A semana apresentou um conjunto de problemas, qual batatas quentes, que foram cair nas mãos de António Pina, o presidente da Câmara Municipal de Olhão e que vêm mostrar a fragilidade do seu mandato.
1- Começou com a crise da Ria Formosa, que já vinha da semana anterior, procurando colher dividendos políticos que no futuro se vão mostrar desastrosos para ele, para o partido que representa e para o Povo de Olhão em geral.
Por mais que António Pina tente fazer passar a mensagem que a culpa é dos denunciantes dos crimes ambientais praticados pelas Câmara de Faro e de Olhão e também da Águas do Algarve, a verdade é que o problema reside na poluição da Ria Formosa.
Ao contrario de Francisco Leal que nunca se virou contra as instituições, António Pina tenta atirar para cima do IPMA as culpas da situação presente, a desclassificação das zonas de produção de bivalves. O IPMA tem culpas no cartório é verdade, por não ter feito as analises como devia, mas também por sempre ter encoberto a realidade da poluição, o que poderia ter obrigado à classificação da Ria Formosa como zona sensível em risco de eutrofização, o que aliás era sua obrigação. E, se por enquanto vai gozando do beneficio da duvida de alguns produtores de bivalves depressa se acabará com forem conhecidos os resultados das analises em curso, posto que a época do ano é a mais desfavorável para a sua realização.
António Pina, com a ajuda do cartel da Ria Formosa, procura agora culpar aqueles a quem foi pedir conselhos para a resolução do problema da Ria e a quem, em sessão de Câmara publica ficou de telefonar.
A deslocação a Lisboa saldou-se por um fiasco, como se pode ver em http://www.diarionline.pt/noticia.php?refnoticia=141910. António Pina como moço pequeno que é ainda acredita no Pai Natal, o secretario de estado do mar, que em 7 de Fevereiro fez publicar um despacho contrario aos interesses de quem trabalha na Ria Formosa, escondendo à UE a realidade da Ria, dando cobertura aos crimes ambientais aqui praticados. O secretario de estado, depois do despacho que elaborou não tem como negar agora o que disse há 10 meses atrás pelo que não será pela sua intervenção que a UE aliviará a pressão. Na verdade o que o secretario de estado faz, é ganhar tempo para saber dos resultados das analises feitas esta semana, para depois se pronunciar se deve ou não alterar a classificação.
2 - Caiu como uma bomba o pedido de nulidade do Ministério Publico do loteamento da Quinta João de Ourem, onde foram construídos mais de trezentos apartamentos, o que só vem comprovar os crimes urbanísticos cometidos. Ainda assim, António Pina tenta encobrir o triste passado da gestão de Francisco Leal, na qual ainda participou durante oito anos. António Pina sabe que foi aprovada uma alteração ao alvará de loteamento em 2007, e aí já era vereador e como tal cúmplice das ilegalidades cometidas. Também neste caso, António Pina e o seu clube de fãs na Quinta João de Ourem, não condena a actuação criminosa da Câmara Municipal de Olhão mas fá-lo contra quem denunciou os crimes.
António Pina parece condenado a apontar o dedo aos denunciantes de toda a espécie de crimes cometidos pela autarquia a que preside, amarrado que está ao passado. Incapaz de tomar uma iniciativa justa que era pedir a auditoria à gestão anterior, tal como o fizeram os seus camaradas de partido em Portimão, para desculpabilizar a gestão ruinosa dos mandatos anteriores.
Se António Pina pensa que consegue fazer desistir os denunciantes ao atirar as suas culpas, desengane-se porque elas são para continuar.
3 - Durante a semana, realizaram-se eleições para a concelhia socialista desde 2005 liderada por António Pina, apresentando-se a sufrágio uma única lista. António Pina bem que tentou impingir alguns capangas mas não conseguiu os seus intentos e em ultimo recurso apresentou um conjunto de exigências, tal como ter o apoio para encabeçar as listas por forma a ser presidente durante doze anos. O mais que António Pina conseguiu foi ficar na concelhia mas por inerência do cargo, tendo sido afastados todos os resquícios de Francisco Leal. António Pina não percebeu que a exigência é de mudança, de ruptura com um passado recente, da mesma forma que ainda não percebeu que doravante vai ter que prestar contas das suas decisões ao partido que o fez eleger. Tomar decisões como a de nomear gestores para as empresas municipais e outras sem dar conhecimento e sem ter a aprovação da concelhia, como se fosse dono do partido acabou-se. É caso para dizer que o reinado de António Pina se esgotou depois de tantos tiros nos pés ter dado.
Que a nova concelhia socialista se imponha e imponha uma mudança ao serviço da maioria do Povo e não para grupos de interesses como tem sido até agora. Parabéns aos vencedores pela coragem na demonstração da ruptura, até há pouco impensável. Força!
Fico contente que ainda hajam pessoas no PS que tentem mudar vícios há muito tempo infiltrados em Olhão.
ResponderEliminarA desclassificação das zonas, foram baseadas numa análise de água de há 4 anos... Não foi preparada, como em Lisboa, a visita da Comissão, em que só mostraram as análise que estavam em conformidade. Análises feitas com bivalves misturados e obviamente contaminados, pois até estão a pedir a depuração da conquilha. Que toda a gente sabe que morre no processo. Falha clara de conhecer o terreno!
ResponderEliminarQue comece o aumento do preço e a fuga!