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terça-feira, 19 de março de 2013

POLUIÇÃO NA RIA FORMOSA NA BIOESFERA



As primeiras palavras para agradecer ao Programa Bioesfera o seu empenho e dedicação em prol do ambiente, onde quer que se encontre, e muito particularmente por divulgar aquilo que outros canais e outros programas, que deviam prestar um serviço publico, censuram. A Ria Formosa agradece.
Para aqueles que nos seguem, este é um programa imperdivel pelo seu conteúdo onde se mostram os crimes ambientais que estão na origem da degradação económica e social da população que vive da Ria Formosa.
A moluscicultura é a principal actividade económica da área da Ria e está seriamente comprometida, quase aniquilada fruto dos crimes cometidos por entidades publicas, sendo que todo o tecido económico está de alguma forma dependente desta actividade. Os produtores de bivalves, criam riqueza que redestribuem pelo comercio local. Não havendo proveitos dessa actividade toda a cidade definha e bastaria lembrar que aquando do retorno dos ex-colonos, foi a Ria Formosa a tábua de salvação para milhares de pessoas, que ali encontravam algo de comer ou rendimentos para sustentar as famílias.
A RIA FORMOSA é a nossa galinha de ovos de ouro e há que preservá-la como sempre a conhecemos Bela e Formosa!
Se não fossem as ameaças que pairam sobre a Ria Formosa, as populações que dela vivem, teriam os meios para sobreviver aos autênticos roubos que a governança faz ao Povo, algo que não interessa à classe que sempre tem dirigido ou desgovernado este País.
No mesmo dia e poucas horas depois da passagem deste programa, há uma sessão publica no Auditório da Biblioteca Municipal sobre a Convenção Ramsar e a Ria Formosa. A Convenção Ramsar nasceu da necessidade de preservar as zonas húmidas e os seus habitats.
Desde logo convém dizer que a degradação da Ria Formosa não está apenas na poluição mas de todo o conjunto que a constitui. Sem ilhas barreira não há Ria e perde-se uma parte substancial da biodiversidade ali existente e neste momento as ameaças sobre o cordão dunar são extremas, particularmente na zona de Cacela Velha e Praia de Faro, zonas mais vulneráveis aos galgamentos oceânicos, e que poderão pôr em causa todo o ecossistema e particularmente a zona húmida.
Do mesmo modo, as zonas húmidas dependem muito da qualidade das suas águas, que em caso de poluição pode não só colocar em risco a saúde publica, como provocar a morte das aves que aqui procuram refugio o que acontece com alguma regularidade, e degradar toda a zona de sapal.
Assim depois de verdes o programa BIOESFERA, assiste e participa na sessão sobre a Convenção Ramsar.
Nós estaremos lá, em defesa da Ria, e tu vais ficar sentado no sofá em lugar de lutares?


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