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segunda-feira, 4 de julho de 2016

OLHÃO: MEGA EMPRESA, MEGA FRAUDE!

O presidente da Câmara Municipal de Olhão, eleito pelo falso partido socialista, já anunciou a sua intenção de passar a gestão da habitação social para a empresa resultante da fusão da Mercados de Olhão e da Fesnima, como se pode ver em http://www.cm-olhao.pt/destaques2/1909-presidente-da-autarquia-faz-retrospetiva-e-anuncia-metas-a-cumprir-ate-final-do-mandato.
Tanto a Mercados de Olhão como a Fesnima levam à anos a apresentar saldos que só não são negativos graças aos subsídios da autarquia, porque de outra forma mal faria dinheiro para pagar os salários dos dois directores, funcionários partidários.
E diz desde logo, ainda que de forma sub-repticia as suas verdadeiras intenções de aumentar brutalmente as rendas. É que a gestão empresarial que pretende imprimir é incompatível com a função social inerente àquelas casas, destinadas às famílias de menores recursos.
A nova empresa vai ter um director financeiro, serviços sociais e serviços de obras. Para além disso deve ser transferida a divida relativa à aquisição das casas, ou seja, a sua amortização e serviço. E como se isso não bastasse, diz propor-se gastar 4 milhões na recuperação do edificado, um custo que, naturalmente, onerará as rendas.
O governo de direita, anterior, criou o regime de renda apoiada, parcialmente aplicada em Olhão, quando até os serviços da Provedoria de Justiça recomendavam a revisão da legislação por uma mais justa, e que vinha a ser contestada em todo o País. Mas o actual governo, socialista segue as pisadas do anterior, sem proceder a uma alteração de fundo.
Que o presidente da câmara não é nem nunca foi um individuo de esquerda e muito menos com preocupações sociais, já sabíamos mas daí a preparar o despejo de centenas de famílias, impondo uma rigorosa gestão, como afirma, vai uma grande distância.
Este canalha confunde apoios sociais com politicas sociais. Os apoios sociais do Pina caracterizam-se por uma espécie de "beneficiência" institucional, criada com o intuito de evitar que as pessoas venham para as ruas exigir os seus direitos, cada vez mais espartilhados.
Aúnica forma justa de ajudar as pessoas, não é dando o peixe mas sim acana para pescarem, o seu sustento.
A Ria Formosa, nos anos setenta, aquando do regresso dos chamados retornados, dava rendimento a milhares de famílias, e tem todas as condições, à parte a poluição, para continuar a dar o sustento sem que as pessoas tenham de mendigar. Só que a Ria, nos dias de hoje, tem meia dúzia de donos, gananciosos, que mais não vêem que o lucro rápido e fácil, sem a mínima preocupação social. De entre eles, como não podia deixar de ser, o Pina!
Quem queira estar na vida publica, em representação de um Povo, tem a obrigação de zelar pelos interesses da maioria do seu Povo, e não no seus ou de pequenos grupos de interesses.
Apostar num modelo de gestão empresarial aplicado à habitação social sem antes criar as condições para que as pessoas suportar um tal modelo, é estar a convida-las a abandonar as casas, ou em alternativa, o despejo.
REVOLTEM-SE, PORRA!

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