Há quatro anos atrás, precisamente a 28/08/2013, António Pina como candidato a presidente da Câmara Municipal de Olhão, na apresentação da sua candidatura, proferia o discurso constante do vídeo acima.
Entre outras coisas, falou da sua aprendizagem com o seu antecessor e da experiência adquirida na administração do Hospital de Faro. Não diz o que aprendeu, mas dizemo-lo nós que aprendeu a negar o acesso à informação, a esconder as suas decisões, e acima de tudo a encetar negócios pouco claros mas muito escuros; aprendeu ainda a violar os planos de ordenamento e especializou-se na arte de contornar a Lei; já no hospital de Faro, a experiência adquirida passou pela indiciação de irregularidades na gestão de tal forma que ainda hoje é chamado com alguma regularidade àquela instituição.
Definiu como prioridades cuidar do condomínio que é a concelho, mas fez exactamente o contrário. Estradas mal cuidadas, um Auditório que funciona para alguns e que serve para encobrir outras actividades, nomeadamente esconder o Parque de Estacionamento ali existente e em relação aos espaços verdes procurou libertar-se da responsabilidade da sua manutenção ao mesmo tempo que marcava eventos para os Jardins Pescador Olhanense e Patrão Joaquim Lopes que contribuíam para a degradação daqueles espaços.
Mas a grande prioridade era a construção de um novo campo de futebol para Olhão, esquecendo-se do que havia prometido para Pechão (vá lá, mandou arranjar os balneários) e a Fuzeta ficou completamente de fora das preocupações presidenciais.
Quanto à redução dos impostos municipais, se é verdade que baixou a percentagem do IMI, também não é menos verdade que foi o BE quem apresentou a primeira proposta para a sua redução, mas arranjou um manhoso engenheiro a enganar o vereador daquela força política. Recentemente, a mesma força política, propôs nova redução que o Pininha não aceitou.
Já quanto à tal Agência de Desenvolvimento, foi pelo cano de ligação à ETAR.
Quanto ao segundo hotel, a argumentação para a entrega da concessão a um grupo de amigos, é ridícula a pretensão pinesca, porque ninguém de bom senso está a ver vinte pessoas a dormirem nos barcos e muito menos quinhentas, partindo do pressuposto de um barco um quarto, como afirma o mentecapto candidato a presidente.
Por fim vem a tal frase transversal a todo o leque partidário, mas apenas e só no discurso, de fazer política com as pessoas. A falta de transparência dos actos é cada vez maior, a opacidade das decisões escondidas no atraso da publicação das actas e pior ainda nos processos de obras particulares aprovadas por despacho que são de publicação obrigatória. Dois exemplos recentes ilustram bem o virtuosismo deste candidato a trafulha mor do reino: o envio de setenta e cinco processos de obras particulares para analise na empresa municipal de Vila Real de Santo António, onde trabalham algumas pessoas suas apoiantes e ainda o nebuloso negócio da compra do terreno para a construção de um silo automóvel, por valor acima do mercado.
Se isto é para esclarecer as pessoas, é natural que as pessoas vejam com muito maus olhos as manigâncias e traficâncias que se preparam no Largo Sebastião Martins Mestre sob a batuta de um tal Pina, herdeiro dos bons costumes familiares.
Um primeiro mandato para não esquecer com propostas de completa destruição ou descaracterização da Zona Histórica de Olhão, sem falar na da Fuzeta, a prevista liquidação dos Mercados e a destruição dos Jardins Pescador Olhanense e Patrão Joaquim Lopes, com a consequente desertificação do resto da cidade.
Olhão não é apenas a 5 de Outubro, mas todo um concelho abandonado!
E que futuro, caso este cretino ganhe as eleições?
O perigo de continuar a destruição do que ainda resta é motivo para que os nossos leitores rejeitem as propostas de um candidato de direita, apoiado pelos sectores mais retrogados da ala direita do PSD, desavindos ou não, filiados ou não, o que deixa antever uma perspectiva de futuro muito sombria.
Cabe aos olhanenses no próximo dia 1 de Outubro correr com este pequeno ditador.
Das pessoas apoiantes do Pina que trabalham na C.M.V.R.St.A uma delas é a filha do Sabino, por isso ele diz que não precisa de tachos, pois já conseguiu. Será que esses processos serão analisados por ela, ela tabalha no departamento de obras que coincidência. É por isso que ele adora o Baby Lores e Luís, o grupo musical do presidente, tem que engraxar também aquele.
ResponderEliminardos "novos desafios" a "olhão já tem um caminho" vê-se bem o percurso deste triste mandato e desta triste recandidatura - os desafios são parecidos aos de uma imobiliária (vender a todo o custo; aliciar investidores e negociantes para transformar olhão num grande negócio especulativo com obras mais que duvidosas e construções de cogumelo em cogumelo: mais empreendimentos turísticos, infraestruturas para marinas e jardins que não serão jardins mas esplanadas e palcos de eventos e ócio; agora o monstro do silo para parque automóvel; etc.); o caminho é assim uma descoberta do caminho marítimo para miami, construído em todo o segredo possível e com a certeza de mentes pequeninas que se julgam iluminadas, afastado da vontade das pessoas e dos próprios turistas que nos visitam, um caminho que terá lama e buracos, não só porque se baseia numa "bolha de procura turística massificada" que irá acabar como porque afunda os olhanenses: a sua identidade, o seu quotidiano, o seu emprego e a sua história. Ah! Já me esquecia que para o senhor presidente, adepto da ideologia de um tal chamado de Camilo Lourenço, a história é obsoleta e um entrave pois o que interessa, em vez de aprender com os erros do passado, é ser empreendedor a todo o custo e atuar no presente e no futura para extrair vantagens dos tão venerados negócios!!!
ResponderEliminarPor Olhão, cabe ao povo afastar do poder e da decisão todo este emaranhado de interesses!!!