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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Para onde caminhas Timor?

As jovens democracias tem problemas em se afirmar. É natural haver dissidências, disputas pelo Poder. É natural que aqueles que sempre lutaram em nome de um Povo quando chegam ao Poder se deixem deslumbrar por alguns aspectos mais aburguesados. Mas, convenhamos, também não é menos verdade que há que investir os governantes de um país de alguma dignidade, de lhes dar uma certa imagem. Isto acarreta sempre um outro tipo de problemas. É que o Povo continuará a lutar durante largos anos contra o desemprego, contra a miséria e casa onde não há pão, toda a gente ralha e ninguém tem razão.




É bem provável que aqueles que elegeram Xanana Gusmão e Ramos Horta se sintam um tanto ou quanto desprotegidos, até por que a actuação de Mari Alkatiri, enquanto primeiro ministro, não está isenta de erros, de irregularidades.




O major Alfredo Reinado, ao que parece, pretendia ser um Hugo Chavez lá do sítio. Quereria mais protagonismo e, porque não, mais "estatuto". Fez cair Mari Alkatiri, abriu uma cisão na Fretilin e empurrou Ramos Horta para a Presidência de Timor.




A sua rebelião criou-lhe inimizades, dentro e fora de Timor. E ainda que conseguisse levar a cabo o golpe, que futuro lhe restaria? Ou, posta a questão de outra forma, o golpe seria da autoria do major ou teria alguém na sua retaguarda e o major não passaria apenas de um joguete de alguém de fora de Timor? O petróleo mexe com muita coisa e muita gente..............



Que este incidente sirva para o Povo de Timor se reforçar, se unir, erguer o seu país e lutar contra todas as formas de opressão e exploração.


Viva o Povo de Timor Leste!

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