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sábado, 18 de fevereiro de 2012
OLHÃO: BRANQUEAMENTO NO PLANO DA AGUA
Está em curso e prolonga-se até 19 de Março a Discussão Publica sobre o Plano de Gestão das Bacias Hidrograficas que Integram a Região Hidrografica das Ribeiras do Algarve.
Ontem, teve lugar uma sessão de esclarecimento promovida pela ARH, cuja presidente não compareceu, no auditorio da Biblioteca Municipal de Olhão e cedo se percebeu a operação de branqueamento que se cozinha.
No folheto distribuido aos presentes e que nos fizeram chegar, do qual se reproduz parte, verificamos alguma contradição nos numeros apresentados. É do conhecimento de todos os elevados consumos dos campos de golfe que são já em numero mais que suficiente para que lhe seja atribuida menos de metade do consumo domestico. No canto inferior esquerdo, dá-se conta de que o consumo domestico representa 24% do total de agua consumida contra os 11% do sector do Turismo que inclui os campos de golfe. Ainda não há muito tempo que se dizia que a agricultura consumia 85% do total da agua e nela estavam incluidos os campos de golfe, ´mas agora por graça do espirito santo doura-se a pilula, atribuindo um consumo daqueles dois sectores apenas 67%.
No canto superior direito, o grafico mostra-nos a percentagem na classificação das massas de agua, em que 51% têm Estado Bom ou Superior, e é com esta classificação que se encontra a Ria Formosa. EXCELENTE! Diz o relatorio, quando toda a gente sabe que é o oposto.
A qualidade das aguas foi definida por directivas comunitarias transpostas para o direito interno português pelo decreto-lei 236/98, onde se marcam os parametros de qualidade para o uso das massas de agua. As aguas da Ria Formosa estão classificadas como Aguas Balneares, Piscicolas e Conquicolas. Não se compreende pois, os criterios que levaram a atribuir a nota excelente quando as aguas da Ria Formosa não cumprem os parametros estabelecidos. Aliás, no lado esquerdo a imagem e sobre o titulo de Pressões Significativas, reconhece-se os efeitos negativos das rejeições das aguas residuais provenientes das ETAR. Mas e ainda assim pretendendo-se branquear aquele efeito atribuindo, e bem, às escorrencias superficiais dos campos de golfe a degradação das massas de agua pelo excesso de azoto e fosforo, quando se sabe que as rejeições das ETAR despejam em media o triplo dos valores maximos permitidos daqueles fertilizantes.
Há ainda outras contradições no presente estudo, apadrinhado por uma empresa do regime, a NEMUS, mas que, e devido à extensão do texto não cabe agora escalpelizar.
Entendemos é que a haver mexida nos parametros de qualidade das massas de agua, eles terão de ser tendencialmente mais rigorosos que os agora em vigor para que possa ser melhorada.
Dizer-se que por haver outras regiôes em pior situação, a Ria Formosa está bem, é criminoso e merce o repudio de todos, os que cá vivem e os que nos visitam.
Este Plano tem de ser rejeitado e todos, mas todos devemos mostrar a indignação e revolta contra mais este crime contra a Ria Formosa.
REVOLTEM-SE PORRA!
http://www.ctalgarve.com/pt/campos-golf-algarve.html.disso não falaram vocês.
ResponderEliminarCrimes como este na Ria do Alvor é o que há mais na Ria Formosa.
ResponderEliminarhttp://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1534171
Para António Pina, o aumento da procura dos clientes face a 2010 foi causa direta do «bom desempenho dos promotores e da entidade responsável pela promoção turística do golfe regional», frisa.
ResponderEliminarO Algarve tem hoje 40 campos (32 de 18 buracos e 8 de 9 buracos) desenhados pelos mais famosos arquitetos e distinguidos com vários prémios internacionais,.