Em mais uma visita de rotina à pagina na internet da Aguas do Algarve, a empresa que gere o tratamento de aguas residuais urbanas, verifica-se que continuam em falta as análises de todas as ETAR do Algarve desde Agosto de 2014, já lá vão cerca de dois anos.
Tal não acontece por acaso, e obedece ao principio de que escondendo aquelas análises, o Povo da Ria Formosa fica sem argumentos para provar que as fontes de poluição, são as ETAR.
O Decreto-lei 152/97 regula a actividade da descarga das aguas residuais no meio hídrico, com o legislador a observar que aquele decreto, visava proteger as aguas superficiais dos efeitos das descargas das aguas residuais. No papel tudo é muito bonito, mas na prática é o que se vê!
No artigo numero dois o decreto lei, vêm as definições, sendo particularmente interessante o conceito de "eutrofização" como sendo o enriquecimento do meio aquático por fosforo e azoto, que provoque o crescimento acelerado de algas e de formas superiores de plantas aquáticas perturbando o equilíbrio ecológico e a qualidade das aguas em causa.
No entanto não é conhecida nenhuma zona do País classificada como em risco de eutrofização apesar de se saber que um pouco por todo o País, existem problemas semelhantes aos da Ria Formosa. Basta para isso lembrar, que o fitoplancton que está na origem das biotóxinas, atinge toda a costa portuguesa, sofrendo os efeitos nefastos da presença dos nutrientes como o fosforo e o azoto. No entanto limitam-se a classificar as aguas da costa portuguesa como sensíveis, esquecendo que meios confinados, com fraca renovação de aguas, como são as rias, lagoas, albufeiras ou estuários, carecem de uma protecção superior.
Um dos aspectos que está em incumprimento, é o facto de a Aguas do Algarve não fornecer os resultados analíticos das aguas residuais à entrada e saída das ETAR, porque isso nos permitia saber qual a percentagem de redução dos diversos parâmetros, sendo certo que na relação entre CBO e CQO deve ser de 1 para cinco. Também o parâmetro SST, deixou de ser publicado, porque já se sabia que estâva em completo incumprimento.
É fixado um numero mínimo de analises, no caso da ETAR Poente de Olhão, de 12 analises regulares em que apenas era admissivel a desconformidade em 2, quando nós sabemos que a desconformidade abrangeria a totalidade das analises.
E essa é a verdadeira razão para que a Aguas do Algarve não publique as analises, tal como estava obrigada por força da Lei, contando com a cumplicidade da entidade licenciadora, a ARH, presidida por Sebastião Braz Teixeira, o demolidor da Ria Formosa.
Cabe aos produtores de bivalves manifestarem a sua indignação e revolta pela forma despudorada como a Aguas do Algarve polui a Ria Formosa e mata os bivalves.
Já agora para referir que segundo o site, António Pina já foi corrido do conselho de administração da Aguas do Algarve.
REVOLTE-SE, PORRA!
As Aguas do Algarve brincam com o crime de poluir as aguas super protegidas da Ria Formosa e nada lhes acontece.
ResponderEliminarO presidente da CMOlhão António Miguel Pina chama terroristas a quem denuncia a poluição feita pela CMOlhão e nada lhe acontece.
O presidente da CMFaro Rogério Bacalhau polui todos os dias as aguas super protegidas da Ria Formosa e ainda tem a pouca vergonha de chamar mentirosos a quem denuncia esses crimes e nada lhes acontece.
Se o que está a acontecer no Rio de Janeiro um dia acontecer na Ria Formosa quero ver essa cambada de criminosos sacudir a agua do capote.
Vale a pena ler a noticia da Bola on line
Jogos Olímpicos
Águas do Rio de Janeiro ainda infetadas com superbactéria
09:19 - 09-07-2016
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A pouco menos de um mês do início dos Jogos Olímpicos, as praias da Zona Sul do Rio de Janeiro continuam infetadas por uma superbactéria. Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) foi publicado pelo GLOBO no mês passado, mas agora recuperado pela CNN com rercussão internacional.
Trata-se de uma bactéria resistente a medicamentos e antibióticos e que afeta as provas de vela, remo, canoagem, natação ou triatlo.
A pesquisa - com amostras recolhidas em 2014 e resultados divulgados em maio deste ano - identificou a presença de Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) em praias tão conhecidas como Flamengo, Botafogo, Copacabana, Ipanema e Leblon.
Para a pesquisadora Renata Picão, a presença da superbactéria deve-se à poluição e a um ineficaz sistema de saneamento básico. Segundo Picão, apesar de a recolha de dados ter sido feita em 2014, nada indica que o resultado seria diferente hoje.
Nada que não seja do conhecimento público. Problema maior está na protecção ao alto nível. O que é que Bruxelas fiscaliza?
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