1 - Já toda a gente sabe que as águas da Ria Formosa estão poluídas e não apenas por coliformes fecais, mas as soluções apresentadas estão longe de ser consensuais.
A opacidade das decisões da Águas do Algarve nesta matéria vão no mesmo sentido de toda a administração publica, escondendo das populações as suas reais intenções e contornando as leis que o Poder, do qual fazem parte, teceu.
Na imagem acima retirada do site da Águas do Algarve e lá colocada em 2009 pode ver-se o pontinho vermelho indicando a "nova ETAR Faro-Olhão", localizada na área de intervenção do Plano de Ordenamento do Parque Natural da Ria Formosa.
Sabemos que já foram feitos por encomenda os estudos de impacto ambiental, que não a sua avaliação, apesar de se saber que o POPNRF não aceita novas ETAR, ou seja, à revelia do Parque pretende-se uma nova ETAR que vai continuara a poluir a Ria Formosa, ao abrigo de mais um "interesse publico".
2 - Porque é nossa preocupação a situação de calamidade social, desastre ambiental e crime anti-económico, que se vive na Ria e sempre na procura de uma solução sustentável, fomos visitar um projecto de plantação de 2.000 alfarrobeiras em Salir, regadas com as águas da ETAR, junto ao terreno.
Este projecto é a confirmação do que sempre defendemos, a reutilização das águas residuais para fins agrícolas.
Mesmo uma agricultura de economia de agua, estima-se um consumo de 1m3/m2/ano, o que nos permite dizer que para o caudal das ETAR de Faro Nascente e Olhão Poente, bastariam cerca de 730 ha de terreno para absorver toda a agua descarregada por aquelas duas ETAR.
O risco de contaminação dos solos é mínima até porque hoje as industrias, a principal fonte de contaminação por metais pesados. estão obrigadas a ter ETAR próprias antes de descarregarem nos sistemas colectores. A evapo-transpiração e a radiação solar são elementos suficientes para a eliminação dos coliformes fecais, alem de os produtos horto-fruticolas de casca são impermeáveis não permitindo a absorção de uma possível contaminação.
3 - Face à situação da Ria Formosa e apontando-se para a construção de uma nova ETAR sugerimos que a mesma seja localizada nas zonas potencialmente agrícolas dos concelhos de Faro-Olhão. Esta nova ETAR podia até dispensar um tratamento mais elevado que o actualmente utilizado, baixando o investimento. O maior custo, também não tão elevado assim, era utilizar as estações elevatórias existentes, que trazem as águas residuais para as actuais ETAR para as reencaminhar a destino certo.
4 - A poluição feita em terra, na terra deve ficar. Mandá-la para as massas de agua como tem sido praticado, é poluir as águas, sejam doce ou salgadas, albufeiras, rios, ribeiras ou mar.
No mar encontra-se um elo muito importante da cadeia alimentar e ao transferirmos a poluição telúrica, estamos a inundar o mar com hormonas, antibióticos e outros poluentes e a introduzi-los na nossa alimentação.
NÃO À POLUIÇÃO!
POR UMA RIA FORMOSA DESPOLUÍDA!
As Aguas do Algarve além de poluidorada Ria Formosa. querem é fazer ETARs de 80 miolhões para ganahrem envelopes bem recheados!
ResponderEliminarSe o pininha quisesse mesmo acabar com a poluição na ria formosa, acabava,já com os esgotos venenosos que a CMO joga para a Ria Formosa esgotos esses que envenam as aguas da Ria e são alvo de chacota para os milhares de turistas que tiram fotografias ao esgoto do T,quando vão para as ilhas da Culatra Armona e Farol.
ResponderEliminarEste projecto em Salir merece todo o apoio! Devíamos olhar para estes exemplos e com eles ou através deles tentar conseguir fundos do novo programa quadro como o Horizonte2020 cujos concursos já abriram a semana passada e desta forma tentar implementar estas ideias realmente eficazes!
ResponderEliminarParabéns ao projecto! E Parabéns aos autores deste blog que são dos poucos a apresentarem soluções.