O Ministério Público pediu hoje a condenação
de Macário Correia por cinco crimes de prevaricação alegadamente
cometidos quando era presidente da Câmara de Tavira, num processo em que
a sentença será conhecida a 29 de junho.
Na segunda sessão do julgamento do antigo
autarca, no Tribunal de Faro, o procurador Eduardo Cunha considerou que
“ficaram provados em tribunal” os factos apurados pela investigação e
que apontavam para a ilegalidade de despachos do autarca relativos a
licenciamentos em zona de Reserva Ecológica Nacional (REN).
Contudo, não pediu uma pena específica para o antigo autarca, deixando essa decisão a cargo do coletivo de juízes. Macário Correia presidiu à Câmara de Tavira entre 1998 e 2009, ano em que foi eleito presidente do município de Faro. Foi condenado a perda de mandato no âmbito deste processo judicial em 2012 e interpôs vários recursos, suspendendo as funções em 2013. A defesa de Macário Correia, conduzida pelo advogado Artur Cansado, pediu a absolvição do antigo presidente da Câmara de Tavira e refutou a ideia de que o autarca tenha tomado as decisões de licenciamento desses projetos, relativos a duas piscinas e habitações na serra de Tavira, para beneficiar alguém. No entanto, Artur Cansado pediu ao coletivo de juízes para, no caso de uma decisão de condenação de Macário Correia - que na sua perspetiva “não deve ser aplicada” -, considerar os cinco crimes de prevaricação “como um único crime, de forma continuada”, o que implicaria uma pena mais reduzida. “O arguido deverá ser condenado pelos cinco crimes de prevaricação porque decidiu contra o direito”, afirmou o procurador nas alegações finais, realizadas hoje, no final da segunda sessão do julgamento, que antes serviu para inquirição de uma testemunha de acusação e cinco de defesa. Eduardo Cunha considerou que “houve intenção do decisor de beneficiar alguém”, embora “sem ter ficado provada a existência de contrapartidas”, com o objetivo primordial de favorecer a instalação de pessoas numa zona de serra, sujeita a desertificação do território. O procurador criticou ainda a inexistência de “fatores ponderosos” que justificassem a aprovação desses projetos em zona de REN, como a existência de antigas ruínas na propriedade ou o facto de um requerente não ter casa própria e viver com os pais e ter um terreno onde pretendia construir habitação e fixar-se com a mulher. “A intenção de fixar pessoas na serra está subjacente a todos os processos”, afirmou, nas alegações finais. O advogado de defesa considerou, por seu turno, que “não houve nenhum tipo de favorecimento por parte do arguido” e que as cinco aprovações em causa, que saíram de um conjunto de centenas de processos analisados pela investigação, obedeciam a “fatores ponderosos” que as justificavam. Macário Correia terá agora que aguardar até 29 de junho para ficar a conhecer a sentença, cuja leitura o tribunal marcou para as 13:45. Por: Lusa Nota do Olhão Livre: Se o ministério Publico acusa o Macário Correia por 5 crimes de prevaricação, por autorizar a construção em Terrenos da REN, quando processos já devia ter metido o Ministério Publico, contra os autarcas de Olhão que durante anos e anos, autorizaram a construção de mansões, em terrenos da RAN, e que devido a essas ilegalidades, o tribunal administrativo já deu ordens de demolição, demolição essa que o presidente da CMOLhão ainda não cumpriu, como é o caso da Vivenda construída ilegalmente, no Sitio do Cascalho em Pechão. Será que o presidente da CMOlhão António Miguel Ventura Pina, filho do ex Governador Civil de Faro, António Pina, pensa que pode ir contra as ordens do Tribunal Administrativo? |
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13.13.Macário Correia foi o politico mais correcto que conheci nos ultimos 50 (cinquenta anos).Nunca lhe pedi favores e nunca me fez favores - 100%correto com
ResponderEliminartudo o que contactei com ele(e foram muitas mas mesmo muitas as situações).
A VERDADE É FILHA DO TEMPO E NÃO DA AUTORIDADE.Lamento o que irá acontecer ao anterior
presidente da Câmara de Olhão.
Se a justiça funcionasse em OLhão quem aprovou projectos urbanísticos que violaram os terrenos da Zona Reserva Agrícola Nacional e a Reserva Ecológica Nacional, e que violassem o PDMde OLhão, há muito que tinham sido julgados e presos.
ResponderEliminarEm Faro ocupação da REN está aos montes.
ResponderEliminarA politica funciona assim Macário Correia está acusado por autorizar a ocupação de um terreno na REN é noticia pública.
ResponderEliminarO presidente da União das Juntas de Freguesia em Faro aguarda a sentença por Peculato e não tem noticia, assim vai a POLITICA!