Devido às suas condições, o Povo da Culatra está obrigado a uma luta permanente pela sobrevivencia seja no mar ou em terra, e cuja única culpa é o facto de terem nascido filhos de pescadores.
Quando temos um repolho algarvio na Presidência da Republica que fala muito no mar mas pouco na pesca; quando temos um ministério do mar que não da pesca; quando temos um secretario do mar que não da pesca; quando se fazem estudos e mais estudos para o desenvolvimento de uma economia azul assente na exploração do solo e sub-solo marinho, na perspectiva de novos negócios e em que o mar deixa de ser encarado como fonte de alimento, é normal que os pescadores vejam com apreensão o seu futuro.
No caso dos pescadores da Culatra, confrontados com a redução do seu mar de pesca graças às aquaculturas off-shore, com o fim anunciado das concessões para a produção de bivalves e obrigados a comprar aquilo que sempre esteve na posse das famílias e como se isso não bastasse, vêem agora o camartelo querer tomar conta das suas casas, numa atitude que nem o regime deposto teve a coragem de o fazer, é natural que este Povo, temperado na luta permanente se indigne, revolte e resista contra quem os quer lançar na mais profunda miséria.
As imagens acima reproduzem a intervenção da presidente da Associação de Moradores da Culatra na manifestação realizada no passado sábado no Auditório Municipal de Olhão e merece ser lido, porque, apesar da brandura do discurso, ele reflecte o estado de espírito dos culatrenses e faz adivinhar uma grande luta para breve, sendo a manifestação o primeiro acto de um conjunto de acções a desencadear se o Poder politico não alterar a sua postura.
Os partidos políticos devem entender bem a mensagem que ali está contida porque este é um ano de eleições e já não bastam as promessas de mais e melhor e depois ficar tudo na mesma. Os partidos do arco da governação sabem bem o que têm feito na Ria Formosa através das diversas entidades publicas que enxameiam com os seus militantes. Barras assoreadas com mortes à mistura, canais secundários assoreados e a necessitarem de dragagens, fraca renovação de águas que conjuntamente com a poluição mata os bivalves e as plantas de fundo, a seba, que servia de agasalho ao peixe na época da desova, a ausência de uma politica de defesa e combate à erosão costeira. Na troca, as demolições das casas é a resposta dos mesmos partidos que, em vésperas de eleições, prometem um mundo maravilhoso. Estes partidos devem ser confrontados e saber das suas reais intenções.
A Culatra quer ser Freguesia e tal como é ex'plicado no texto tem todo o direito a reivindicá-lo!
Tal como o resto do Povo português que aspira a uma mudança politica que não apenas veja os números mas que olhe definitivamente para as pessoas, condenadas por uma casta politica, à fome e miséria.
Desta vez não apelaremos ao boicote às eleições mas numa votação maciça a quem não teve responsabilidades nos crimes cometidos contra o Povo da Ria Formosa.
Quando a escumalha politica aparecer na Culatra com promessas sem que antes, já, assumam o compromisso de suspender o POOC, a POLIS e as demolições, os pescadores devem jogá-los ao mar.
LUTEM, SEM LUTA NÃO HÁ VITORIA!
REVOLTEM-SE, PORRA!
Tomara que este Povo Portugues tivessem o brio, coragem, solidariedade e a indignação que este povo desta minha ilha tem, certamente que a raia politica não faria o que faz.
ResponderEliminarA Culatra nunca vergou nem jamais irá vergar ás ofensivas do poder politico o camartelo nunca entrará nesta Ilha só por cima de muitos cadaveres.
Viver na miseria não é viver. Todos os portugueses devem ser tratados com respeito e dignidade e não só a classe politica. Estes politiqueiros que vivem como parasitas sugando o esforço e o suor de quem trabalha e esbanja o que não é deles e que nada contribuem salvo rarrisimas excepções, deviam era viver da forma como meus pais e meus avós viveram. Assim talvez soubessem o quanto custa a vida e o quanto é dificil viver pensando que a sua casa o seu viveiro que foram construidos/ arranjados com muito suor e muito esforço e num amanhã um politico de merda diz que tudo é para ser retirado a quem muito deu a este País. Por isso afirmo ou resolvem o problema da Culatra ou muito sangue correrá. TODOS UNIDOS IREMOS VENCER.
Pena que quem está à frente da Culatra não veja os esgotos a desaguar para as aguas da ria e as ETARs assasinas a envenenar as aguas onde se produz as amêiojoas e as ostras.
ResponderEliminartivessem a população da Culatra a mesma postura que tem agora na defesa das casas, e a CMOlhão a CMFaro e as Aguas do Algarve teriam de indemenizar os viveiristas que vem as amêiojoass morrer as ostras morrer devido à poluição das aguas e teriam de indemenizar os donos dos viveiros que passaram da classe B para a Classe C.
Ao comentário anónimo as ameijoas e as ostras são também o sustento da Ilha e esta luta não é só as casas é a protecção da ria num todo para si e para todos. Temos lutado nesse sentido por favor leia a intervenção da Presidente que também foi enviada para as Entidades. Espero é que num futuro muito próximo todos os representantes das actividades ligadas á ria e ao trabalho do mar se sentem á mesma mesa e deem um sinal claro de União a quem nos dirige. MUITA FORÇA E DEFENDAM A RIA PARA BEM DE TODOS.
ResponderEliminarPor onde tem andado a senhora Padinha que só agora se manifesta publicamente sobre o derrube das casas.
ResponderEliminarQuando foi medalhada pela Câmara Municipal de Faro como representante da Culatra devia na altura começar a chamada de atenção sobre este assunto ,agora é tarde.
Para as próximas eleições, não se esqueçam, todos às urnas. Votação maciça naqueles partidos que nada tiveram com a tirania que se passa em Portugal. Eles são responsáveis pela fome e pela miséria do nosso país.
ResponderEliminarQuando da campanha eleitoral água com eles.
Ao comentador das 21:38
ResponderEliminarNão tenho qualquer procuração da senhora Padinha para a defender, nem sou advogado. Ela melhor que ninguem saberá responder ao seu comentario.
No entanto entendo ser meu dever alguns reparos ao seu comentario.
O facto da senhora ter sido medalhada não significa que se tenha mudado para o lado daqueles que oprime e exploram o Povo da Culatra. Se alguem merecia uma medalha, seria ela sem sombra de duvidas. Mais e melhor que o reconhecimento das entidades publicas é o apoio e reconhecimento do seu Povo, os culatrenses. Quer melhor medalha que essa?
E se é verdade que, aparentemente, tem estado ausente, é porque o comentador desconhece a actividade da associação por ela presidida, como a participação na discussão publica da Avaliação de Impacto Ambiental, onde aborda alguns aspectos tratados na sua recente intervenção.
Por vezes, o não tomar uma posição publica, não significa que não se faça trabalho junto das diversas entidades no sentido de evitar o descalabro que representam as demolições, como se pode deduzir da sua intervenção e que apontam para a criação da Freguesia da Culatra. Isso é um trabalho de bastidores, que não se vê.
Depois ainda temos a estrategia delineada e que melhor pode defender os interesses dos culatrenses, e nesse aspecto, todos reconhecerão o merito do seu trabalho, da sua acção.
Obviamente que todos os culatrenses, incluindo a Silvia Padinha, foram
apanhados desprevenidos quando souberam da dimensão do problema, muito alem do que se esperava, e aí pesou tambem, e muito, até onde se poderia ou deveria defender tambem as casas dos espanhois, que em Portugal, é primeira habitação e que como tal deveriam ser poupadas. Gerir problemas desta natureza não é facil e requer muita prudencia.
Vir neste momento levantar problemas em torno da actuação da Silvia Padinha é uma manobra de divisão completamente descabida.
Se publiquei o seu comentario, tal deve-se ao facto de pura e simplesmente respeitarmos a opinião de cada um, mas acredite que o seu comentario não contribui em nada para a solução, pelo contrario, não desune porque o Povo da Culatra é uno e responde a uma só voz, a da Silvia Padinha.
À gente culatrense um grande abraço de solidariedade; Um grande grande exemplo de união na defesa do que é justo - o direito de gerações de famílias à terra natal . Bem hajam.
ResponderEliminarFalar mal da única associação que se justiçou ao longo do tempo dentro da Ria formaosa é má língua pura e desonesta.Se é para queimar associações invisíveis na defesa da Ria é escolher antes de chegar á Culatra.
ResponderEliminarPede-se alguma elevação ou parece mesmo que vêm correr os selvagens da ria (raça em extinção...).
Selvajaria é o que os multipoderes estão a montar dentro da Ria.
Na se mexam não que esta malta é traiçoeira...
OS DE CÀ.
A isto se chama democracia a sílvia é uma grande lutadora o presidente da câmara eleito pelo povo é um palhaço.
ResponderEliminarfarolense.
Á certas linguagem que não devem ser aceites neste blogue . No fim de contas não devemos ser como o primeiro ministro que utiliza por vezes palavras que ofende os portugueses.
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