Ontem, sábado, estava marcada uma reunião do Somos Olhão para o Auditório da Praceta Agadir, com a qual a Câmara Municipal de Olhão concordara, disponibilizando o espaço.
Dando o dito por não dito, não apareceu ninguém para abrir a porta, realizando-se a reunião na mesma, só que noutra condições.
Porque mudou de atitude a Câmara Municipal de Olhão? É que na quarta-feira passada, o narigudo presidente levou toda a manhã para ser ouvido no Ministerio Publico pelo crime de desobediencia ao Tribunal, consubstanciada no incumprimento de uma sentença. O mau figado do homem, a ira que dele se apoderou, ditaram a decisão de voltar com a palavra atraz, o que não espanta. Quem lhe faz frente, está sujeito às birras, à perseguição e a atitudes menos proprias de eleitos, que fazem da mentira e da imagem, a sua marca politica, mas podem ficar cientes que vão ter de levar connosco para o que der e vier.
O Somos Olhão é um Movimento de Cidadania que luta pela transparencia na administração publica, com preocupações ambientais sem cair em ideias fundamentalitas e reinvindicando a sua participação em processos de decisão que possam afectar a população, nomeadamente a olhanense. Dentro desse espirito, o Somos Olhão apoia a iniciativa dos cidadãos, numa perspectiva colectiva, e é nessa condição que se envolve na campanha, em programação, para a realização de uma Assembleia Municipal Extraordinaria com o fim especifico de confrontar os eleitos locais, de todos os quadrantes politicos, para as consequencias do aumento das taxas de agua, saneamento basico, residuos solidos e ainda do IMI, já em vigor mas tambem das que se prevêem para o inicio de 2012.
A generalidade da população não se dá conta de que caso tenha uma avaria ou rotura em casa que origine um consumo anormal de agua, superior a 36 metros, tenha de pagar de residuos solidos uma taxa de 60 euros, aprovada nas costas da população. Da mesma forma, a escumalha politica acoitada na Câmara Municipal de Olhão, não divulga as receitas provenientes da reciclagem do vidro, do cartão ou da materia organica, preferindo invocar as despezas ou as recomendações de uma denominada entidade reguladora, cujas funções é assaltar o bolso do conumidor e privatizar um bem essencial como a agua.
Contra isto, devem os olhanenses lutar, subscrevendo a recolha de assinaturas e promovendo-a na ua rua, bairro ou local de trabalho e posteriormente participando, comparecendo na Assembleia Municipal Extraordinaria.
OLHANENSES UNI-VOS! VAMO À LUTA!
deixo aqui uma musica do tempo em que o povo conquistou o direto das 8 horas de trabalho e que hoje noas querem tirar parece que estamos a voltar ao passado... vejam o video no youtube e aproveitem vejam as outras musicas deste grupo GAC
ResponderEliminarhttp://www.youtube.com/watch?v=OdnZ2mswgZI&feature=mfu_in_order&list=UL
Grupo de Acção Cultural - Zé Diogo
ResponderEliminarColumbano Monteiro era um grande agrário do Baixo Alentejo e que foi durante 14 anos o Presidente da Câmara de Castro Verde, intimo amigo do famigerado fascista Santos Costa, Ministro da Defesa no tempo de Salazar, esse agrário não se cansou de oprimir o povo no tempo mais negro do fascismo, chegando ao ponto de esbofetear dezenas de trabalhadores e a mandar prender ceifeiros ao seu serviço.
Nos fins de Setembro, o Columbano despediu o tractorista José Diogo. Não vendo razões para tal despedimento, o Zé Diogo resolveu no dia 30 de Setembro ir ao covil desse fascista pedir explicações do seu procedimento, ao qual este respondeu que não queria canalhas na sua casa, recusando-se a dizer-lhe mais qualquer coisa, e não contente com isso agrediu o trabalhador.
A resposta deste foi justa: puxando da navalha golpeou três vezes o agrário fascista.
A actuação do Zé Diogo foi justa, foi a resposta ao despedimento sem justa causa, à agressão física, aos insultos. É o resultado de um ódio acumulado por anos e anos de trabalho a troco de fome e da opressão, das bofetadas e das prisões que o fascista não se cansou de fazer em vida.
Agora já não faz mal a mais ninguém, foi saneado da face da terra. Contra a "justiça burguesa" que prendeu José Diogo levantou-se um amplo a movimento popular. Apavorada, a burguesia recorreu a todas as artimanhas para desmobilizar a ofensiva popular: por três vezes e transferido por duas: de Ourique para Lisboa e de Lisboa para Tomar. Nada conseguiu.
A ofensiva popular ao invés de esmorecer, engrossou e ganhou mais forças e no dia 25 do mês de Agosto de 1975, o povo presente no Tribunal de Tomar tomou uma decisão histórica: decidiu que José Diogo não seria julgado pela burguesia mas sim pelos seus irmãos explorados e oprimidos.
Estava assim constituído o primeiro Tribunal Popular da nossa história.
A sentença não podia ser outra: libertação de José Diogo e condenação de Columbano Monteiro por explorador e opressor do povo.