Já há algum tempo que foi aberto o processo de revisão do Plano Director Municipal de Olhão (PDM), tendo para isso sido elaborado o respectivo Relatório de Avaliação de Execução do PDM, subscrito por um pardal, que apenas conhece Olhão pela participação na campanha eleitoral autárquica pelo partido que gere os destinos da Câmara.
Como já nos habituaram, estes relatórios são peças fundamentais para branquear e ultrapassar os crimes cometidos em torno do ordenamento, alimentar a ganancia de construtores sem escrúpulos, talvez encher os bolsos de autarcas e técnicos.
Assim, na pagina 12 do Relatório e em relação às freguesias de Olhão e Fuzeta pode ler-se: "Não é aconselhável o congelamento do crescimento urbano, porquanto este pode ser uma condição fundamental para permitir a sustentabilidade das transformações necessárias à correcção e recuperação de situações problematicas".
As situações problematicas apontadas estão relacionadas com casos susceptíveis de configurar a pratica de crimes conexos aos de corrupção, como o Marina Village em Olhão ou o edificado em Domínio Publico Marítimo na Fuzeta. Mas não se fica por aqui e vai mais longe. Na mesma pagina, lê-se ainda que a frente da Ria na Fuzeta, é um espaço insalubre que cria risco para a saúde publica e deve ser reperfilada e que devem ser resolvidas as urbanizações problematicas. Nem mais. O pardal, não aquele da Walt Disney, mas um outro, faz assim o frete à Câmara Municipal de Olhão e muito particularmente ao camarada Francisco Leal que terá, um dia, de responder pelos crimes urbanísticos cometidos.
Ainda relacionado com a Fuzeta pode ver-se que passou de 3036 habitantes em 1991 para 1918 em 2011, mas não se explica como se deu esta redução. A freguesia da Fuzeta, espartilhada pelo caminho de ferro, viu crescer urbanizações a norte, já na freguesia de Moncarapacho e daí a redução da sua população à custa da transferencia para a freguesia rival por força do cartão do cidadão.
Na pagina treze, pode constatar-se o que vai na cabeça dos pardais autárquicos, quando se fala na "Resolução dos bairros clandestinos, 16 de Junho e outros".
O que não se diz, é que em nome de um pretenso desenvolvimento turístico, a ideia é correr com o resto da população olhanense daquela zona e deixá-la livre para os Marina Village ou outros empreendimentos do género. Demolir as Barrequinhas e fazer vivendas de luxo é o verdadeiro plano desta escumalha.
Curiosamente, e numa extrapolação do dito relatório, verificamos que o concelho tem 17.642 famílias para 26.225 fogos, ou seja nove mil fogos, de segunda habitação. Ora como, e de acordo com o Relatório, não é aconselhável o congelamento do crescimento urbano, a Câmara Municipal de Olhão, não tem em conta a satisfação das necessidade reais da população, mas tão só a perpetuação dos negócios imobiliários, os tais aos quais está associada a corrupção, com o inconveniente de ao alargar a área de expansão urbana para terrenos da Reserva Agrícola ou da Reserva Ecológica se estar a fragmentar ainda mais a propriedade rural, retirando-lhe a competitividade que os dias de hoje exigem.
Que futuro para Olhão? Porque escondem do grande publico estes e outros documentos e não permitem uma ampla participação da população. Será que têm medo da reacção dos moradores das Barrequinhas ou da Fuzeta, que condenaram a sitio em lugar de freguesia?
REVOLTEM-SE, PORRA!
O Abono de Família dos políticos e dos técnicos está a começar a mostrar a sua verdadeira face, ou seja " não é aconselhável o congelamento do crescimento urbano ".... Perto do alvo, mas indefinido... Atenção, atenção aos "fait divers" lançados pelos politiqueiros de meia tigela eleitos, Vereação e Cia, para CMO e para técnicos corruptos residentes e permanentes, são manobras de diversão, porque a maior pouca vergonha não vão ser as ilhas ou a Fuzeta... Os posts ainda estão muito frios...Precisa de afinar a pontaria para aquecer...
ResponderEliminarMosse Oh. A Terra moto!
ResponderEliminarEntão gostas mais de ver as barraquinhas do que vivendas de luxo?
Como nunca fizeste nada na vida, ficas mais tranquilo rodeado por barraquinhas! é mais o teu género!
Vivendas de luxo? Não me importo. São importantes para a economia local, mas construir aonde? Na Ria Formosa? Será que o PDM vai abrir o ataque ao imobiliário na Reserva Natural? Acredito em tudo...
ResponderEliminarHá muito boa gente que tem um bocadinho de terra, e que gostaria de construir lá uma casa, só que esse famigerado PDM não deixa, o resultado, é, as pessoas não investem, não há trabalho, as companhias que vendem materiais de construção, vão à falência, a Camara, não recebe as Taxas de construção, e os Impostos Municipais as companhias da agua da luz e do ´gás não ganham novos clientes, quando a Construção para,´paralisa a coluna dorsal da economia! Mas tu gostas é disso não é António?
ResponderEliminarAnónimo de 30/07/2014, por favor defina "bocadinho" de terra...., e onde é podem estar localizadas essas terras .... Vamos ser mais específicos. O retrato que você faz é mais melodramático do que real... Essas tais "casinhas" são normalmente construídas por "free lancers" ou mestre de obras "jeitosos" da construção civil, que não têm "papeis e contabilidade", a verdadeira concorrência desleal ás empresas de construção civil que bem ou mal pagam os seus impostos e contribuições, e os empregados descontam para a Segurança Social. Enfim, não contribuem para a riqueza do concelho e nem do pais. Sobra a capa das "casinhas" e dos "bocadinhos de terra" é que se fazem as grandes golpadas nos PDM.... Já conheço este filme..... Neste conceito da "terrinha e da casinha" é que vai residir uma das várias golpadas do PDM, porque é o lobo com pele de cordeiro, e recheado de um nacional porreirismo falido. Não se iludam, Olhão tem que crescer, fazer vivendas é preciso, e vamos assistir a golpadas únicas e porcas na estratégia da expansão de Olhão. Neste processo não há inocentes, e no momento certo vou chamar os bois pelos nomes. Criação de riqueza sim, mas com os empresários locais e legais, ou seja de os porta aberta, que à longos anos atravessam uma enorme crise.
ResponderEliminarAo anónimo de 31/07/14 às 07:48
ResponderEliminarOuça lá Cavalheiro! porque é que um mestre de obras "jeitoso", não pode ser um profissional cumpridor com os seus deveres fiscais, e profissionais? você não passa de um preconceituoso, que provavelmente não tem onde cair morto! pois fique sabendo que os maiores prevaricadores ao fisco, são as grandes companhias, que para alem de não pagarem o que é devido ao fisco, ainda obtém mão de obra de borla, através dos cursos pagos por todos nós, competindo com os pequenos empresários, que têm as suas contas em dia, e pagam aos empregados
Não há grandes companhias em Olhão, e muito menos da construção civil. A mensagem é por demais obvia, é acabar com o "coitadinho do pequenino", e valorizar quem cumpre, pequeno ou grande. Ao fim e ao cabo o senhor agarrou naquilo que também é importante, ou seja quem faz o que e como, mas ficaram por esclarecer o que é realmente muitíssimo importante, que é o que quer dizer o "bocadinho de terra", o seu tamanho e onde ficariam localizados . Isto são as questões que teriam de ser esclarecidas por si porque as escreveu aqui, ou pelos pelos boys & girls da camara, sob pena de e parafraseando o Zezé Camarinha, em vez do "put the cream", o povo de Olhão com o novo PDM recauchutado era o "put the vaseline", de tal a roubalheira e compadrio entre os políticos da CM Olhão e a classe dirigente dessa entidade camararia. Quanto a não ter onde cair morto, por favor não se ponha a adivinhar. O importante é discutir os assuntos com frontalidade, independentemente de eventuais erros de apreciação. Não gostos de clichés políticos e sociais. Frases feitas para a plateia. Não acrescentam nada.
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