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domingo, 22 de julho de 2012

OLHÃO E A TRAFULHICE DAS CONTAS DA CMO

Nos finais de 2010 a Câmara Municipal de Olhão criou a Ambiolhão, empresa para gerir as águas, saneamento básico e resíduos sólidos. Há muito que reclamávamos a publicação das contas até para se poder confrontar com os números avançados pela CMO, e eis que finalmente as publicaram, como se pode ver em:
Dos documentos apresentados, a primeira ilação a reter é a de que a CMO aproveitou a onda para admitir apenas mais 40 novos funcionários, a maioria dos quais com especial simpatia pelo partido no Poder autárquico ou com afinidades.
Procurando iludir, e essa é também uma das funções da novel empresa, a divida que tinha junto da Águas do Algarve que em finais de 2010 se situava acima dos 4 milhões, contraiu um empréstimo bancário de 2.139.857.96. Ora, os munícipes pagaram, na generalidade, as taxas devidas, o que significa que a autarquia deu um destino diferente ao dinheiro recebido, tal como afirmáramos.
Os valores apresentados em matéria de pessoal, 2.093.868.48, relativos aos 180 funcionários reporta-se ao ano completo de 2011, não se percebendo bem como é que as despesas foram atribuídas à empresa enquanto a CMO ficava com as receitas do primeiro semestre tal como vem descrito no Relatório de Gestão de 2011 da CMO..
Ainda assim e porque as receitas foram de 8.721.129.11, a empresa conseguiu apresentar um saldo positivo que transitou para o ano seguinte de cerca de 12.000 euros. Imagine-se pois, os resultados com as receitas do ano inteiro, mesmo sabendo que os custos deste período se cifraram nos 5.274.319.31, ou seja o lucro representaria mais cerca de três milhões e meio de euros.
A cambada que assalta os bolsos dos munícipes quando estes mais precisam, que esbanjam os dinheiros públicos com festas, festinhas e festarolas, admitindo pessoal escolhido a dedo e pelo cartão, gastos escandalosos em refeições, dando-se ao luxo de pagar almoços alargados de uma determinada funcionaria com poderes de eleita, a cambada dizia eu, até no prestar de contas sente-se impune.
A verdade é que a comparação das contas da Ambiolhão e da Câmara Municipal apresentam erros grosseiros, desde logo porque na consolidação das contas do grupo CMO são registados no final do ano cerca de dois milhões de euros, quando apenas no primeiro semestre haviam cerca de dois milhões e meio e agora com os números da Ambiolhão constatamos serem de cinco milhões.
O mínimo que se pode chamar a esta escoria politica é de GATUNOS. Onde param os três milhões?
As populações de todos os concelhos deste País devem começar a fiscalizar os actos dos seus autarcas. As contas são de publicação obrigatória e qualquer um a elas pode aceder através dos respectivos sites. A generalidade das câmaras tem telhados de vidro e é preciso que todas, mas todas as autarquias sejam fiscalizadas e denunciadas publicamente pelo Povo.
A partidocracia instalada no Poder contra o Povo tem de ser derrubada, ou então teremos a escravatura sob o chicote de gente que não olha a meios para atingir os fins.
REVOLTEM-SE, PORRA!

1 comentário:

  1. Ehhehhhehhh
    Dá vontade de rir, estes documentos, feitos em excel.
    Mais parece escrita de merceiro que se fazia antigamente.
    Deviam ter vergonha.
    estamos muito mal servidos, realmente.

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