Vai realizar-se, hoje, mais uma Assembleia Municipal, onde serão discutidos temas tão importantes quanto a envolvência dos Mercados como a Zona Histórica, e que por isso mesmo deve ser amplamente participada. Ou devia, mas...
A Mesa da Assembleia apresentou uma primeira ordem de trabalhos onde não se incluía a "discussão" da envolvência dos Mercados. Só depois de termos denunciado a situação é que os cavalheiros que compõem a Mesa se dignaram "corrigir" o lapso, já que estava em causa uma petição. E como as habilidades são mais que muitas, esqueceram-se de enviar conjuntamente com a nova ordem de trabalhos, o respectivo relatório da Petição. Mas chegou, tarde mas chegou.
A questão é que os partidos que constituem a geringonça olhanense, PS e PSD, não tinham qualquer interesse em discutir estes temas, perante um público que não se deixa convencer facilmente apesar das estratégias ensaiadas.
Se o patrão socialista, o Pina, está determinado em levar por diante, a supressão da circulação automóvel no lado sul dos Mercados e do estacionamento no lado norte da 5 de Outubro, o que a médio prazo pode determinar o fim da principal actividade, e a sua verdadeira essência, que é a venda do peixe, horto-frutícolas, carnes e afins, também não é menos verdade que o ideólogo local do PSD e membro da Mesa da Assembleia, sendo parte interessada na exploração da concessão de um porto de recreio duplicado, tem também interesse, em que toda esta frente de mar seja virada exclusivamente para o turismo. A área comercial de 2400 metros quadrados a desenvolver com a requalificação da 5 de Outubro, situa-se na extremidade do Porto de Recreio, enquanto a zona dos Mercados é a mais central, conferindo-lhe uma outra qualidade, do ponto de vista dos interesses económicos.
Para levar de vencida o ambicionado projecto, PS e PSD em conjunto, terão de correr em primeiro lugar com os pescadores da pequena pesca artesanal do porto de abrigo, construído com fundos comunitários para esse fim: Depois, criando dificuldades ao exercício das actividades que constituem a essência dos Mercados, induzindo os operadores a abandonarem.
Para além dos custos sociais e económicos que a decisão dos mentores terá para os operadores e familiares, pescadores e familiares, há ainda custos ambientais como sejam o entaipar da paisagem natural com a teia de mastros de veleiros. A presente decisão tem um acentuado cunho da classe dominante, para quem primeiro estão a salvaguarda de interesses económicos-financeiros da camarilha, mesmo que isso represente a degradação das condições de vida das populações.
Por isso os operadores dos Mercados têm de lutar por todos os meios contra a tirania destes ditadores. Lembramos que o Regulamento do Orçamento Participativo não foi submetido a discussão publica e menos ainda aprovado pela Assembleia Municipal, sendo por isso, impugnável, ou seja, o Orçamento Participativo teria de ser anulado.
Quanto ao Plano de Pormenor da Zona Histórica, exceptuando a queda da Torre Mirante, tudo mais se mantém, ainda que com ligeiros ajustes e nova linguagem.
A pedra de escarpão passa a ser pedra da região; mais do mesmo! No que concerne às cérceas, só aparentemente baixam para os 9,5 metros. Mas atenção que se a titulo de exemplo, quiser ter uma frente com maior cércea na 5 de Outubro, basta apresentar como sendo a frente no Largo João da Carma e depois fazer um recuado que ficará com a frente para a Ria. Assim a cércea no Largo seria de 9,5 metros e na 5 de Outubro, 12,5. Habilidades e mais habilidades!
Mantém-se a "Requalificação do Edifício da Alfandega", um prédio particular, e que nos últimos foi objecto de profunda requalificação, com a abertura de espaços modernos. Então que "Requalificação" é esta? O Edifício da Alfandega está na faixa automática de protecção dos Mercados, não permitindo por isso grandes alterações. Ou será que a coberto desta "Requalificação" o que se pretende é fazer obras na sede local do partido que desde o inicio da era democrática tão mal tem gerido os destinos do concelho? Mas isso não será uma forma de financiar o partido do Poder? A responsabilidade da conservação interior do edifício não é do inquilino?
Quanto à calçada, porque não se reutiliza a pedra existente, reduzindo os custos em mais de um milhão de euros? A quem serve este desperdício? E que destino será dado à pedra existente? Quem vai ganhar com a sua venda?
E como não podia deixar de ser, mais uma vez, a ausência de documentos essenciais a uma correcta avaliação do projecto de Plano de Pormenor da Zona Histórica, razão para pedir a sua impugnação, caso seja aprovado.
A todos os olhanenses sem excepção, cabe lutar contra os planos do PS e PSD, de destruição das características e da história de um Povo, seja através do edificado ou da alteração das condições de vida das pessoas.
ABAIXO A TIRANIA!
PELO DERRUBE DA DITADURA!
eles querem é acabar com a venda de peixe e fruta para obrigar o pessoas a ir às grandes superfícies.
ResponderEliminarAgora acaba de ser demolida a Fábrica do Pacheco para se instalar mais uma grande superfície.
As praças estão a ser cobiçados pelo gajo do PSD que é sócio da marina com o apoio do macaco do pina.
Ele quer é a Marina até ao T e fazer desaparecer as praças.
e ficou tudo na mesma?
ResponderEliminarOs interesses económicos de certos senhores do poder na autarquia de OLhão sãomais fortes que os do povo?
fui ontem à assembelai Municpal e as mentiras foram mais que muitas.
ResponderEliminarComo podem os politicos não ter vergonha de mentir tanto, sejam eles do ps sejam do psd
.o sempre em pé do psd é o que quer á força toda fazer a panelinha com o presidente e acabar com praça de olhão, para o espaço ficar de apoio à marina do alemão e do sempre em pé.