Na semana passada foi noticiado o grau de endividamento das famílias algarvias, como se pode ver em http://www.sulinformacao.pt/2016/02/precariedade-e-a-principal-razao-do-sobre-endividamento-das-familias-no-algarve/.
No ano de 2015, o Algarve ocupava o terceiro lugar no podium das regiões com familias endividadas e dentro da Região, Olhão, Portimão e Faro ocupam os lugares de topo.
De registar que Olhão e Portimão têm também um lugar cimeiro, acompanhados de Vila Real de Sº António, na lista de titulares de rendimento mínimo, que no Algarve se situa na ordem dos quarenta por cento da população activa.
As perspectivas de desenvolvimento traçadas e mantidas para a região, apesar de toda a propaganda feita ao "elevado desenvolvimento" não se traduzem minimamente em desenvolvimento das populações, embora haja muita gente a enriquecer à custa da miséria alheia.
E se as perspetivas falharam, o genocídio fiscal e as políticas de austeridade decretadas pelos governos de PSD/CDS e PS, acabam por condenar ao empobrecimento generalizado do Povo algarvio, com reflexos na actividade económica da região.
É óbvio que os diferentes níveis de Poder, fazem questão de enaltecer os casos de sucesso empresarial mesmo que sejam obtidos à custa de salários de miséria, e mesmo assim quando os pagam, de precaridade no trabalho, mas omitindo as situações de fome e miséria que assolam o Povo. Os nossos governantes, a todos os níveis, não querem saber da miséria alheia, porque apesar e à conta dela, vão auferindo ordenados e mordomias, acentuando as desigualdades entre as classes.
Em Olhão, a Ria Formosa, foi no passado a maior fonte de alimento e rendimento das famílias olhanenses, mas a autarquia, desde o 25 de Abril, dirigida pelos socialistas, fez questão de acabar com a "galinha dos ovos de ouro", promovendo a poluição, seja através de esgotos directos como construindo uma ETAR onde as aguas residuais não têm o tratamento adequado a uma zona de produção de bivalves.
Documentos que não foram feitos por nós, mas por entidades oficiais, apontam para um quadro de densidades desejável de 120 unidades por metro quadrado, ou seja o equivalente a dois quilos; se tivermos em conta que a área de produção é de 4.500.000 m2, a produção da Ria seria de 9.000 toneladas, que renderiam cerca de 90 milhões de euros. Só em ameijoa - boa!
E se a estes números, juntarmos as restantes espécies, bem se pode apontar o valor económico para mais de 180 milhões de euros, proporcionando um rendimento per capita de 4.000 euros anuais.
Por isso, a Ria e a sua produção de ameijoa deveriam merecer por parte das entidades que nos desgovernam uma atenção especial. Enquanto o não fizerem, Olhão e o seu Povo viverão na miséria por mais que digam que estamos no caminho do desenvolvimento.
O Povo de Olhão deve reflectir naquilo que os nossos governantes, particularmente os locais vêm fazendo. Precisamos de mudar de paradigma e recuperar o poder de compra do passado, rejeitando as políticas de austeridade e propostas de desenvolvimento que não sejam discutidas e geradoras de riqueza para o Povo.
REVOLTEM-SE, PORRA!
A miséria em Olhão é tanta que até a mãe do Dono Disso Tudo anda a gamar nos supermercados.e até se dá ao descaramento de colocaro netinho, um dos filhos do Dono Disso Tudo a gamar,só para andar cheiros.
ResponderEliminaré a miséria do cheiro.