Como já vimos nos posts anteriores, continua a saga de distribuição de lugares, melhor dizendo tachos e panelas, por camaradas, amigos ou portadores de um certo cartão, de nada bastando votar no pequeno ditador. É preciso ser mesmo mais chegado!
O actual "director" da Mercados de Olhão, EM, vai-se reformar em Fevereiro próximo, mas não se pense que vai deixar vago o lugar, à espera de alguém com condições para o assumir. É que já está naquela empresa municipal alguém encarregado de o substituir, oriundo da Junta de Freguesia de Quelfes. Está bom de ver como funciona o recrutamento de pessoal e em especial quando a remuneração é um pouco mais elevada.
O actual "director" da Mercados de Olhão ocupara antes o lugar de vereador, mas os seus préstimos eram de tal forma insignificantes, que resolveram mantê-lo em actividade com um salário idêntico, mas em lugar onde não chateasse e o mantivesse calado. Ele sabia tanto dos cambalachos que por ali se tramavam.
O seu substituto não vai ter um vencimento semelhante, cerca de metade, mas também e diga-se em abono da verdade, não tivera qualquer cargo político, pelo que não merecia tamanho prémio.
Quando alguns pedregulhos, antes das eleições, se pronunciavam contra certas contratações, não da câmara ou das empresas municipais, apenas visando um opositor, e agora que integram a administração da empresa municipal, perderam o pio, ficam calados apesar de aos olhos das pessoas não passar despercebido a forma como são arranjados estes tachos e panelas, tão ao jeito de quem tanto nelas falava.
A opacidade na contratação de pessoal, seja para a autarquia ou para o sector empresarial local, com a celebração de contratos por ajuste directo ou por qualquer outra forma de contratação, deixada ao critério pessoal de alguns trastes, é vedar ao cidadão anónimo o acesso ao exercício de trabalho no grupo empresarial câmara municipal de Olhão. Nada que os concursos, tal como são concebidos, viessem alterar, mas pelo menos dava um ar de maior transparência. Na verdade, quando se promove um concurso para admissão de pessoal em que a componente da entrevista prevalece sobre a componente técnica, sabe-se à partida que caso os nossos ditadores, já têm a sua escolha feita, bastando conjugar os resultados da entrevista com os da parte técnica para que os resultados permitam a escolha desejada.
A nossa democracia está moribunda e a precisar de um choque profundo, que permita não apenas correr com esta cambada politiqueira mas ir ao edifício legislativo que admite este tipo de situações. O 25 de Abril não chegou à Justiça, não bastando o mau funcionamento das instituições como o seu suporte, a Lei!
é só bandidagem.
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