As imagens acima reportam-se aos Relatórios e Contas da Águas do Algarve dos anos de 2011 e 2012 e mostram bem do endividamento da generalidade das autarquias algarvias.
Curiosamente, à Águas do Algarve interessa-lhe o crescente endividamento porque directa ou indirectamente está sempre a ganhar dinheiro, cobrando juros, e que juros, como se um banco se tratasse.As autarquias ou empresas municipais, que vem a dar no mesmo, acumulam a cada ano que passa mais de dez por cento só em juros, calculado também sobre os próprios juros. Na pratica metade da divida são juros, e este ano a Ambiolhão verá a sua factura acrescentada em "apenas" mais um milhão de euros.
Porque razão procede assim a Águas do Algarve? Quando a divida atingir um determinado montante, e pelas contas esse montante será atingido no mandato autárquico agora iniciado, a Águas do Algarve tomará contas das empresas municipais, entretanto criadas para facilitar todo o processo de entrega da exploração em baixa da agua e do saneamento básico.
Estão, na pratica criadas as condições para a privatização da agua e resíduos com todos os inconvenientes daí resultantes para as populações, como o aumento generalizado dos tarifários.
Os autarcas, habilidosos, entendem neste caso que uma recomendação da entidade reguladora de águas e resíduos (ERSAR), que não passa disso mesmo, vincula à pratica de tarifários pornográficos. E é de tal forma que as tarifas fixas não entram nas contas para a formação do preço ( custo para os munícipes) mas para dar sustentabilidade às empresas, que por sua vez gastam o "carcanhol" do Povo como muito bem querem e entendem.
As desculpas são sempre as mesmas. Consumos próprios e perdas. No caso concreto de Olhão, por exemplo, temos a zona verde da Quinta João de Ourem sem contadores, não sendo possível por isso contabilizar como consumo próprio mas como perdas na rede. E quem fala na Quinta João de Ourem, podia também falar em muitas outras situações, para justificar as perdas na rede e responsabilizar o Povo por tal, quando a verdade é que a responsabilidade é de quem gere o sistema. E isto porquê? Porque se formos verificar as contas das empresas municipais, constatamos que os valores das depreciações não é reinvestido na manutenção da rede, deixando-a degradar, porque é mais fácil promover uma festa e assaltar a carteira do Povo. É o dois em um; gasta-se o que não se tem e cobra-se aos otarios para continuarem otarios.
A única solução para acabar de vez com esta cegada, é a extinção das empresas municipais e a sua municipalização, porque não servem os interesses do Povo nem do município, mas antes de algumas pessoas, mas o Poder prefere continuar a alimentar os mesmos de sempre do que ter uma gestão centrada na melhoria das condições sociais do seu próprio Povo. E como se isso não bastasse, a oposição (será) nada faz para alterar esta situação, ciente de que na primeira oportunidade terá direito a uma fatia do bolo, à custa da crescente fome e miséria do Povo.
Ninguém quer uma discussão seria sobre o assunto, porque no fundo todos defendem o mesmo, a redução das condições de vidas das populações, já de si degradadas pelo assalto governamental.
Ao Povo cabe mostrar a sua indignação e revolta contra os eleitos locais que entendem que o roubo dos seus bolsos ainda é curto e precisam de roubar mais.
REVOLTEM-SE, PORRA!
Só vejo duas soluções:
ResponderEliminar1ª cada núcleo de munícipes abrir o seu próprio poço, é um pouco trabalhoso, o que está fora de moda, mas eficiente, depois do poço aberto, mete-se lá uma bomba, e fecha-se com uma placa de cemento armado para evitar que caia lá qualquer munícipe depois de uma noitada fora. Apartir dai, é só bombar, e usar a agua desejada, sem pagar um tusto ao Leal, ou ao Pininha.
2ª nas próximas eleições vamos todos votar "MRPP", e eles resolvem isso tudo.
Zé do mar ou da Merda:
ResponderEliminarFique sabendo que mesmo não usando agua da rede, vai ter de pagar sempre a taxa de recursos hidricos. O seu sarcasmo idiota não tem qualquer cabimento, porque o que está em causa é a pessima gestão que é feita dos recursos.Se se preocupasse em ver as contas, constataria que os juros pagos à Aguas do Algarve (11%) estão muito acima daquilo que a autarquia pagaria à banca se a ela recorresse, e não o faz deliberadamente para que o processo de privatização avance mais rapido. Por outro lado, só face à contabilidade analitica poderia vir brincar procurando diminuir o conteudo do texto, mas isso para si seria demasiado trabalhoso. E não tenha duvidas que o MRPP faria melhor trabalho. Mas cuidado porque à proxima provocação posso dar-lhe uma resposta mais azeda. Passe bem.