Já há uns meses que não consultávamos o site da Aguas do Algarve, a empresa que tem a seu cargo a exploração e tratamento das aguas residuais urbanas, em alta.
Ainda que por lei, esteja brigada à publicitação, na sua pagina na internet, dos resultados analíticos, à entrada e saída, a verdade é que, apesar de já estarmos em 2016, não tem um único resultado publicado relativo ao ano de 2015.
A publicação dos resultados permitem o acompanhamento e fiscalização das descargas de aguas residuais (mal) tratadas no meio aquático, seja ele nas aguas interiores ou costeiras, e ver da conformidade com a lei.
A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e a Agência Portuguesa do Ambiente são as entidades licenciadoras das ETAR mas têm também a responsabilidade da fiscalização do cumprimento por parte das mesmas.
Ao longo dos anos temos vindo a denunciar da ilegalidade das descargas das aguas residuais, com denuncias apresentadas junto dos tribunais e até mesmo da UE, que encontram sempre uma forma subtil de fugir à sua função e viabilizar a poluição, neste caso do meio marinho.
As aguas do mar, sejam costeiras, interiores ou de meios estuarinos, são classificadas e obedecem a parâmetros consoante a utilização a que se destinam. No caso, podemos dizer aguas para uso balnear, piscícolas ou conquicolas.
Também já percebemos que a única preocupação das entidades publicas é em relação às aguas para uso balnear, desvalorizando as consequências das descargas poluidoras das ETAR para as actividades económicas tradicionais no litoral algarvio, do mesmo modo que percebemos o porquê da sua actuação.
Na divisão do trabalho imposta pela União Europeia, aquilo que é dado a Portugal, é a prestação de serviços, a troco da destruição de todo o sector produtivo, que é transferido para outros países como a Espanha ou a França. É nesse contexto que se insere a política de pescas e da actividade conquicola.
Assim, desde que as aguas cumpram os requisitos para o uso balnear, pode dizer-se que está tudo bem, mas o pior é que a ausência dos resultados analíticos, escondem também, que nem para uso balnear as aguas têm a qualidade devida.
O IPMA, que deveria proceder à monitorização das aguas piscícolas e conquicolas também está calado que nem um rato, não fazendo a monitorização para não ter de dizer o que vai errado.
Por outro lado, temos as associações ditas ambientalistas, que têm muita língua contra os privados mas que contra o Estado calam os crimes deste, mesmo que possam pôr em risco a saúde publica. Os pantomineiros da LPN ou da Quercus, a esta até lhe foi dado o Minuto Verde para lhe fechar a boca, nunca denunciaram a poluição na Ria Formosa nem na Ria de Alvor.
Curiosamente, o anterior presidente da Aguas do Algarve foi promovido a secretario de estado do actual governo, talvez com a indicação de poluir o resto do País.
E o nosso moço pequeno em presidente de câmara, vogal do concelho de administração da empresa poluidora, nada diz sobre a falta de publicação dos resultados, talvez porque habituado à falta de transparência na autarquia, não vê mal algum na omissão.
Enquanto não publicarem as analises, podemos dizer que afinal a Aguas do Algarve está poluindo o mar algarvio.
REVOLTEM-SE, PORRA!
ResponderEliminarPor falar em poluição os senhores do site por acaso importaram se que amigos do sr.presidente
abram em espaços que são para fins industriais espaços comercias, com tetos de amianto que constituem um grave problema para a saúde pública tratado-se de um espaço para as crianças brincarem parece-me que não,talvez não tenham já crianças mas têm de certeza netos isto sim preocupa-me também que pequenas coisas como estas aconteçam e nada digam , sem licenças para desenvolver a atividade , por estas podíamos começar as outras maiores vêm a seguir por se não parece que só nos preocupamos com as grandes .
Que pensar de alguém que actua da mesma forma daqueles que persegue e pune? Que também é bandido. Que fazer? Chamar os incorruptíveis do MP, da ASAE, da polícia ou deitá-lo borda fora?
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