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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O ARGUMENTO DO PODER NA RIA FORMOSA: A REPRESSÃO!

Dos meus amigos Luis Alexandre e João Martins dois excelentes textos que ilustram bem a forma como o Poder de Lisboa se faz exercer na Ria Formosa.
No primeiro caso, o texto foi surripiado do jornal Barlavento, e mostra como começaram as construções nas ilhas barreira, remontando ao seculo XIX, em junco inicialmente e montadas por pescadores, num periodo em que ninguem ali queria habitar, até aos dias de hoje, com a industria do turismo, sempre apoiada pelos governos, a ditar as regras da ocupação dos solos e muito especialmente no que diz respeito às praias, reservando para si, pelo anadar da carruagem, o direito exclusivo da utilização e exploração de um recurso natural que é pertença de todos nós.
Diz e muito bem o Luis Alexandre que 
                    As demolições na Ria Formosa são decisão politica
Exmo. Sr. Diretor Com a presença humana secular sobre o cordão dunar em respeito absoluto com a natureza, a concessão às Câmaras Municipais de Faro e Olhão de áreas desafetadas do domínio marítimo alterou as relações de força, com o estatuto social dos anos 50 e 60 a ditarem a ocupação sazonal em edifícios de betão, de um ou dois pisos, agravados posteriormente em plena democracia e maior poder aquisitivo de uma nova parte da população.

Muitas das humildes barracas passaram a casas de valor acrescentado, misturando-se com as populações de pescadores, particularmente na ilha de Faro, onde a mobilidade está servida de cais de acostagem e ponte rodoviária.

Nas outras ilhas barreira apenas dependentes da navegação, o assédio foi menor, com o surgimento de outras habitações mais ligado a raízes familiares e à fixação de novas gerações de profissionais da pesca e mariscadores. 

Toda esta ocupação foi feita debaixo dos olhos das autoridades ou a com a sua conivência e rendimentos, e só mais tarde condicionada pelos planos de ordenamento da costa algarvia...

Nos últimos anos, com a visibilidade dos recursos naturais da Ria Formosa e a saturação do Barlavento algarvio, os ventos do poder em Lisboa (PS, PSD e CDS), encetaram uma linguagem de suposta mudança, de necessidade de requalificar e renaturalizar esta área lagunar, ao mesmo tempo que foram impondo regras apertadas e injustas sobre os milhares de profissionais que ali vivem, privilegiando as utilizações e apoios para uso balnear - casos da Deserta e da Fuzeta -, pondo anos a fio na gaveta renovadas promessas eleitorais de regeneração dos fundos com as dragagens vitais para a reprodução da riqueza, tal como a construção dos equipamentos para travar as descargas poluentes nos concelhos de Faro e Olhão. 

No fundo, a estratégia governamental da renaturalização entregue a uma corporação de empregos no Programa Polis em conjunto com as Câmaras, ataca mais sobre a areia e deixa as águas ao abandono, deixando transparecer que se trata de razões políticas e interesses ainda não esclarecidos que regem a presença de um ministro para lançar a primeira pedra abaixo em barracos irrelevantes numa margem do canal da cidade para a praia de Faro.

A investida das demolições, antecedida de justificações que foram caindo, refugia-se tenuamente nas condições de segurança de bens e pessoas, tombado o argumento do domínio marítimo violado em vários locais da linha de água (Fuzeta, Cabanas de Tavira e na Praia de Faro). 

E falar de insegurança sobre casas em zonas de uma maneira geral seguras em contraste com os «arranha-céus» autorizados e desprotegidos, afirma-se uma falácia que realça a injustiça denunciada firmemente pelos moradores e pescadores, que inclusive pediram explicações ao executivo camarário, ouvindo evasivas, enquanto preparava com o Governo um simulacro policial intimidatório, demonstrando que tem um plano que pode recorrer à violência sobre quaisquer atos de resistência.

Luís Alexandre
*Cidadão
11 de Dezembro de 2014 | 20:51
Luís Alexandre*

À falta de outros argumentos, os decisores politicos, sejam eles do PS ou do PSD/CDS, num assomo da prepotencia, da arrogancia e do quero, posso e mando que caracterizam a forma como têm governado ou, melhor dizendo, destruído o País, não t~em o menor pejo em jogar mão do aparelho repressivo, passando por cima da lei, numa clara demonstração de força na tentativa de intimidar os moradores das ilhas barreira e torná-los obedientes mesmo que estejam a ser espoliados de direitos fundamentais como o Direito à Habitação.
E se bem o pensaram, melhor o executaram como nos dá conta o João Martins nos post surripiado da sua pagina no facebook.



                              As forças da repressão

Atenção vem aí tempestade.
Diz o velho ditado que depois do vendaval vem a bonança.
Pois bem meus amigos,o vendaval já chegou e muito forte,mas não há sinais de bonança.
Vem isto a propósito das demoliçoes que ontem tiveram inicio na praia de Faro.Aquilo mais parecia o desembarque das tropas em Dunquerque,com um forte aparato de forças de segurança e uma embarcação de grande porte daquelas tipo da gueera com a popa móvel para o desembarque das tropas.
Começou o dividir para reinar e como bom Portuga,enquanto acontecer aos outros tou-me borrifando.
Mas não pode ser assim e as Direçoes das Associaçoes tanto da Culatra,Farol e Hangares,já deviam ter tomado uma posição forte.Temos que nos insurgir ruidosamente contra estas demoliçoes, porque estamos num Estado de Direito e o Governo tem o direito e o dever de cumprir com a Constituição da Républica Portuguesa.
Não pode haver dois pesos e duas medidas,perante a lei somos todos iguas e temos o direito de usufruir dos mesmos direitos e garantias.
Vamos para a rua,vamos manifestarmo-nos junto ás camaras Municipais,vamos ao Parque da Ria Formosa,vamos demonstar aos Srs. da Pólis que somos Portugueses de segunda é certo mas queremos os mesmos direitos,vamos aos tribunais,se for preciso ao tribunal Europeu dos Direitos do Homem.Hoje acordei assim muito mal disposto por fazer parte deste País .... de MERDA.
Como diz o outro REVOLTEM-SE PORRA,NÃO NOS DEIXEMOS CAGAR EM CIMA

Revoltem-se, Porra!

1 comentário:

  1. Quem luta está sujeito a morrer, quem não luta já está morto.
    Gente morta, aquela que se submete de forma voluntária à vontade da MAFIA.

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