Ainda a propósito do loteamento do Porto de Recreio e da alienação dos dois lotes prevista, que vai ser submetida a uma avaliação externa, habituados que estamos à falta de transparência de processos da Câmara Municipal de Olhão, temos razões de sobra para desconfiar da negociata que se prepara.
É que quando foi para alienar o primeiro lote, para o Real Marina Hotel, a Câmara aprovou e fez aprovar em Assembleia Municipal uma "hasta" publica da qual não existem os recortes dos jornais onde fora publicitada. Admitindo que tenha havido um edital anunciando a dita hasta, a verdade é que para alem dos autarcas mais ninguém dela teve conhecimento e a alienação foi executada pelo preço base de licitação de 100 euros o metro quadrado, quando à época, cada metro quadrado valia cerca de 1400 euros.
Aquilo que determina o valor do terreno, não é o tamanho, mas a capacidade construtiva e a sua localização. Ora a Câmara tem mais lotes para alienar e como tal deve estabelecer um preço por metro quadrado, que num futuro breve, lhe permita alienar os restantes lotes, sem deixar margem para duvidas.
Qualquer fogo edificado naquela zona nunca terá um valor inferior a 1500 euros por metro quadrado, para mais e nunca para menos, sendo pratica corrente que o terreno a edificar, valha entre os 20 e 30% da construção.
Se tivermos em conta que a capacidade construtiva dos dois lotes é de 17,200 metros quadrados, o valor do conjunto oscilaria entre cinco e quase oito milhões, e mesmo assim, tendo em conta a sua localização poderia ir além.
A proposta apresentada pelo Pina, presidente da Câmara, ficava-se pelos quatro milhões, um valor muito baixo. Não sabemos que critérios utilizaram os técnicos da autarquia para encontrar aquele valor, mas sabemos que os mesmos serviços técnicos já se prestaram noutras ocasiões a que a Câmara permitisse o que não devia permitir.
A conclusão a retirar deste procedimento, é de que os responsáveis pela Câmara Municipal de Olhão se preparavam para mais uma golpada, alienando parte de um património para beneficiar alguém, que não a maioria do Povo. è caso para perguntar o que seria deste concelho se não tivesse vindo a crise? Eram capazes de vender o concelho por um punhado de euros.
Será que alguém anda a meter dinheiro ao bolso?
Com certeza que andam ou isso nao fosse uma pratica comum na construcao no Algarve todo!!!!!!
ResponderEliminarAlguém a meter dinheiro ao bolso? Cruzes canhoto, canhoto...não, não. Tal seria crime lesa pátria, seria quebrar a tradição da seriedade, da transparência da gestão pública, atributos que têm marcado e marcarão a diferença, a autoridade moral "desta" democracia em relação à ditadura de contorno fascista.
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