Na noite da passada quinta-feira reuniu o estado-maior socialista numa reunião alargada e que visava sobretudo debater a situação do Plano de Pormenor da Zona Histórica, particularmente das "grandes obras" que pretendem ali efectuar.
Marcaram presença, o presidente da câmara e os vereadores eleitos pelos socialistas, que chamados a pronunciarem-se sobre o Relatorio de Avaliação da Execução do PDM e do PP da Zona Histórica, mentiram e omitiram, e os presentes engoliram as desculpas apresentadas como se fossem verdadeiras.
O presidente aldrabão disso não saber o nome das ruas como se alguém acreditasse que não tivesse feito uma visita guiada aos sítios onde se pretende proceder às alterações; o vereador Carlos Martins disse desconhecer o Relatório e tudo o mais, quando todos eles estiveram presentes na sessão de Câmara onde o professor Pardal deu a conhecer as suas ideias, luminosas.
Desculpou-se o presidente, dizendo que apesar de constarem dos documentos, aquelas ideias não eram para pôr em pratica porque inexequiveis.
Bom, algumas delas, são de facto inexequiveis mas outras não.
Os planos de gestão territorial estão hierarquizados com subordinação dos de nível inferior ao de nível superior e o PDM é de nível inferior, tendo que se conformar com o que está estipulado nos planos especiais como o POOC ou o POPNRF, razão pela qual não pode incluir o Muro da Vergonha e a Auto-estrada na Ilha da Armona. Esta aberrante ideia é de facto inexequível.
O aterro do sapal na Fuzeta, para alem de se necessitar da aprovação da entidade que gere o Domínio Publico Marítimo está também contemplada no POOC, no POPNRF e no Plano Sectorial da Rede Natura 2000 e sujeito a estudo de impacto ambiental, pelo que se entende como inexequível.
Já o Plano de Pormenor da Zona Histórica pia de outra maneira; ele só não é exequível por razões financeiras, mas essas, estamos em crer, mais dia menos dia, serão contornadas e aí, se este Plano for aprovado, é bem possível que assistamos às demolições previstas.
Aceitar como valida, a falta de exequibilidade de um Plano mas aprová-lo é mais um acto de hipocrisia politica que assenta que nem uma luva aos socialistas, mas também aos social-democratas. Se os Planos não têm exequibilidade não podem ou não devem ser aprovados, mas os eleitos locais apostam em mantê-los, porque têm a manifesta intenção de os aplicar logo que estejam reunidas as condições para a sua execução, pelo que o Povo de Olhão deve estar atento e participar na discussão que terá lugar.
Contra as demolições e contra quem as aprova,
REVOLTEM-SE, PORRA!
O moço pina é melhor ir ao médico,pois com a confusão já nem se lembra do que assina.
ResponderEliminarJá agora será que se lembra das festinhas dos comboizinhes, organizadas pelo jorinho e pelo fernandinho?