Em comunicado enviado à Agência Lusa, e na sequência da visita que efectuou ontem a Espinho, o Ministro das Demolições, Jorge Moreira da Silva, dá conta da sua intenção de levar por diante o processo de demolições na Ria Formosa, como se pode ler em http://www.jn.pt/PaginaInicial/Justica/Interior.aspx?content_id=4622774&page=-1
Utilizando o jogo das palavras para iludir as pessoas, vem dizendo que vai contestar a decisão do Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé para que "não fique para outros o que tem de ser feito já". Ora a miniatura ministerial sabe que estamos muito perto das ferias judiciais e que mesmo que apresente a contestação antes delas, não serão apreciadas e resolvidas antes das eleições, pelo que está efectivamente a passar a batata quente para quem vier ocupar o seu lugar, num futuro próximo, e desejável.
Para contestar a decisão do Tribunal. a miniatura, mandou elaborar um novo estudo sobre o impacto das intervenções na biodiversidade das ilhas barreira. Nós sabemos por experiência própria, e são tantos os exemplos por esse País fora, do valor, do rigor cientifico ou da falta dele nos estudos encomendados, sem pôr em causa a competência de quem os elabora. A questão, é que quando se encomenda um estudo, define-se logo quais os objectivos a alcançar, que neste caso, é o mesmo que encontrar uma justificação para as demolições. Não fosse assim, a biodiversidade existente nas ilhas barreira já deveria estar mais que estudada pelo Parque Natural da Ria Formosa, uma instituição que só existe para alimentar o ego de alguns jihadistas do ambiente. Melhor fora, que o ministro se preocupasse com o estado de abandono em que se encontra o Parque e resolvesse gastar algum pilim na sua recuperação em lugar de andar a destruir.
A titulo de exemplo, direi que a única monitorização feita às águas da Ria Formosa, um estudo cientifico muito bem elaborado mas que no capitulo das conclusões diz qualquer coisa como " A Ria Formosa não está bem mas se comparada com outras rias não está mal!" E assim se justificou a poluição na Ria Formosa. Por outro lado temos o folhetim da Barra da Fuzeta em que o mar abriu uma nova barra em Março de 2010 e a nossa querida Polis "encomendou" um estudo ao LNEC para justificar a deslocalização da barra. Ora nós temos uma tese de mestrado, portanto um estudo com fins exclusivamente científicos, fundamentado no rigor que de alguma forma contraria o crime ambiental praticado na Fuzeta, como se pode ver em https://estudogeral.sib.uc.pt/handle/10316/21120 .
Não venha o a miniatura ministerial justificar-se com encomendas e diga a verdade das razões que de facto determinam as demolições, porque já vimos que este os membros deste governo são capazes de vender o pai e a mãe em defesa de interesses económicos e financeiros, de preferência estrangeiros. O processo de demolições na Ria Formosa integra a lista de recursos naturais a vender a preços de saldo.
No entanto temos o dever de alertar as pessoas para as alterações no modo de vida que nos querem impor. É que as pessoas só reagem quando o mal lhes bate à porta porque enquanto tocar ao vizinho, está-se bem. Vem isto a propósito da defesa da Ria Formosa como um todo, cordão dunar, barras, canais, o sapal, a POLUIÇÃO ou a EXTRACÇÃO DE GAZ DE XISTO na costa. Tudo afecta a Ria Formosa e o modo de vida das suas populações pelo que mais do que nunca, o momento é de unir todas as forças susceptíveis de serem unidas em defesa da nossa Ria Formosa. Aqueles que pensarem que defendendo apenas uma parte dos problemas, estão a salvo desenganem-se!
POR UMA RIA VERDADEIRAMENTE FORMOSA!
Já repararam na quantidade de cinismo que paira na fotografia? A se deixem enganar por eles, não acreditem numa só palavra.Lutem até ao fim! A união faz a força!
ResponderEliminar