Morador do Bairro 8 de Outubro chamou-nos a atenção para o facto de a máquina que ali fora posta para se proceder à reparação da cuba do depósito da água, já lá não se encontrava, pelo que temia que a interrupção da intervenção pudesse de alguma forma trazer consequências para os moradores. Alertava ainda para a situação em que se encontrava o depósito, em processo de degradação continua. Posta a questão, não nos restava alternativa que não passasse por uma deslocação ao local.
Habituados que estamos às manigâncias da nossa querida Câmara Municipal e seu sector empresarial, fomos munidos de maquina que nos permitiu captar a imagem que reproduzimos.
Verificámos então que de facto a máquina já lá não reside e que o perímetro de protecção foi alargado; constatámos ainda que para alem de continuar com fissuras, há bocados do reboque que caíram e mais, na viga de suporte à cuba eram visíveis duas manchas de água e que podem ser comprovadas pela imagem.
E como não somos especialistas na matéria, demos-nos ao trabalho de pesquisar que tipo de intervenção requer um depósito de agua para consumo humano, cujo grau de exigência é superior a outro reservatório com destino diferente para o uso da agua, tendo encontrado o trabalho que damos a conhecer na recuperação de um depósito mais pequeno e que pode ser lido, se clicar no link seguinte https://engenhariacivil.files.wordpress.com/2008/12/engenharia-reabilitacao-de-um-reservatorio-de-agua-pela-sotecnisol.pdf.
Aquilo que tem vindo a ser feito no depósito do Bairro 8 de Outubro é bem diferente daquilo que podemos ler, desde logo por a intervenção se resumir, como parece, ao exterior, e mal pelos vistos.
Por outro lado sabemos que as infraestruturas de Olhão têm sido objecto de análise e estudo na UALG, onde parece ser consensual que se trata de um caos.
Estando nós, a pouco mais de dois meses das eleições, o lavar da cara ao depósito, que não a sua reparação, tem o sabor do eleitoralismo balofo; é que a fazer-se uma reparação como mandam as regras, e com vista ao prolongamento da vida do depósito, o abastecimento de água à população teria de acontecer e isso poderia ter reflexos nas eleições.
É óbvio que não defendemos o corte do abastecimento, mas não podemos deixar de dizer que o péssimo estado das infraestruturas, a degradação a que chegaram tem responsáveis, que agora procuram sacudir as responsabilidades que lhes cabem.
O actual presidente foi vereador sem pelouro durante quatro anos; seguiram-se outros quatro como vice-presidente, período em que foi criada a empresa municipal Ambiolhão. A criação da empresa trouxe consigo um projecto de investimento de 26 milhões para dez anos, dos quais apenas dois foram gastos apesar de já terem decorrido sete anos. O ainda presidente, qual Erdogan da nossa praça, concentrou em si os poderes do órgão Câmara e parte dos da Assembleia Municipal, mas nem assim foi capaz de fazer uma obra tão importante e estruturante para o concelho. E nem se pedia que a fizesse de uma só vez, mas que a calendarizasse por forma a termos direito a um futuro melhor. Não tem ele responsabilidades no que vem acontecendo?
Será que população de Olhão vai continuar a acreditar nas promessas desse artista?
Que Deus proteja o nosso Grande Líder ANTÓNIO PINA.
ResponderEliminarDeus ou a Maçonaria?
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