Temos vindo a dizer e mantemos tudo a respeito do que é a direcção do IPMA e da habilidade dos políticos, particularmente daqueles que exercem o poder ou têm capacidade de influenciar.
No seguimento da visita guiada aos deputados do PSD para verem a realidade dos esgotos directos e sem tratamento da zona de Olhão, o chefe da comitiva, Cristóvão Norte transmitiu ao Sul Informação que já estava pronto o despacho com a nova classificação das zonas de produção. Mas isto foi há dois meses atrás e só agora deu à luz, num parto provocado pelo aproximar das eleições.
Não querendo pôr em causa o direito ao trabalho de quem vive da Ria Formosa, a situação agora criada merece-nos alguns comentários menos abonatórios para a classe politica e seus muchachos como o presidente do IPMA.
Das varias zonas de produção de bivalves na área da capitania de Olhão somente Olhão 1 passou a classe C, tendo as demais sido reclassificadas em B. Mas porque a desclassificação da zona Olhão 1 tem contornos muito escuros, questionamos o critério seguido para esta desclassificação. Na verdade, em Outubro e Novembro de 2014 aquela zona apresentou altos valores de e-coli, mas que apesar disso achamos manifestamente insuficiente até porque houve outras duas zonas que apresentaram valores mais elevados e foram reclassificadas, passando a B.
O facto de estes episódios terem ocorrido naqueles meses vem por outro lado desmentir a teoria que associa a presença de coliformes fecais, às escorrências superficiais da agricultura provocadas pelas primeiras chuvas. Nada mais falso! O que está em causa, mas isso as entidades publicas não querem reconhecer, é que a estação elevatória de Bias volta e meia entra em colapso a que se juntam as descargas de fossas com alguma dimensão.
Paralelamente consultámos o histórico de interdições de apanha de bivalves na Ria Formosa e curiosamente duraram só em media cinco meses durante o ano de 2014. Obviamente que as entidades com responsabilidades na fiscalização, fecharam os olhos, permitindo trabalhar, porque sabem bem e melhor do que nós a origem tanto dos coliformes como das biotoxinas.
A desclassificação da zona Olhão 1 está associada ao plano de praia do POOC e da Polis. Uma parte significativa dos viveiros de Olhão 1 situam-se em zona classificada pelo POOC como de protecção total, ou seja onde é interdita a presença humana, classificação essa contraditoria na medida em que meia dúzia de pessoas, com movimentos lentos e curvadas sobre a terra causavam o stress das aves mas, os veraneantes, que até podem ser milhares não tinham qualquer impacto.
A meses de um acto eleitoral, criar mais problemas com o POOC seria contraprucedente, mas através da desclassificação da zona de produção conseguem acabar com a presença das pessoas nos viveiros, dando mais um passo na obsessão pela expulsão de quem vive e trabalha na Ria.
Por isso apelamos à subscrição da Petição Salvem a Ria Formosa em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=PT76743 ou na edição em papel.
REVOLTEM-SE, PORRA!
Então para quando retirar os viveiros ilegais da fortaleza do Pina do Carlos Grande e outros.Esses sim estão a prejudicar que vai mariscar para a Fortaleza
ResponderEliminarpois dois meses antes do dito concurso publico dos viveiros melhoram a classificacao será que isto nao é para terem um argumento para pedirem dinheiro ao povo? pois um viveiro de classe C dcerto vale menos que um de classe B , acerca desse concurso é que está tudo no segredo dos deuses...
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