De há muito que denunciamos a poluição na Ria Formosa e na costa portuguesa, com especial incidência na costa algarvia, sem que as entidades publicas e até mesmo largas franjas da população tenham mostrado a menor atenção ao que os rodeia a não ser pelos aspectos visuais.
A entidade exploradora da rede de aguas residuais em alta, é a Aguas do Algarve, no entanto não procede à publicação dos resultados analíticos conforme a Directiva Comunitária e a legislação nacional, no caso o Decreto lei 152/97. Por sua vez, a entidade emissora das licenças de descargas, a ARH Algarve, serviços desconcentrados da Agência Portuguesa do Ambiente, fecha os olhos e deixa andar.
E é essa entidade quem, em Novembro de 2015, faz a apresentação em power-point, do Plano de Gestão da Bacia Hidrográfica do Algarve, do qual extraímos a imagem acima, e onde se pode ver que afinal sabem que as descargas das aguas residuais poluem a Ria e a costa. Que medidas preventivas? ZERO!
Mas mais, é a Agência Portuguesa do Ambiente que vem, dar-nos razão mais uma vez, quando nos referimos à carga de poluição das escorrências dos campos de golfe ricas em fosforo e azoto.
Se juntarmos a carga de fosforo e de azoto existentes nas descargas das aguas residuais tratadas às dos campos de golfe, sem sombra de duvida que elas terão um efeito catastrófico para um ecossistema confinado, com fraca renovação de agua como é a Ria Formosa.
Mas não se pense que este problema se confina à Ria Formosa, pois temos conhecimento de que em Portimão, o Rio Arade sofre do mesmo tipo de problema.
Mas não se ficam por aqui os crimes ambientais cometidos pelas entidades publicas, já que as autarquias, quase todas elas, mantêm descargas directas, sem qualquer tratamento, através das redes de aguas pluviais. Estão pelo menos nessa situação que saibamos, Tavira, Olhão, Faro e Portimão. Desconhecemos no entanto noutros concelhos por falta de informação, mas está mais do que na altura de todos juntarem esforços para que tenhamos, ribeiras, rias, rios e costa despoluídos.
Embora a Agência Portuguesa do Ambiente apenas se refira à ameaça à diversidade ecológica por via da pesca ilegal e da introdução de espécies exóticas, sem que contudo mexa um dedo para o evitar, a verdade é que a maior ameaça provem exactamente da poluição, que num ano de seca, como o que atravessamos, necessariamente tem impacto negativos para as algumas espécies piscícolas e moluscicolas como a sardinha ou a cavala.
Estarão os algarvios dispostos a lutar para terem uma costa e rias despoluídas?
poluição dos esgotos directos para a Ria Formosa em Olhão serve para atracão turística.
ResponderEliminarNO T o que não falta são turistas a tirar fotos e a rirem. da pouca vergonha que se passa num Parque Natural, que dizem ser a Ria Formosa.
E é lindo de se ver. Turismo de idiotas isso sim.
ResponderEliminarAntónio Terramoto não devias estar sempre a lembrar este problema. Assim não deixas dormir descansados os autarcas de Olhão.
ResponderEliminarOu talvez não. Eles devem estar-se cagando para o futuro da Ria Formosa.
Quem não fizer limpesa da sua casa a porcaria passados alguns anos chega ao teto e depois
ResponderEliminarquem consegue sobreviver sobreviver no interior dessas casas?
Em 1970 havia os rebocadores, batelões e dragas que pertenciam à Junta Autónoma dos Portos e
ResponderEliminarestava permanentemente a limpar toda a Ria.Os custos eram insignificantes comparados com os
que atualmente a população está a pagar.Os Cabos do Mar (hoje policias maritimos) sozinhos
contolavam e bem a limpesa da Ria.
Em 2017 apesar das toneladas de ordenados e outros encargos monstros temos uma Ria Formosa
ResponderEliminara produzir
Cinco por cento (em quantidade de bivalves) que produzia em 1970
Tanta protecção que a Ria Formosa tem e o pininha continua a mandar todos os dias a caca para a ria?
ResponderEliminarPorque será que TODOS fecham os olhos e se calam?
O ministro do ambiente diz que acabou a impunidade para os crimes ambientais.será que o pina vai ser obrigado a acabar com o veneno para as aguas da ria formosa?
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