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sexta-feira, 5 de junho de 2015

OLHÃO: PINA CONTRA RENATURALIZAÇÃO DO PARQUE RIBEIRINHO

A Sociedade Polis mandou uma nota para a imprensa, onde dá conta de mais uma acção de renaturalização na Ria Formosa, desta vez o chamado Parque Ribeirinho de Olhão, e que mereceu por parte de António Pina uma manifestação de desagrado.
Se António Pina tem alguma razão no seu desagrado pela obra, também não é menos verdade que a Polis está no seu direito e com alguma razão.
O plano inicial, quando as comadres estavam de boas relações, era a requalificação da Horta da Câmara, fazendo-a desaparecer e em seu lugar criar uma zona de lazer, que embora ao serviço da população, visava sobretudo a valorização do empreendimento Marina Village.Ora não é essa a obra que a Polis resolve agora fazer, a qual não estava inicialmente programada.
Mas também não é por acaso que a Sociedade Polis é presidida por inerência do cargo, pelo presidente da Administração da Região Hidrográfica do Algarve, a entidade que tem a jurisdição do Domínio Publico Marítimo.
As antigas salinas, que agora vão ser objecto de renaturalização, fazem parte do DPM e por isso a ARH pode tomar a decisão que tiver como melhor solução, devendo no entanto, pedir o parecer prévio da Comissão do DPM.
É verdade que a zona está transformada numa autentica lixeira e que merecia uma boa limpeza, mas também não podia ser como Pina pretendia. Em meados de 2010, os serviços da Câmara Municipal de Olhão tentaram proceder ao aterro da zona e só não o consumaram porque entretanto funcionários qualificados e designados pela CCDR, impediram que se concretizasse, porque integrava área da Reserva Ecológica e do Parque Natural da Ria Formosa, tal como se pode ver em http://olhaolivre.blogspot.pt/2010/10/ria-formosa-aterrada-por-presidente-da.html
Obviamente que as duas entidades se deviam entender e gastar o dinheiro saqueado ao Povo, sob a forma de impostos, de forma mais útil e consensual, mas por ironia do destino, estão de costas voltadas, e agora ainda pior depois da afronta que o Pina fez à Polis.
Certo é que de uma forma ou de outra, por vontade da Câmara ou da Polis, as populações nunca são chamadas a pronunciar-se sobre algo que lhes diz directamente respeito, como se os olhanenses fossem um bando de mentecaptos.


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