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sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

OLHÃO: GOVERNO E CÂMARA EMPOBRECEM O POVO!


A classificação das zonas de produção de bivalves está condicionada à presença de valores de e-coli. Assim para as chamadas zonas A os níveis de e-coli terão de ser iguais ou inferiores a 230 por 100 mg de carne dos bivalves; para classe B para valores entre os 230 e 4600 e a classe C, entre os 4600 e os 46000.
Pelo despacho nº 15264/2013 do presidente do IPMA, a entidade encarregada de proceder à classificação das zonas de produção, as zonas de produção na área de influencia da capitania de Olhão foram classificadas em classe C o Alto da Farroba- Regueira da Agua Quente (OLH1), Fortaleza- Areais (OLH3) e Ilhote Negro- Garganta (OLH4) enquanto a Barrinha - Marim (OLH2) e Lameirão -Culatra (OLH5) foram classificados como sendo zona B.
Entretanto, um novo despacho, o nº 3244/2014 vem alterar a cartografia das zonas mas sem alterar a classificação, propondo as zonas constantes da imagem de baixo.
Verificadas as analises efectuadas ao longo dos onze meses, as únicas que estão disponíveis porque o IPMA tem mais que fazer do que publicar os resultados a tempo e horas, elaborámos a tabela constante na imagem de cima.
Da tabela apresentada constata-se que apenas uma, a que está marcada a verde, se insere dentro dos valores para atribuição de classe C, mal se percebendo as razões e a injustiça da desclassificação das zonas de produção de bivalves.
No entanto e porque entendemos que nestas coisas não há inocência, procurámos ir mais longe na apreciação da situação para podermos fazer uma ideia do que se prepara com esta canalhice do governo e que conta com a cumplicidade da Câmara Municipal de Olhão e muito particularmente do seu presidente.
É que de acordo com o novo zonamento Olhão 1e parte de Olhão 2 fica situado em Zona de Protecção Total, segundo o POOC e Zona de Interdição da Presença Humana, segundo o Plano de Ordenamento do Parque da Ria Formosa, razões mais que suficientes para que a Administração da Região Hidrográfica, depois de pôr termo às concessões em Junho próximo, não abrir concessões naquelas zonas.
De igual modo, mantendo a classificação de C nas zonas Olhão 3 e 4, é muito provável que a ARH não abra mão de novas concessões naquelas zonas.
Da conjugação desses factores, as zonas de produção de bivalves, ficarão reduzidas a metade daquilo que existe no momento, agravando substancialmente a crise social que o concelho já atravessa, mas também de conseqencias económicas desastrosas.
Torna-se cada vez mais evidente que o objectivo final é correr com os produtores de bivalves, mariscadores e pescadores desta parte da Ria Formosa para introduzir o sector turístico, havendo já um projecto para a Ilha das Ratas, mesmo sem estarem demolidas as casas e menos ainda assegurado o realojamento dos moradores.
Aquilo que os políticos do PS e PSD reservam para aqueles que sempre trabalharam e viveram da Ria, é a fome e miséria, sem lhes ser proporcionada qualquer alternativa de vivência.
Perante isto que faz o palhaço em presidente da Câmara, o tal que disse ter já, e isto há um ano atrás, 500.000 euros para resolver o problema dos esgotos directos? Nada!
E os representantes da classe que esperam de forma passiva que lhes sejam roubados o produto de tantos anos de trabalho? Traem a classe que juraram defender para estarem nas boas graças destes políticos de merda.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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