Assistindo à sessão que a Plataforma Algarve Livre de Petróleo levou a feito ontem, fomos confrontados com um conjunto de situações que merecem uma profunda reflexão sobre a exploração de gaz natural na nossa costa.
A primeira preocupação vai precisamente para a opacidade da informação e mentira que levanta suspeitas de cozinhados politico económicos susceptíveis de merecerem uma investigação pela Procuradoria Geral da Republica.
Esteve presente o deputado laranja, Cristóvão Norte, que diz ter questionado o secretario de estado da energia sobre a exploração de petróleo na costa algarvia, ao que este lhe terá respondido que seria de gaz natural e muito provavelmente até nem se faria por falta de rentabilidade.E neste ponto, alguém está a mentir, porque contraria as declarações do presidente da Repsol como se pode ver em http://www.sulinformacao.pt/2014/07/presidente-da-repsol-anuncia-inicio-da-prospecao-de-gas-no-algarve-no-proximo-ano/.
A verdade é de que a exploração vai começar já no final do verão!
Após demoradas negociações que atravessaram alguns governos, PS e PSD, foi assinado um contrato de concessão que na clausula 18ª garante a confidencialidade, o secretismo das relações entre as partes, governo e consorcio explorador Repsol/Partex.
Pensarão muitos dos que acompanham que o País vai enriquecer mas acontece precisamente o contrario, porque não foram salvaguardados o interesse publico, o interesse nacional, regional e local, mas talvez tenha sido salvaguardado os interesses de alguém, para quem se prepara um futuro risonho.
As perspectivas de desenvolvimento económico e social são nulas e em termos ambientais, um autentico desastre.
Na criação de postos de trabalho, não se prevê mais que algumas dezenas, poucas se comparadas com os postos de trabalho que se perdem. O trabalho nas plataformas requer pessoal especializado pelo que a maioria virá de fora.
Ainda não se sabe se o gaz será canalizado para Sines ou para a Andaluzia, sem qualquer controlo ou fiscalização.
Subsídios, isenções ou benefícios fiscais para o consorcio explorador numa altura em que somos roubados nos ordenados, reformas ou outras prestações sociais.
O Algarve é uma zona de elevada sismicidade que vai ser agravada com os rebentamentos para perfuração. A possibilidade de poluição da nossa é muita. Vivendo nós, numa zona de grande potencial turisitico, os riscos associados deveriam estar devidamente acautelados, mas não!
Segundo o contrato de concessão, a responsabilidade é nula para o Estado e para o consorcio explorador, deixando as populações ribeirinhas completamente desprotegidas em caso de catástrofe.
O deputado Cristóvão Norte enalteceu a aprovação da Lei de Bases do Ordenamento Marítimo, como se tal trouxesse algo de bom para o Povo em geral, quando na realidade, aquela Lei visa a privatização dos mares através de concessões do tipo daquela com que agora somos confrontados. Diga-se que esta Lei foi aprovada com a cumplicidade do PS.
Por outro lado, a PALP convidou as Câmaras Municipais da região a pronunciarem-se sobre o assunto, convite declinado por todas com a excepção da de Silves, a única que foge ao controlo politico mafioso do PS e PSD.
E porque este é um assunto demasiado importante para a região prometemos acompanhar e a divulgar informações mais detalhadas, até porque estamos a assistir ao saque dos nossos recursos naturais e a dá-los de mão beijada aos espanhois, sem quaisquer beneficios para o Povo português.
NÃO À EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NO ALGARVE!
REVOLTEM-SE, PORRA!
será que não há camaleões no sitios da plataformas?é que se houver o Pina vai de certeza meter uma providência cautelar.hã esqueciam-me a casinha dele não é no oceano por isso é que não respondeu à chamada.
ResponderEliminarCamaleões há muitos.