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quarta-feira, 22 de julho de 2015

OLHÃO: GOVERNO E UE CONDENAM-NOS À MISÉRIA E FOME!

Tal como afirmávamos ontem, não é na costa portuguesa que existem problemas com a sardinha, daí que não vejamos razões para condenar os pescadores portugueses à miséria e fome, como o decidiram as instituições internacionais com o apoio do governo de traição nacional.
Uma das investigadoras do IPMA que elaborou o Relatório, do qual publicámos o respectivo link, em entrevista concedida à TSF, vem confirmar não só aquilo que dissemos como ainda avança que em 2015 a situação se mantém ou melhorou mesmo para a costa portuguesa, como se pode ler em http://www.tsf.pt/PaginaInicial/Portugal/Interior.aspx?content_id=4692896.
É do lado espanhol que se apresentam os problemas, mas todos nós sabemos que nuestros hermanos são autênticos predadores dos mares, não respeitando as normas quanto à calibragem do peixe. A sardinha não pode ser apanhada com menos de onze centímetros, norma comunitária e cumprida pela parte portuguesa, mas todos nós sabemos que a sardinha pequena, a petinga, bem como o carapau pequeno, o charrinho pipi, e todas as outras espécies juvenis, são objecto da captura e predação da frota espanhola. É mais que óbvio que ao exterminarem as espécies juvenis, depois não tenham adultos.
Toda a via tem sido assim, pelo menos na pesca, os espanhóis destroem tudo à sua passagem, e se destruíram os mares deles preparam-se para destruir os nossos de não houver uma forte oposição por parte dos pescadores portugueses, porque da parte do governo o que podemos esperar, é mais do mesmo: submissão e venda aos interesses estrangeiros.
Certo é que o nível de abundância de sardinha na costa algarvia até aumentou em cerca de trinta por cento, mas a UE decidiu, fazendo o frete aos interesses espanhóis, que a cota de sardinha para Portugal baixasse para as cerca de 1600 toneladas, o que duraria para cerca de três dias de pesca.
Ao determinar a cota indicada para 2016, a UE faz com que a frota portuguesa naquele ano perca toda a sua rentabilidade e fique atada ao cais, para depois ser vendida, precisamente aos espanhóis e a outros predadores com mais peso institucional que os armadores portugueses.
Depois de terem dado dinheiro para se deixar de produzir na agricultura e para o abate da frota de pesca, seguem-se novas medidas para destruir o pouco que ainda resta do sector produtivo. Tal não acontece por acaso, reflectindo a vontade de tornar a divida soberana ainda menos pagável.
Com esta estratégia, acreditam os bandidos que gerem os destinos europeus, que vão conseguir fazer-nos o mesmo que fizeram com o Povo grego. A divida permite-lhes por um lado receber os juros da divida, uma renda habitual e pouco solidaria no actual contexto de crise, e por outro dá-lhes o argumento para imporem ao governo, com este completamente ajoelhado, todas as decisões por mais odiosas e ilegítimas que elas sejam.
Se exceptuarmos o alcatrão e o betão e perguntarmos onde estão as perspectivas de desenvolvimento social podemos ver que o nosso desenvolvimento foi nulo ou mesmo regredimos muitos anos. E não havendo desenvolvimento, para que queremos nós pertencer a uma UE, que apenas nos traz fome e miséria?
Na situação em que o País se encontra está na hora do Povo dizer
NÃO, AO EURO!
NÃO, AO PAGAMENTO DA DIVIDA, ILEGAL, ILEGÍTIMA E ODIOSA!
NÃO, À UE!
POR UM GOVERNO DEMOCRÁTICO E PATRIÓTICO!

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