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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

OLHÃO: CONTINUA A SAGA DA PASSAGEM DE NIVEL

Cumpridos dois terços do mês e aproximando-se o final do prazo para apresentação de propostas para o túnel-fronteira que divido a cidade de Olhão, veio a Lusa fazer uma reportagem sobre o assunto, da qual resulta claro que as pessoas querem uma solução, mas uma solução que melhor sirva os seus interesses.
A proposta encarada como virtual vencedora, a fazer fé nas declarações prestadas pelo presidente da Junta de Freguesia, vide em http://www.regiao-sul.pt/noticia.php?refnoticia=150708 vai no sentido daquilo que a REFER havia apresentado há quatro anos com ligeiras alterações como o alargamento dos passeios e a redução da inclinação.
Do ponto de vista dos custos, é sem sombra de duvida, a opção mais económica, mas não é a melhor solução uma vez que em época de chuva, o túnel manterá na mesma as dificuldades da travessia com prováveis banhos a quem o fizer.
Por outro lado, e a ser esta opção a vencedora, mal se compreenderá o tempo e as discussões que pelo meio surgiram a não ser pela necessidade de permanente campanha eleitoralista em que o partido socialista é especialista.
Empurrar os problemas para a frente com a barriga mas sem procurar resolver o quer que seja.
Há quatorze meses atrás, no Auditório Municipal, que estava repleto e perante as cameras de televisão. António Pina anunciou ter já 500.000 euros para resolver o problema dos esgotos directos e até hoje nada fez, alegando agora não ter dinheiro. Então o que fez ao dinheiro que disse ter? Gastou-o em quê? Talvez a dar subsídios duvidosos mas para resolver o problema é que não foi.
Para uma solução mais eficaz e que melhor serviria os interesses da população como a abertura de um túnel paralelo, de muito menor dimensão, mas sem o inconveniente das cheias e da inclinação, não há dinheiro.
Quer o presidente da Câmara fazer reflectir todos os custos à REFER sem ter de gastar um cêntimo da autarquia, numa solução que não será a mais desejável, a mais eficaz.
Só que amanhã, em sessão de câmara vão ser aprovados, a primeira tranche de contratos programa, uma forma de subsidiar algumas colectividades subsidio-dependentes, no montante de 194.000 euros. No final do processo de subsidiarização vamos ver a quanto monta a brincadeira para um município que depois vem dizer que não tem dinheiro para resolver problemas essenciais e necessários para a população de Olhão.
Deixem-se de tretas e façam algo de positivo pela cidade.

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