O presidente da Câmara Municipal de Olhão, funcionando como caixa de ressonância do seu partido http://www.cm-olhao.pt/destaques2/1864-dragagens-no-canal-e-barra-da-fuseta-avancam-em-breve, vem apresentar dragagens no canal e barra da Fuzeta, porque respondendo às questões suscitadas sobre essa matéria por um deputado laranja, a ministra do mar e o secretário de estado das pescas, terão respondido que essas intervenções serão executadas no âmbito da Sociedade Polis.
Há coisas engraçadas, pois os autores destas declarações, foram os mesmos que há cerca de dois meses, aquando da visita à Conserveira do Sul, declararam que o problema das demolições não era da tutela deles mas sim do Ministério do Ambiente e Ordenamento e que nada podiam fazer, embora declarassem na altura que o responsável tutelar iria apresentar uma solução consensual que tarda e nunca vai aparecer.
Mas se as demolições dependem do Ministério do Ambiente, as dragagens, sejam elas na barra ou nos canais, também dependem daquele Ministério, mal se percebendo porque razão, estes responsáveis políticos se vêm pronunciar sobre matéria que não lhes diz respeito.
Estranho também é o facto do deputado laranja, o tal que à época negociou os terrenos da Mata de Montegordo de um forma duvidosa segundo uma certa comunicação social, venha a terreiro mostrar alguma preocupação com aquilo que o governo do seu partido, e de má memória, não fez mesmo depois da visita guiada à barra da Fuzeta.
No fundo uns e outros namorando os pescadores da Fuzeta como se de facto estivessem interessados em resolver o problema, como iremos demonstrar.
No ano de 2004, era primeiro ministro Durão Barroso, na avaliação de impacto ambiental do porto de abrigo, que mereceu parecer desfavorável, dava-se a conhecer que o estudo de impacto ambiental continha algumas lacunas. Ora, se a Câmara Municipal de Olhão estivesse interessada em resolver o problema, teria responsabilizado o autor do estudo, porque o mesmo estava incompleto, nomeadamente no capitulo dos estudos geológicos dos fundos. Ao invés disso, a Câmara Municipal de Olhão, optou por se calar, porque em boa verdade não tinha qualquer interesse nas obras do porto de abrigo, fazendo um compasso de espera para levar os pescadores a desistirem do projecto, porque no fundo o desejável seria a construção de um porto de recreio.
A propósito da construção do moinho de maré do alemão, o parecer do ICN impunha algumas condições e parte delas relacionadas precisamente sobre a área do porto de abrigo ou de recreio, como lhe queiram chamar.
Claro que os pescadores da Fuzeta devem manter a sua luta por melhores condições, seja da construção do porto de abrigo ou da navegabilidade da barra, um autentico cemiterio, mas devem também perceber o que verdadeiramente está em jogo.
A barra deve ser relocalizada no seu ponto de origem, frente ao salva-vidas, o sitio onde apresentou maior longevidade. A Sociedade Polis, que não gastou um cêntimo nas demolições na Fuzeta, mas que soube gastar o dinheiro no encerramento de duas barras para abrir uma onde todos se pronunciaram contra, excepto o LNEC que fez um estudo em tempo recorde, para o justificar. É que o que estava em causa eram as construções ilegais feitas em Domínio Publico Marítimo, nas quais a agua do mar poderia entrar, já que ela chega mesmo ao pé.
Botar faladura não basta e por isso vir dizer que a Sociedade Polis vai fazer o quer que seja, não é mais do que uma forma de voltar a enganar os pescadores da Fuzeta. Isto porque a Sociedade Polis não tem fundos para executar a obra, tendo que se candidatar a fundo comunitários, o que leva o seu tempo, tanto tempo quanto o necessário para elaborar o respetivo estudo de impacto ambiental.
E já agora, recordamos que foi precisamente o actual presidente da Polis, à época do abre e fecha barras, que elaborou uma Nota Técnica na qual dava conta de que se o mar não abrisse a barra no seu ponto de origem, deveria então ser a própria sociedade Polis a fazê-lo.
Quem acredita no Pai Natal?
REVOLTEM-SE, PORRA!
Problemas da costa portuguesa que não se resolvem porque os lobies da areia dão fortunas a ganhar.
ResponderEliminarTão lindo o Pai Natal para deixar de nele acreditar. Sou uma criança de 86 anos, ao menos não matem o meu sonho.
ResponderEliminarObviamente que o negócio da areia é uma mina de ouro ou um filão de diamantes, sempre a bombar aquela maquia grande. Tal como os incêndios, quando não há inventam-se. Viva a transparência democrática da MAFIA.
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