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quarta-feira, 4 de junho de 2014

OLHÃO: A MAFIA POLITICA AO SERVIÇO DE INTERESSES PRIVADOS

Tem estado em discussão o Regulamento Municipal de Habitação Social, que no fundo e no contexto em que se desenrola a discussão, não passa de mais uma medida que visa castigar os mais desfavorecidos da sociedade e dar o ouro ao bandido.
É que ao mesmo tempo em que decorre aquela discussão, a Câmara Municipal de Olhão, aderiu ao programa do Mercado Social de Arrendamento como se pode ver emhttp://www.cm-olhao.pt/es/listar-artigos/432-municipio-de-olhao-adere-ao-programa-mercado-social-de-arrendamento .
No Mercado Social de Arrendamento apenas se poderão candidatar os agregados familiares cuja taxa de esforço lhes permita pagar as rendas apresentadas. A taxa de esforço, oscila entre os 10 e os 30% do rendimento anual bruto, divido por doze.
Acontece que o maior senhorio é a malfadada banca, com as famílias e os construtores a terem de lhes entregar os fogos que não conseguiram pagar, ao mesmo tempo que o Povo paga o resgate da banca à famigerada troika. Deste modo, é a banca, mais uma vez, a grande beneficiaria pelos programas do Governo. Se a intenção fosse o beneficio do Povo, essa mesma banca, há muito que teria tomado essa opção.
Mas o que tem isto a ver com o Regulamento Municipal de Habitação Social? Pois bem, as rendas apresentadas no chamado Mercado Social de Arrendamento chegam a ser bem mais baratas do que as resultantes do Regime de Renda Apoiada, estando disponíveis fogos do tipo T4 a 300 euros.
Temos assim, que a habitação do estado (municipal) com custos mais baixos que as do mercado livre, até pela isenção do pagamento das taxas e pela qualidade, a ter depois rendas mais caras do que as oferecidas pelos privados.
Este nivelamento em alta das rendas de  habitação social, obviamente que levará muitos moradores a situações de incumprimento e ao abandono dos fogos dando um novo fôlego aos proprietarios privados aderentes ao programa.
No mercado livre, o custo médio de um fogo é de cerca de 60.000, mas que mesmo assim dividido por 300 prestações daria uma mensalidade de cerca de 200 euros, o que equivale a dizer que no caso da habitação social, com custos mais baixos, a mensalidade deveria ficar abaixo daquele valor.
No Bairro da Rua da Armona, os moradores foram transferidos das casas pré-fabricadas, sem direito a opção, com a Câmara Municipal a rasgar os anteriores contratos e a aplicar outros novos, já ao abrigo do regime de renda apoiada.
O deboche que tem sido a aplicação dos dinheiros públicos por parte da Câmara Municipal, leva a dificuldades de tesouraria, com o Povo de Olhão a ser roubado por uma quadrilha politica para satisfação das suas hostes.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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