Tendo sido autorizado o acesso ao processo de construção da nova ETAR Faro-Olhão, e nem outra coisa podia ser porque decorre da Lei, fizemos questão de ir verificar da tramitação do processo, constatando que a audição publica prevista pela Lei da Participação Procedimental, não fora publicitada. Aliás nem ouve, porque os mandantes da Águas do Algarve, sem esquecer o nosso "amigo" Pina, entendem que as leis são feitas para o cidadão cumprir e que eles estão acima delas.
A audição publica prevista na Lei é precisamente para que as pessoas interessadas se possam pronunciar quanto à sua oportunidade e localização, na defesa dos seus interesses, mas as entidades publicas ignoram-nas, jogando com o desconhecimento das pessoas, porque sabem que a participação das pessoas num processo desta natureza pode trazer, e vai trazer disso podem ter a certeza, complicações ao processo.
As entidades publicas e o Povo em geral têm que ter a noção de que as descargas das ETAR, seja na Ria ou na costa, é um processo de transferencia de uma certa forma de poluição, que poder ser utilizada com vantagens. Não podemos continuar a pensar o meio marinho como uma fonte inesgotável e com capacidade de regeneração se não for interrompido este ciclo.
A ARH elaborou um documento, decorria o ano de 2010, em que aponta para as vantagens da reutilização das águas residuais para fins agrícolas, mas contrapondo desde logo, os elevados custos do tratamento, que nós enquanto consumidores pagamos ao abrir a torneira, e a distancia às zonas de produção agrícola. Perante a possibilidade da construção de uma nova ETAR, e perante a argumentação da ARH, não seja a mesma construída junto das zonas de produção agrícola.
Também é natural que os agricultores, desconhecedores das vantagens da reutilização destas águas ricas em nutrientes, oponham alguma resistência. Cabe aos técnicos da Direcção Regional de Agricultura saírem do remanso dos ares condicionados e irem para o terreno, explicar das vantagens no processo.
Não podem, as entidades publicas, querer que os agricultores paguem os tratamentos da agua quando são eles, que nesse caso a estão a reciclar.
Devemos também, acrescentar que a poluição das águas residuais, ditas tratadas, contêm também contaminantes como metais pesados e microbiologicos.
Se os nutrientes podem ser reutilizados com vantagens, e a contaminação microbiologica é eliminada pela radiação solar e evapo-transpiração das plantas, a contaminação por metais pesados poder ainda mais reduzida por acção da casca de banana reduzida a pó, para alem de que o uso de novas tecnologias industriais já as reduz bastante.
Por todas estas razões, a Águas do Algarve, não tinha qualquer interesse na participação das pessoas numa audição publica, porque poderiam ser confrontados com a necessidade de transferir a nova ETAR para local mais apropriado.
E como não podia deixar de ser, vamos agora fazer aquilo que competiria às associações do sector, isto é pedir a impugnação de todos os actos administrativos praticados e que deveriam ser posteriores à audição publica. Pode ser que surja por aí mais alguém a querer juntar-se nesta luta!
Nós não nos calaremos contra as máfias politicas!
REVOLTEM-SE, PORRA!
Porque tem caído no esquecimento, uma palavra de agradecimento aos funcionarios da ARH, do Parque e da Aguas do Algarve, que têm tido uma atitude de grande correcção e simpatia, contrastando com a das chefias.
ACABARAM-SE OS PROBLEMAS DA MALTA DE OLHÃO E DE FARO.
ResponderEliminarACABAM-SE OS DERRUBES NAS ILHAS ACABAM-SE OS ESGOTOS NA RIA GRÇAS AO PRIMEIRO CANDIDATO FUNCIONARIO DO GOVERNO QUE ASSINA POR JOSÉ APOLINARIO NUNES PORTADA.