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quinta-feira, 30 de março de 2023

OLHÃO: QUE REQUALIFICAÇÃO VEM A SER ESTA?



 A Câmara Municipal de Olhão apostou na requalificação da Estrada de Quelfes, pelo menos no troço entre o sitio da Patinha e Peares, mas as obras não têm decorrido como seria de esperar.

Desde logo pelo suposto esquecimento do plano de expropriações, o que provocou um atraso de nove meses no avanço das obras, Mas parece que não fica por aí.

Seria suposto que a proceder-se à requalificação daquela estrada/rua, a autarquia tomasse a iniciativa de de providenciar mais algumas expropriações ou negociações com vista a uma requalificação diferente daquilo a que estamos a assistir. 

É que ali perto do Café Janela, quase em frente existe um espaço imovel rustico, degradado e sem utilização, constituido por antigos tanques e nora, que ou são recuperados para memoria do passado ou simplesmente destruidos e aterrados por forma a permitir a criação de passeios e estacionamento, acompanhando o alinhamento dos prédios existentes tanto a norte como a sul.

As imagens que reproduzimos a seguir falam por si 




Pelas imagens é possivel constatar o estado de degradação e abandono em que se encontra esta parte da propriedade; é também visivel que a requalificação da estrada está ali, mas não lhe toca, servindo apenas de estaleiro.
Quer o presidente da autarquia, quer o vereador com o pelouro das obras publicas deviam de explicar porque razão vão manter as ruinas no meio de uma requalificação que visava mostrar outra imagem da zona.
Pelo que vemos, parece haver ali, a salvaguarda de um bem patrimonial em detrimento do interesse publico municipal, o mesmo interesse que, por exemplo, foi aprovado para a zona das Quatro Estradas.
Que interesses são estes? E quem é o beneficiário da protecção?
Ainda que se compreenda a salvaguarda da propriedade privada, não parece descabido, pelo contrário, a expropriação ou negociação daquele espaço com vista à desejada requalificação. Certo é que o interesse publico se deve sobrepor aos interesses privados quando eles não sejam tratados, mantidos nas melhores condições pelos proprietarios.
Haverá algum corporativismo, amizades ou outras interesses mais "elevados" a condicionar a tomada de decisão?
Pelo que se vê, trata-se de mais uma requalificação de treta! 



quinta-feira, 16 de março de 2023

Salvemos a antiga Estação do Salva Vidas da Fuzeta! Não deixemos que apaguem a memória de um povo.

 Por estarmos solidários com o objetivo de um movimento popular nascido na Fuzeta pela salvaguarda do edifício do antigo Salva Vidas da Fuzeta decidimos divulgar a petição que se encontra on line.

Queremos salvar o Salva Vidas

Para: Presidente da república, governo, Assembleia da República

Temos de acreditar no impossível.
Existe na Fuzeta concelho de Olhão um edifício que salvou muitos pescadores (pais de família).
Neste momento está em risco de se perder um edifício icónico e único no país para além do perigo que representa para todos porque encontra-se em avançado estado de degradação para não dizer ruinas. Todos os fuzetenses, pessoas que amam a Fuzeta, visitantes sentem orgulho em ter a casa do Salva vidas
Não conseguem imaginar a paisagem sem a existência da nossa casa do salva vidas.
Corremos o risco disso acontecer.

domingo, 5 de março de 2023

OLHÃO: O CAOS URBANISTICO

1 - Os limites da freguesia de Olhão fazem dela a mais pequena das freguesias do concelho e na sua maioria, é composta por ruas estreitas.
A sul da Rua Manuel Martins Garrocho e entalada entre as Ruas 18 de Junho e Almirante Reis e toda a area a sul do caminho de ferro, com excepção das avenidas, as ruas não não comportam o crescimento em altura. 
Segundo o artigo 59º do Regulamento Geral da Edificação Urbana (RGEU), as novas construções devem obedecer a uma linha recta com 45 graus medidos no lado oposto da rua o que, de uma forma simplista, ditaria que a altura da fachada das novas construções não poderia exceder a largura das ruas.
O RGEU remonta ao ano de 1951, tendo ao longo dos anos sido objecto de alterações ou actualizações, mantendo sempre aquela norma, porque o que estava em causa era a salubridade das casas, particularmente no seu arejamento, iluminação natural e exposição directa aos raios solares.
No entanto foram autorizadas novas construções e ou ampliações que violam aquele Regulamento.
2 - O urbanismo é o planeamento das cidades tendo em vista o equilibrio entre os interesses económicos, sociais e ambientais, nos quais se integram o património humano, cultural, arquitectonico e paisagistico, no respeito pelas normas de salubridade.
Uma das caracteristicas da cidade, era precisamente a arquitectura, conhecida por cubista, pela forma das suas açoteias.
O RGEU não obriga à manutenção daquela caracteristica, mas ao obrigar as novas construções à linha de 45º, esta a obrigar a que os pisos superiores, que excedam a largura da rua, sejam recuados, mantendo minimamente o essencial das caracteristicas do edificado antigo.
Mais, aquela limitação, impedia de alguma forma o acentuado crescimento demográfico numa zona de carência de infraestruturas urbanas, como sejam ruas com fluidez para o transito e estacionamento e passeios para os peões.
3 - Compreende-se que os interesses dos particulares sejam o de procurar obter o maior rendimento da sua propriedade, cabendo da parte de quem  gere o território que o faça respeitando e fazendo respeitar os regulamentos em vigor.
Não podem o s nossos autarcas continuar a gerir o território como coisa sua, autorizando quem querem e impedindo quem não querem, como se não houvessem regulamentos, criando um caos urbanistico que tem como consequência a dificuldade na circulação automovel e estacionamento.
É evidente que sabemos também que o parque automovel cresceu muito mas não é suficiente para aquilo que vem acontecendo, particularmente nas ruas a nascente da Avenida da Republica.
Proibir estacionamento é como o euromilhões: é facil, barato e poupa milhões no investimento em alternativas, quando é necessário criar bolsas de estacionamento, de superficie, em silo ou subterrâneo, a nascente e poente da cidade, com transporte dos parques para o centro.
Não criar bolsas de estacionamento para os residentes nas zonas, apesar de existirem algumas condições, veja-se o caso da cave do Auditório Municipal, é uma forma de pressionar os residentes e empresas na Area de Reabilitação Urbana do Levante a abandonar os espaços e deixar livre aquela zona para construções de "luxo". Uma forma simpática de correr com as pessoas.
4 - A cidade de Olhão cada vez mais se parece com Quarteira!
Curiosamente, enquanto a autarquia permite a construção em altura a sul do caminho de ferro, apesar de saber o caos urbano que está criando, em areas que eram de campo, onde havia espaço para urbanizações com ruas, passeios e estacionamento para construções colectivas, autorizou a construção de habitações unifamiliares. Veja no lado esquerdo do Ria Shoping, nas traseiras do Centro de saúde ou na estrada por detrás da fabrica do sal em direcção ao Brejo.
Claro que sabemos que a construção de edificios de habitação colectiva a norte da Avenida D. João VI não permitem a obtenção dos mesmos resultados que na frente de mar. Ou seja, é tudo condicionado por factores económicos dos quais, a autarquia parece refém.
5 - Pelo caminho que a autarquia vem traçando, os olhanenses terão de "emigrar" para bem norte da Avenida D. João VI! Continuem a votar nesta gente.