O governo mandado embora, aproveitou a oportunidade de ser corrido para emitir a certidão de óbito da pesca da sardinha, ao anunciar que para o próximo ano, a quota de pesca se cifrará nas 9.000 toneladas. E como se isso não bastasse, retirava os apoios já a partir do final do mês sem que até ao momento tivesse pago aos pescadores os subsídios prometidos, pelo menos em Olhão e Quarteira.
A ministra de má memória, Cristas, num ajoelhar perante as recomendações do ICES, omitiu que a monitorização ao estado do stock da sardinha efectuada em Março deste ano, apontava para um crescimento de 34,2%, razão que levou a ANOPCERCO a propor, e muito justamente, que a quota fosse aumentada em 30%.
A recomendação do ICES parece ter sido fundamentada numa monitorização completamente manipulada no sentido de roubar aos pescadores de cerco português a possibilidade de governarem a vida n pesca da sardinha. Já aqui o dissemos e não nos cansaremos de repetir que o IPMA fretou uma traineira para proceder a uma monitorização sob a batuta de uma bióloga espanhola. Como é do conhecimento geral, a pesca da sardinha é feita de noite, mas a espanhola deu instruções para se fazerem ao mar com o raiar do dia e como se isso não bastasse, foi ela quem decidiu o rumo, apesar do mestre de pesca dizer que naquele mar não iriam encontrar nada. Perante a intransigência da espanhola, o mestre não teve outro remédio senão aceitar as ordens.
Por outro lado, os industriais conserveiros, encontraram uma forma de contornar o problema, importando sardinha de Marrocos, descabeçada e desviscerada, pronta a enlatar a preços competitivos, esquecendo que com a sua atitude, vão lançar no desemprego mais uns milhares de pescadores.
Assim se vão criando as condições para uma redução acentuada do período de pesca da sardinha, destinando-a essencialmente ao consumo domestico.
Os pescadores do Norte é que parecem não estar na disposição de aceitar as restrições impostas pelo governo despedido, como se pode ver em http://www.radioondaviva.pt/index.php/noticias/6308-chegaram-as-noticias-que-os-pescadores-nao-queriam-ouvir
Tudo isto é consequência da subjugação aos ditames de uma Europa, cada vez menos solidaria mas mais proteccionista das grandes potencias da pesca. A decisão agora tomada, conjugada com a criação do Mar Europeu, que é na prática o nosso mar, e que permite às frotas de pesca estrangeiras delapidarem os nossos recursos em detrimento dos nossos pescadores, merece o repudio de todos os portugueses e a exigência de uma mudança de políticas, que satisfaçam os interesses da população portuguesa que não a economia de países terceiros.
Os pescadores portugueses não devem acatar esta decisão, pelo contrario, devem continuar a pescar e vender o pescado mesmo à revelia das autoridades, e se necessário lutarem para correr como novo inquilino de S. Bento tal como foram corridos o Coelho e Portas.
REVOLTEM-SE, PORRA!
apolinario como secretario das pescas ai agora é que estamos bem ,
ResponderEliminarMinistra do Mar – Ana Paula Vitorino
Secretário de Estado das Pescas – José Apolinário
Não tenham problemas que o Zé Portada resolve tudo.
ResponderEliminarComo secretário de estado das pescas acabaram-se os problemas.
Viva agora temos o Apolinário tudo vai correr sobre rodas!!!!!!
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