Foi já este ano que António Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão, se congratulou pelo facto de uma organização privada ter subido alguns lugares no ranking da transparência nacional e que supomos ter sido a TIAC.
Aquela subida no ranking só é possível por uma análise parcial, obedecendo a parâmetros padronizados sem ter em conta a realidade .local. A analise desses parâmetros é feita à distância tendo por base publicações nas paginas da Internet dos diversos serviços.
A falta de transparência esconde muitos actos de corrupção ou de crimes que lhe estão conexos. E por isso não se estranha que uma boa dose desses casos atinjam o Poder autárquico, com o imobiliário como pano de fundo.
No caso de Olhão, ainda que não se possa afirmar haver corrupção, pode dizer-se que a falta de transparência esconde muita coisa, como se pode constatar pelo recentes desenvolvimentos que a construção dos lotes 203 e 204 da Ilha da Armona veio pôr a nu.
Mas não se pense tratar-se do único caso.Já aqui dissemos muitas vezes, que todos os processos de obras, sejam eles aprovados por deliberação ou por despacho, envolvem decisões com eficácia externa, sendo por isso obrigatória a sua publicação no portal da Câmara Municipal de Olhão. Desafiamos os nossos leitores a visitarem o portal da autarquia e verificarão que desde que tomou posse em Outubro de 2013 até Janeiro passado, nenhuma, mas mesmo nenhuma decisão desse tipo foi publicada.
E de tal forma assim foi, que o casal inglês que comprou os lotes 203 e 204, também comprou e fez obras na casa do Dr. Carlos Fuzeta, com uma ampliação que nos deixa muitas duvidas, e com algumas queixas de vizinhos que se queixam de terem sido entaipados.
E como essa, muitas outras vêm acontecendo.
Foi objecto de comunicação, o encerramento do trânsito de uma parte da Avenida D. João VI, ex- Nacional 125, por motivo de uma demolição. Demolição essa que no mínimo se pode dizer clandestina, já que não tem qualquer cartaz da obra em curso nem de quem é o seu proprietário.
Sabemos isso sim, que as casas a demolir eram de um particular, por sinal progenitor do vereador da CDU.
Ainda que concordemos com a demolição e com o direito à indemnização do proprietário privado, entendemos que por razões de transparência, a situação devia ser bem explicada.
O edificado agora a demolir estava condenado pelo alinhamento imposto pelo PDM e o seu valor estava, por isso fortemente condicionado. Mas seja de que maneira for, por um euro ou por um cêntimo, torna-se necessário saber se o terreno, e as casas, foram ou não expropriadas e se o foram, por quanto. E é necessário saber se o assunto foi objecto de deliberação camararia e aprovado pela Assembleia Municipal.
De há muito que se fala na construção da rotunda naquele local.
A situação torna-se tanto mais duvidosa, quando sabemos que o vereador da CDU, que em principio deveria fazer oposição e ter uma posição de contestação, tem sistematicamente acompanhado as decisões do presidente, fazendo mais de muleta do que de outra coisa.
Esclareçam lá isto!
Desde quando a MAFIA quer transparência?
ResponderEliminaracabei de ouvir e ver esta notiçia na Sic, eu pergunto-me será que ninguem, aconselhou o( casal Ingles), quem vendeu os lotes, quem fez o projeto, os da Camara e dizer-lhes que ali o espaço é protegido, que não se podia fazer nada? mas como isto é um Pais, dos desenrascas, a ideia é fazer e depois logo se verá, haverá sempre maneira de tornear o problema?
ResponderEliminarHistórias como esta, há por aí aos pontapés, sobretudo na zona da Fuzeta? a célebre casinha do farmaceutico, que construiu em zona prevegiliada de reserva agrícola,aonde ninguém podia construir, mas para que servem os amigos, há sempre dois pesos e duas medidas? uma vergonha
então estavam à espera do quê? oposição da CDU e depois lá se ia a negociata.
ResponderEliminarO moço enrola todos,e dá esmolas a todos, até os manes da justiça foram enrolados no jogo do poder.
Espectáculo de um clube de amigos que se ajudam uns aos outros com uma galera aparvalhada, confusa, com alguma a gritar vergonha vergonha.Espectáculo na Europa não em África, numa democracia não em ditadura. Moss atirem-se ao pântano com a mãe que o pariu.Nunca o salazar foi tão bandido sem vergonha mó.
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