O principal fornecedor de areias para as praias da costa portuguesa, eram os rios selvagens, mas as barragens entretanto instaladas impedem a livre circulação das areias e a alimentação da costa portuguesa. Não vamos aqui discutir a necessidade de muitas dessas barragens, sendo certo que nalguns casos o aumento da produção de energia é tão ridículo que nem justificava o investimento feito não fosse a necessidade do próprio sistema instalado se alimentar do dinheiro resultante dessas obras.
A construção de barragens deveria sempre e necessariamente ser acompanhada de medidas de prevenção e compensação do défice de areias na costa, mas para tal era preciso que houvesse uma politica de defesa costeira, algo que os governos do PS, PS e CDS nunca fizeram nem quiseram.
Em muitos países, como forma de defender as praias da costa, adoptaram-se a implementação de recifes artificiais multi-funcionais em mangas de geo-têxteis que permitem alterar a energia das ondas criando um efeito semelhante ao do conhecido Canhão da Nazaré (ver vídeo) e com isso proceder à realimentação das praias de forma quase natural.
Para alem de ter sido experimentado noutros países, o próprio LNEC fez ensaios laboratoriais e algumas personalidades e entidades já se pronunciaram a respeito das vantagens e inconvenientes da utilização deste tipo de defesa costeira.
A margem oceânica da Ria Formosa é constituída por um extenso cordão dunar que acusa uma acentuada vulnerabilidade aos galgamentos oceânicos, fruto da falta de circulação de areias provocada pela construção dos molhes das barras artificiais e dos esporões.
Como é do conhecimento publico, em breve começarão os trabalhos de exploração do gaz de xisto ao largo da Fuzeta, mais propriamente numa zona conhecida por Beirinha, onde existe o maior banco de pescada branca do Algarve. Para alem da mortandade de peixe que os rebentamentos vão provocar, também aumentam os níveis da actividade sísmica, e da possibilidade de um aumento da agitação marítima.
Estando o cordão dunar da Ria Formosa em risco de galgamento oceânico, o aumento da agitação marítima pode ter consequencias muito graves para o eco-sistema, já abandonado e detiorado pelas entidades publicas.
Sendo assim, não se achará senão justo que a miséria de contrapartidas dadas ao Estado pela exploração do gaz de xisto, sejam em primeiro lugar para protecção postas ao serviço das populações locais, que tudo têm a perder e nada a ganhar com esta brincadeira.
Para evitar o risco de galgamento oceânico e aumentar o cordão dunar em altura e largura, as contrapartidas poderiam e deveriam ser utilizadas na aplicação dos recifes artificiais multi-funcionais, paralelos à linha de costa e a uma distancia de 200 a 300 metros para que a alteração da energia das ondas permitisse a realimentação das praias.
Se tal medida fosse aplicada e porque a mancha de areal aumentaria não havia necessidade das demolições previstas do edificado existente nas ilhas barreira.
Mas parece que os partidos do arco da governação estão muito mais interessados em obras continuas do que numa solução que agrade a quem vive de e na Ria Formosa.
Salvem a Ria Formosa!
REVOLTEM-SE, PORRA!
http://www.cm-olhao.pt/images/Autarquia/Comunicacao/Notcias/2014/Concentra%C3%A7%C3%A3o.jpg
ResponderEliminar«Concentração contra o encerramento da passagem pedonal
A Câmara Municipal e a Junta de Freguesia de Olhão convocam todos os cidadãos a manifestar a sua indignação face ao encerramento da passagem de nível sobre o túnel, no próximo sábado, dia 11 de outubro, às 10h00 da manhã, junto à Biblioteca Municipal.
Esta ação pretende ser uma manifestação pacífica, com o objetivo de mostrar à REFER o transtorno causado pelo súbito encerramento desta passagem pedonal, essencial para a mobilidade diária da população olhanense.
Porque a voz do cidadão deve fazer-se ouvir quando não está de acordo, queremos unir em uníssono um coro de protesto que seja capaz de soar na consciência de quem pode decidir retroceder com uma medida que não beneficia ninguém.
Vamos despir as cores partidárias e unirmo-nos em prol de um objetivo comum que é defender os Olhanenses.
Acreditamos que a força da união ainda pode fazer com que seja encontrada uma solução sensata que concilie a segurança com a mobilidade.
Para uma cidade sem muros nem barreiras, a voz da razão tem de ser ouvida!
António Miguel Pina
Presidente da Câmara Municipal de Olhão
Luciano de Jesus
Presidente da Junta de Freguesia de Olhão»
moss pina tás mas é preocupado com a floripes,pois deste ordens ao marinhe dos trapes para mandar um funcionário da praça dar banho diário à floripes. se tivesses preocupado com a passagem de nivél já tinhas feito um acordo com a CP.
ResponderEliminarmoss ió lucianite tiveste uma sorte do caraças de não ires dentro, e agora tás-te a armar em braço direito do pina?
ResponderEliminarvê lá é se a verdade ainda vem ao de cima.