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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

OLHÃO: ZONA HISTORICA I


Damos, hoje, inicio a uma serie de publicações sobre a Zona Histórica, depois de termos "roubado" os documentos que a Câmara Municipal de Olhão forneceu, e isto porque está incompleto. Na verdade, apresenta-se o Anexo ao Relatório Ambiental mas não se apresenta o dito Relatório, uma caracteristica desta autarquia, a de esconder documentos. Mas não será pela falta de documentos que deixaremos de nos pronunciar, embora este Plano mereça, da nossa parte, ser chumbado.
E começamos desde logo, pelo facto do processo ter sido iniciado em 2009, altura em que se avançaram os pressupostos metodológicos e  propositivos.
Nessa altura, estávamos no inicio da crise, em que o mesmo tipo de políticos e de politicas emanadas pela Câmara Municipal de Olhão, e as perspectivas e estratégias de desenvolvimento são, hoje completamente diversas das daquela época. Manter o mesmo desenho, é um erro crasso e o futuro o dirá, se este Plano vier a ser aprovado.
Como se isso não bastasse, António Pina, convoca a restante vereação, que acusa de não estudar os documentos, que não forneceu e continua a não fornecer na integra. Porque razão, António Pina promove esta reunião?
Apesar de haver a mãozinha de Leal, no Plano, Pina encara-o como obra sua, mas perante as diversas manifestações de desagrado e a pressão da comunicação social, na tentativa de o ver aprovado, ensaia uma manobra que visa pôr os restantes vereadores a reboque das suas politicas ao pedir-lhes sugestões. Se os vereadores o fizerem, obviamente que se sentirão na obrigação de aprovar o Plano.
Aquando da inauguração dos Largos Históricos, António Pina disse nada poder fazer porque o Projecto não podia ser alterado, a não ser que o respectivo autor o permitisse. Ora aplicando o mesmo principio, o Plano só poderá ser alterado se obtiver o consentimento de quem o elaborou, algo difícil, tendo em conta a quantidade de alterações que certamente serão propostas, e que desvirtuam por completo a essência do Projecto.
De seguida, declinando qualquer responsabilidade, dirá muito cândidamente, que foram os responsáveis técnicos que não permitiram as alterações, ficando a restante vereação com o menino nas mãos, na pratica, compelidos a aprovar a contra gosto esta aberração em forma de Plano.
Para que todos os que nos seguem, estamos em condições de denunciar tudo quanto se prepara para a Zona Histórica, seja ele relativo a estacionamentos, a continuação da substituição da calçada portuguesa na maior parte da Barreta  pelas placas utilizadas nos largos históricos, quer no que respeita às alteração das cérceas, e certamente os olhanenses que vivem e sentem a sua cidade, vão dizer um rotundo não a este Plano de Pormenor da Zona Histórica.
A Zona Histórica é assim designada por ter sido o centro fundador da cidade, onde os primeiros habitantes construíram as suas casas, obedecendo a critérios de utilidade, como a observação do mar, e que deu origem a caracteristicas únicas, ainda que inspiradas noutros modelos. E são precisamente essas caracteristcas que estão a ser postas em causa no projecto do Plano, e consequentemente a completa descaracterização de toda a Zona Histórica.
INDIGNEM-SE, REVOLTEM-SE, PORRA!

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