A Ria Formosa desde há muitos anos que serve para o escoamento das águas das ETAR'S e também das pecuárias. E, diga a Direcção Regional do Ambiente o que disser, não acreditamos que os esgotos do Aeroporto de Faro sejam devidamente tratados.
Para o IPIMAR é fácil dizer que os viveiros de ameijoas não podem estar junto à ETAR de Olhão, ou seja, são mais uns quantos viveiros que o IPIMAR e a Câmara querem fazer desaparecer com o afundamento do canal. Ora, antes da ETAR ser instalada, os viveiros de ameijoas já lá existiam e os viveiristas sempre foram vivendo. A ETAR é que não cumpre o seu papel e por culpa da autarquia. Aquele modelo de ETAR serve bem para enganar os "provincianos" que somos. Para o snr presidente, os munícipes não passam de uns calinos, cuja ignorância há que aproveitar.
Em Almada existe uma ETAR, coberta, que trata os esgotos de 140.000 habitantes e empresas daquele concelho. Essa ETAR elimina 97% das impurezas da água, antes desta se juntar ao rio. Essa água pode ser utilizada na rega de jardins e hortas, depois de receber um tratamento ultravioleta, que reduz os coliformes fecais. As lamas, depois de desidratadas, servem para para serem usadas como fertilizantes. O ar que circula na ETAR também é tratado antes de ser devolvido ao ambiente. O biogás produzido é aproveitado para gerar energia. O espaço que a Etar ocupa é mais ou menos um hectare. Simplesmente custou 12.000.000 de euros. É isto que nós temos em Olhão? Não! Então, a autarquia que cuide de ter uma ETAR em condições antes de acabar com uma actividade económica.
Ninguém duvida que o POLIS vai dar uma vista mais agradável à frente ribeirinha e, não é como o snr presdiente diz, e pensa, que afundando o canal o problema se resolve. O afundamento e alargamento do canal vai servir os interesses, sim, da nova unidade hoteleira, que está em construção, mas não resolve o problema de fundo.
Como a Drª Cátia Cardoso disse na Expomar, se os níveis de cobre estão a aumentar e o oxigénio no verão aumenta, a fauna e flora aquática vão ter se´rios problemas. O cobre, porque mata as ameijoas e a falta de oxigénio também contribui para a mortandade das ameijoas e não só. Quem é ou são os responsáveis pela situação? São as fontes de poluição da Ria Formosa, entre elas as ETAR'S que não tratam de uma forma conveniente as águas. E, é com base nisto que os mariscadores e viveiristas devem lutar antes que o afã do snr presidente em ter hotéis acabe com toda uma série de viveiros...
Asisti ao debate onde a Dr Cátia Cardoso,fez essas afirmações,e além desses niveis de cobre e oxigénio ela referiu também niveis de medicamentos não usuais e algo preocupantes,e mais que eu agora não me recordo.No entanto o estudo dela é oficial e na Expomar foi tornado publico,há que investigar e ir ao fundo da questão,pois segundo estudo da mesma doutora estão em causa cerca de 10000 pessoas,da zona da ria que é reponsável pela producção de cerca de 75% da producção de bivalves da ria formosa.
ResponderEliminarA mesma Drªe perante uma pergunta da mesa ,Se a água da ria estaria em melhores condições,ou piores aquando o inicio do estudo,ela respondeu taxativamente a Àgua da Ria Está Pior!
Perante tais factos o presidente Leal engoliu em seco e disse que iria fazer o afundamento das barras.Como se isto bastasse.o que está em jogo são os postos de trabalho das pessoas que vivem da ria e segundo esse estudo são mais de 10000 pessoas entre viveiristas, mariscadores e pescadores.Pergunto eu ,será o turismo que vai trazer para o concelho emprego para estas 10000 pessoas? Responda quem souber eu penso que não .
Menino dos Olhos Grndes.
Eu como viveirista devo dizer que cada vez mais se vê e sente a mortandade das ameijoas. Além da poluição, para quanto um tratamento para o parasita perkinsus ou lá como se chama? Anos a fio de estudos e investigações, milhões e milhões gastos nesses estudos e onde estão os resultados? No IPIMAR? Para quê?
ResponderEliminarSe a mortandade se desse nos peixes dos viveiros do Sr. Director do IPIMAR o problema estaria já resolvido certamente.
Em Albufeira em pleno centro existe uma ETAR coberta e o cheiro nem chega ao nariz, aqui em Olhão, na zona do Modelo aquilo é insuportável o cheiro quando o vento está do lado do mar. Só nesta terra é que fazem e ninguém reclama.
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