Páginas

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

OLHÃO: ESTADO ASSASSINA O POVO PELA FOME


Ao longo dos anos temos vindo a levantar um conjunto de situações que passa despercebido à generalidade da população e que tem permitido às entidades publicas condenarem à dome e miséria o Povo de Olhão.
A Ria Formosa é a principal fonte de riqueza do concelho e por isso merecer da nossa parte o maior empenho e esforço em denunciar os crimes contra ela cometidos a todos os níveis e com especial incidência naqueles que condicionam a vida das pessoas e das actividades económicas tradicionais.
São demasiadas as entidades que têm voto na matéria Ria Formosa, mas em todas elas se nota a teia de cumplicidades, não no sentido de melhorar o que está mal, mas antes, branquear o que nela se passa, o que só acabará quando o Povo tomar a tarefa de correr com as máfias politicas que têm gerido o País, a Região e o Concelho.
Comecemos pelo IPIMAR, agora rebaptizado com outro nome mas com a mesma merda, entidade a quem compete a designação das áreas de produção conquicola. Toda a Ria está assim classificada, mas numa área assinalável, outrora de viveiros de ameijoa, deixou de o ser por causa das descargas das águas residuais urbanas mal tratadas. Competia ainda ao IPIMAR a elaboração de relatórios anuais sobre a qualidade das águas receptoras, a enviar à entidade da Agua e torná-los públicos. Tais relatórios nunca conheceram a luz do dia. Se alguns técnicos tivessem um pouco de vergonha na cara e no exercício do seu trabalho de investigação se colocassem do lado do Povo e denunciassem o que se passa na Ria, outro gato miaria, mas pelo contrario, prestam-se a fazer o jogo dos criminosos e preferem tornarem-se seus cúmplices, esquecendo que com o rodar dos tempos deixarão de ser úteis e levarão um pontapé no traseiro, bem dado.
Porque antes de 2005 não existia a ARH, foi o Parque Natural da Ria Formosa encarregue de elaborar o Plano de Ordenamento da Orla Costeira, e também o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa. Da conjugação dos dois planos de ordenamento, um ao criar as zonas de protecção total e parcial e o outro impondo a proibição da presença humana nas mesmas áreas, as actividades ligadas à piscicultura sofreram uma drástica redução, mas ao mesmo tempo e de forma contraditoria é permitido o uso balnear. Para que os nossos leitores compreendam melhor, numa determinada área é permitido o uso balnear a milhares de veraneantes que pelos visto não têm impactos negativos, mas em que a presença de mais duzis de moluscicultores provoca o stress das aves. Quem frequenta a Ria com alguma regularidade já viu certamente os flamingos, entre outras aves aquáticas, procurarem alimento na terra cavada pelos moluscicultores. São os movimentos bruscos dos veraneantes que provocam o stress das aves e não os lentos de quem anda a trabalhar e a ganhar o sustento.
Estes planos de ordenamento estão carregados de fundamentalismo ambientalista no que concerne à população indígena na sua área de intervenção, com o objectivo único de correr com o Povo e deixar o caminho livre para a exploração turístico-imobiliária, que esses já podem fazer o que muito querem e entendem.
Por outro lado temos uma Capitania de Porto que persegue quem vive da Ria, chateando por causa do uso de coletes e de papelada, mas que permite por omissão que um canal secundário onde não é permitida a navegação a barcos com mais de nove metros. Dois pesos e duas medidas. O pescador é multado porque é pobre mas o rico dono do iate, não!
Assiste-se, desde há algum tempo, à promoção da produção da ostra francesa, importada e contaminada com o vírus do herpes, uma espécie exótica e manipulada geneticamente para resistir à poluição. Porquê? Porque, para alem de titulares de cargos políticos e de ex-titulares de altos cargos públicos como sendo os principais produtores das ostrinhas, o facto de estas resistirem à poluição serve de desculpa para a continuação dos crimes ambientais como as descargas dos efluentes mal tratados.
Ultimamente, faz-se a apologia da produção do mexilhão em off-shore, na costa, sem ter sido acautelado o acompanhamento e monitorização dos impactos. Tal politica insere-se mais uma vez, no sentido de afastar a população da Ria e reencaminhá-la para a costa.
A tudo isto respondem as entidades publicas com um muro de silencio, recusando discutir com os críticos desta politica de merda. As famílias politicas mafiosas não diferem quanto aos métodos praticados. Se, como no vídeo acima, o presidente da Câmara Municipal de Olhão, socialista, se recusa a discutir com os seus cidadãos porque são críticos, a candidatura do PSD, em que se integra uma das responsáveis do IPIMAR, não o faz por menos. Tudo calado.
O POVO DE OLHÃO tem de revoltar-se e mandar estes mafiosos políticos para outras paragens.
REVOLTEM-SE, PORRA!

Sem comentários:

Enviar um comentário