OLHÃO: CÂMARA ABRE PORTAS À PRIVATIZAÇÃO DA AGUA!

A Câmara Municipal de Olhão levou, hoje, a sessão de câmara, uma proposta do Director Financeiro da Ambiolhão, cunhado do presidente, para aumentar o capital social da empresa em mais dez milhões de euros, com o fundamento de uma suposta "alteração da composição da estrutura accionistas".

A primeira questão que se levanta é a de saber onde é que a Câmara vai arranjar os dez milhões, a não ser criando mais endividamento junto de uma entidade bancaria, para depois vir justificar o aumento de taxas, como a do IMI, para poder satisfazer as suas obrigações e os otarios sempre a pagar,

Porque os procedimentos da Câmara, liderada por António Miguel Pina, continuam tão opacos como no tempo do "emplastro", cabe também perguntar se este endividamento não será para pagar à Eduardo Pinto Viegas, a tal factura de seis milhões, há anos metida numa gaveta e nunca contabilizada.

Falta saber quem, a Câmara Municipal de Olhão, elegeu para parceiro de negócios, podendo ser a própria Águas do Algarve a troco da divida ou a elaboração de um mais um contrato leonino do género daquele que foi utilizado para a venda de uma parte do capital social da Fagar, onde o investidor, quer a empresa tenha lucros ou prejuízos, terá sempre o seu quinhão garantido.

Como todos sabem, qualquer investidor quer ver o seu capital recuperado e com lucros, mesmo que a empresa tenha prejuízo, o que vai determinar um aumento substancial da factura da agua, saneamento básico e resíduos sólidos.

A quadrilha que lidera a autarquia olhanense não olha a meios para manter as gordurinhas que foi criando ao longo dos tempos e conta, como sempre contou, com o empenhamento do parceiro de direita, usando o mesmo discurso e os mesmos alvos.

Para qualquer deles, é mais apropriado roubar o Povo do que cortar naquilo que têm e muito para cortar. Manter o sindicato de voto e as negociatas que sempre fizeram nas costas do Povo, é ter sentido de estado, mas para que quer o Povo um estado que o rouba, esmaga e escraviza.

Do outro lado, estão os "radicais", os tais que se opõem às politicas salazarentas de Pina e Cruz.

Mesmo que esteja aprovada em sessão de Câmara, a proposta terá ainda de ser submetida à Assembleia Municipal, onde, duvidamos conte com o mesmo tipo de apoios, até porque se sabe que a maioria da concelhia do partido na liderança da autarquia, seja contrária à privatização da agua.

No entanto o Povo tem um palavra a dizer e deve mostrar toda a sua indignação e revolta.

REVOLTEM-SE, PORRA!