mesmo tempo, mais pobres, porque quem trabalha e vive da Ria vai empobrecendo lentamente.
Mas um dia estes senhores vão cair, talvez mais depressa do que pensam!

domingo, 1 de maio de 2022

OLHÃO: O 1º DE MAIO E A GUERRA!

 Comemora-se hoje, ,mais um Dia Mundial do Trabalhador num contexto de possivel guerra mundial e por isso não nos vamos debruçar sobre o passado desse dia mas sobre o seu espirito, ou o que deveria ser.

A guerra em curso no Leste europeu, é uma guerra inter-imperialista, sendo o imperialismo a sua principal causa. Por isso convém esclarecer o que vem a ser o imperialismo. Trata-se de um politica de expansão e domínio territorial, cultural, económica e também militar de uma nação dominante sobre as outras, com o objectivo de conseguir matéria prima, mercado consumidor e mão de obra barata.

Quando alguns países formam blocos económicos e ou militares, estão a criar instrumentos de dominação sobre os países e muito especialmente sobre os seus Povos, procurando com eles provocar o seu empobrecimento e uma reserva de mão de obra barata.

Por outro lado, temos também a vertente da monetarização e as transacções internacionais, as quais têm vindo a fazer-se em dolares americanos, o que lhes permite gerir as elevadas dividas publicas com menores custos.

Quando alguns países produtores de petróleo ameaçaram com vender as suas matérias primas numa moeda diferente, foram ameaçados e passaram a alvos de guerra. Não podendo dizer-se que era a moeda a razão da guerra, inventaram, pelo menos num deles, uma grosseira mentira, a da existência de armas de destruição maciça, como foi o caso do Iraque.

Mas uma comissão da ONU viria a propor a criação de uma nova moeda para as transacções internacionais, como forma de acabar com a dominação através da moeda (o dolar americano), como se pode ler em https://forum.motorguia.net/off-topic/71378-stiglitz-propoe-criacao-de-nova-moeda-internacional-que-substitua-o-dolar.html .

Assim o dominio territorial assume particular importância sendo a guerra uma forma de exercer esse dominio, invadindo, destruindo ou ocupando países, mas trazendo consigo antagonismos, senão choques, entre os diversos  imperialismos.

Todo e qualquer bloco militar, por mais que dourem a pilula, não será mais do que instrumentos para a guerra e uma forma de dominação sobre os Povos.

Na sequência da  segunda guerra mundial, foi criada um bloco militar a Nato, dizendo tratar-se de uma aliança defensiva que em caso de ataque a um dos seus membros, todos os outros reagiriam em conjunto. Mas daí até ao conceito de guerras humanitárias ou preventivas vais uma grande distancia, passando essa aliança de defensiva a agressora como no Kosovo, no Iraque ou no Afeganistão.

Claro que no actual cenário, a guerra na Ucrania é sempre condenável e as suas consequências devastadoras, de nada servindo a desculpa da aproximação da Nato para as proximidades da fronteira com a Federação Russa, porque nenhuma das partes está preocupada com o bem estar dos Povos Ucranianos ou Russo, e menos ainda com todos os Povos do Mundo.

Também já deu para perceber que a democracia foi reduzida a eleições, e mesmo assim, se um governo eleito não corresponder aos anseios dos interesses dos USA, logo se arranja maneira dos seus serviços secretos criarem a intriga politica, fomentando a oposição. E não se coibirão de intervir num País onde possa surgir um processo revolucionário. Todos serão obrigados a seguir a logica do pensamento americano!

Devemos também lembrar que o Tio Sam tem em preparação um novo bloco militar para a zona da Asia /pacifico, procurando também nessa zona, dominar os Povos daquela região.

A desculpa é da ameaça que a China representa para a segurança da zona. Mas a dita ameaça não é mais de ser a a moeda chinesa a provável moeda para as transações internacionais de um novo bloco económico.

Tudo formas de imperialismo, sem qualquer beneficio para os Povos de todo o mundo.

E que devem fazer os trabalhadores de todo o mundo senão organizarem-se e lutarem contra a miséria, a fome e a falta de condições de vida que se perspectiva para um futuro próximo, recuperando o espirito do Dia Mundial do Trabalhador!

O imperialismo é a guerra. Morte ao imperialismo!

VIVA o 1º de Maio Vermelho!