Desde o passado dia 22 de Novembro que as zonas de produção de bivalves foram desclassificadas, assistindo-se no momento a um clima de paz podre que terá o seu terminus no final do ano.
Pelo meio ficou a palhaçada promovida pelo presidente da Câmara no auditório municipal, não para resolver o problema da Ria Formosa, mas para jogar um balde agua na imensa fogueira da contestação popular, desviando as atenções do principal problema que é a poluição da Ria Formosa, seja ela microbiologica, química ou de excesso de nutrientes.
Na verdade, quando António Pina se faz acompanhar de alguns representantes da classe, alguns deles autênticos traidores, mais não fez do que descartar as suas responsabilidades, atirando as culpas para terceiros, até há bem pouco tempo cúmplices, mas conseguindo uma trégua que não durará eternamente.
Quanto aos partidos, assistimos a um fait divers, cada um a pronunciar-se na tentativa de dividendos partidários, mas de cujas acções nada sobrou.
O PSD foi o primeiro a reagir mas foi sol de pouca dura, muito provavelmente por pressões da direcção do partido, que sabe da justas razões da luta dos produtores de bivalves; seguiu-se-lhe o PCP e como não podia deixar de ser a direita maioritária nem lhes deu ouvidos; chegou a vez do PS que prometeu fazer vir a Olhão a Comissão Parlamentar e os responsáveis das entidades envolvidas, que se sabe já não virá; o CDS limitou-se a questionar a Ministra sem ouvir as queixas dos queixosos e nem resposta obteve; o BE que nem se pronunciou, ou seja zero. Em conclusão, a encenação de todas as acções não passaram de operações de charme tentando conquistar simpatias partidárias mas sem qualquer conteúdo para quem quer ver os problemas resolvidos.
Não será demais lembrar que à Câmara Municipal de Olhão, e as zonas de produção de bivalves estão na sua maioria na área de intervenção da Capitania de Olhão, em 2007 mesmo debaixo da contestação das pessoas contraiu empréstimos no valor de de 22.000.000 de euros, que não se sabe onde aplicou, mas sabe-se que não teve dinheiro para resolver um problema que está na origem da calamidade social que se instalou na cidade, cujas repercussões ainda não se fazem sentir.
E como as entidades publicas não querem enfrentar os "revoltosos" e discutir seriamente o assunto, então terão estes de os obrigar a sentar à mesa da discussão: Como?
A partir de amanhã começará a recolha de assinaturas para uma petição sobre a poluição da Ria Formosa, apelando desde já a todos que nos acompanham que não só assinem como a divulguem e partilhem.
REVOLTEM-SE, PORRA!
Vou assinar!
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