A estimativa do financiamento da execução do Plano de Pormenor da Zona Histórica permite-nos aquilatar das reais intenções do executivo camarário, particularmente no que diz respeito aos olhanenses ali residentes e que tipo de intervenção.
E começamos logo por destacar o facto de em cerca de doze milhões, o total previsto, apenas serem alocados 100.000 euros para a reabilitação do edificado existente, ou seja não é intenção da Câmara Municipal de Olhão procurar reabilitar até o seu próprio património ou outro do qual possa vir a tomar a posse administrativa face ao desconhecimento ou impossibilidade de contactar os proprietarios dos imóveis.
Mas em contrapartida tem 2.024.000 euros para correr com os olhanenses residentes procedendo ao seu realojamento na periferia, porque para os eleitos locais, não todos, os olhanenes são feios, porcos e maus e devem ser afastados dos turistas.
O conceito de reabilitação urbana dos nossos queridos autarcas praticamente cinge-se à substituição da calçada portuguesa, que até nem tantos anos assim, das ruas da Zona Histórica, pelo menos nos Bairros do Levante e dos Sete Cotovelos, por uma calçada de escarapão, a mesma que o atelier Baixa tem recomendado noutras cidades a que faz alusão. Para este atentado, a Câmara Municipal de Olhão, reserva a quantia de 7.513.444 euros.
O tipo de intervenções delineado é o prosseguimento da aplicação das mesmas opções politicas com que um tal Sócrates de má memoria utilizou, recorrendo a investimentos sem qualquer tipo de retorno mas que servirá mais tarde para justificar o aumento dos impostos e taxas municipais.
Se ao invés disso a autarquia investisse no edificado, em colaboração com os proprietarios, tinha a oportunidade de recuperar o dinheiro investido e estaria a promover a recuperação de um edificado que se degradou a partir do momento em que a Câmara se demitiu da sua função de fiscalizar e exigir a sua conservação como manda a Lei.
A verdade é que parece ser cada vez mais evidente que a aposta dos nossos eleitos passa por correr com o património mais valioso que é o seu Povo, sem querer desvalorizar a importância do edificado, par no seu lugar introduzir o elemento estranho, quando afinal uma das vertentes do turismo de habitação é precisamente a mistura de culturas, de hábitos, de dizeres e da gastronomia. Quem melhor que os olhanenses para fazerem uma rica caldeirada ou uma boa sardinhada assada nas ruas e vielas da Zona Histórica. Porque são os estrangeiros que procuram esta mistura impedidos de conviver e coabitar com os residentes da Zona Histórica.
Muito mal vai um Povo quando os seus governantes têm vergonha de quem lhes permite viver às suas custas, como qualquer chulo.
Sã os chulos da politica.
REVOLTEM-SE, PORRA!
usam o dinheiro da agua para pagar ordenados, e querem gastar 7 milhões para destruir a zona hiostórica?
ResponderEliminartá bem tá ....assim também eu governava.