Em tempos a ministra do mar lançou a ideia, e bem, do combate à poluição provocada pelos plásticos. No seguimento da proposta ministerial, envolveram-se vários meios académicos e mobilizaram-se meios da sociedade civil para dar combate ao plástico no oceanos. Até aqui tudo bem!
Mas estranhamento, as mesmas entidades publicas e privadas que se dizem de combate à poluição dos mares, continuam a omitir a poluição resultante das descargas das ETAR e das ligações de esgotos às redes de aguas pluviais, o que vem acontecendo por toda a região algarvia, para não dizer que em toda a costa portuguesa.
A grande diferença, é que os plásticos são largados por particulares enquanto as redes de saneamento de de aguas pluviais, são publicas e claro, contra o Estado ninguém se pronuncia, não vão as mesmas entidades deixar de receber os subsídios para a investigação, como aconteceu no passado.
Gostem que não gostem, a verdade é que, embora existindo no meio natural, as biotoxinas que estão na origem da interdição da captura de bivalves, são exponencialmente acrescidas com as descargas dos efluentes das ETAR.
Para alem das biotoxinas, os coliformes fecais também abundam o que levam à interdição dos bivalves, mas a entidade dita independente do Estado que tem por competência proceder ás analises, não abre a boca para tecer uma única palavra sobre a poluição na Ria Formosa e ou em toda a costa algarvia.
Por algum lado se deve começar, sendo certo que o platisco tem de ser procurado os pontos de descarga das ETAR e dos esgotos directos, estão completamente identificados, mas lá está o omnipotente Estado a dizer que está tudo bem, quando está tudo mal.
Mas nada como envolver as escolas, que nunca se pronunciaram contra as descargas poluidoras, para procurar os plasticos. Uma atitude louvável mas que peca por ser tão parcial, E porque não colocar os alunos de biologia a fazer analises, ainda que rudimentares, dos despejos?
Faro, Olhão, Tavira e Portimão são cidades que têm este problema mas as escolas destes concelhos ignoram-no. Porque será?
O combate a todas as formas e fontes de poluição das aguas. dos solos ou do ar deve estar na ordem do dia, começando pelo Estado poluidor. Um Estado que não cumpre, não tem moral para obrigar os particulares a cumprir, a não ser que vivamos em ditadura.
E não há muitos meses que a UE disse que a reutilização da aguas residuais urbanas na agricultura em Portugal estava muito aquém daquilo que deveria estar.
Pois é certo que devemos reduzir os plasticos no mar, e a APA e o PNRF ja estao a trabalhar nisso mas claro começaram por atacar o pequeno ou seja o viveirista. como é em fevereiro saiu um edital para os viveiristas removerem as vedacoes dos viveiros ao mesmo tempo que no porto de pesca se forrava as pareces com pneus e tubos de borracha reciclada. ou seja num lado se proibe e noutro o estado financia a colocacao. ao mesmo tempo a UE com o programa Promar e agora MAR2020 apoio a compra de sacos de plastico para ostra de plastico reciclado. ou seja o plastico nao é todo igual o financiado pelos dinheiros publicos nao polui so o restante é que polui. depois devido ao buraco legislativo nao se dá alternativa para as vedacoes dos viveiros pois a lei actual a bom rigor nao permite o uso de nada. pois so permite materiais provenientes da ria.
ResponderEliminarhttps://www.apambiente.pt/_zdata/Editais/2017/Edital_3ARHALG-DRHL_2017.pdf