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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

VARRER OS GOVERNANTES, JÁ!

O governo do alemão Passos Coelho prepara-se para lançar o maior ataque de que há memória aos trabalhadores, sejam da funçãopública ou do privado. Vai lançando umas "fugas" de informação como forma de preparar o terreno para o conjunto das medidas que se prepara para aplicar. Cortes nos vencimentos da função pública, cortes nas pensões, cortes nos subsídios de desemprego, cortes na duração dos subsídios de desemprego, aumento generalizado de impostos.
Até parece que foram os trabalhadores deste País que causaram a "crise". Paulo Campos, ex-secretário de estado de Sócrates fez um negócio ruinoso para o Estado para beneficiar a Ascendi, empresa detida pela Mota-Engil e pelo grupo Espirito Santo. Foi nas Estradas de Portugal e foi de qualquer coisa como 600 milhões. Vai responder por lesar o Estado? Não!
Alberto João Jardim endividou a Madeira. Sempre recebeu transferências do Orçamento de Estado, isto é, os "cubanos" sempre foram solidários com a Madeira, solidariedade que Alberto João nunca mostrou para os mesmos. Lesou o Estado de uma forma gravosa. Vai responder? Não!
Mas quem paga a factura destes desmandos e de todos os outros que tem sido cometidos ao longo dos anos? O Povo! Esta canalha que nos governa só sabe falar em sacrifícios, mais sacrifícios, austeridade e mais austeridade. Mas a austeridade não chega a quem nos "rouba".
Dois ministros, com casa própria em Lisboa, recebem qualquer coisa como 1150 euros de subsídio de arrendamento. Não é isto uma pouca vergonha, uma imoralidade, para quem pede sacrifícios?
Por outro lado o governo prepara-se para manter a taxa reduzida de IVA na hotelaria e subir na restauração para 23%. Quer dizer, uma boa parte dos hotéis trabalham seis meses e durante os outros seis meses a Segurança Social que pague o subsídio de desemprego, isto é, o Estado é que suporta a mão de obra disponível, o mesmo Estado que é de "todos nós", para que os hotéis tenham mão de obra barata na "época alta".
Austeridade sobre austeridade só nos vai mandar para o desemprego, vai fazer-nos perder a casinha, vai-nos destruir a família. Nada é feito no sentido de estimular a economia. Tudo ao contrário. Veio um cromo do Canadá, que publicou um livro e deu umas larachas para a comunicação social e foi arvorado em ministro da Economia. É um crâneo tão bom que ainda não acertou uma para a caixa. Aliás, todas as análises à economia tem errado. As do Povo é que vão batendo certas porque é o Povo a sentir na pele. Buracos nas empresas públicas, buracos nas contas da Madeira, buracos em tudo o que é do Estado já era de esperar. É o modelo económico que está errado. Não é só em Portugal, é global e é por isso que assistimos aos "ocupas" dos Estados Unidos, aos "indignados" de Espanha, França, Inglaterra. etc...
Não pagar é a receita. As medidas do governo são um convite à fuga aos impostos, são um convite à desobediência civil, são um convite a que apareçam grupos tendo como objectivo a que as populações deixem de pagar a electricidade e a água, grupos que se recusem a pagar as portagens e por aí fora.
Greves e mais greves é o que este País está a pedir. Greves de um só dia é pouca coisa, greves por tempo indeterminado, fazer parar o País. É este o convite que o governo nos está a fazer.
Nas redes sociais há imensos grupos que contestam estas políticas, há imensos grupos a apontar o mesmo objectivo, embora que de formas diferentes. Unam-se todos e remem no mesmo sentido. Deixem de lutar por capelinhas, deixem de lutar para ver quem tem mais protagonismo, deixem de procurar divergências. A luta é a mesma: contra o desemprego, contra a precariedade, pela manutenção dos apoios sociais, exigência de referendos sobre as questões que mexem com os bolsos de todos nós como, por exemplo, o TGV, pela transparência, pelo fim das mordomias dos políticos eleitos, pelo estabelecimento da indexação dos ordenados dos gestores públicos ao do presidente da república, por um tecto para as reformas máximas, pelo fim das acumulações de pensões, pelo fim da pluri ocupação, nas administrações e não só.
Por tudo isto, devemos mobilizar toda a gente para as manifestações de 15 de Outubro. Cada um de nós deve ser um mobilizador para as manifestações. Faro, 15 de Outubro de 2011...

1 comentário:

  1. Parabéns pelo excelente post!
    Não resisto a publicá-lo no PAPA AÇORDAS, com referência de origem.
    Compadre Alentejano

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