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domingo, 4 de março de 2018

ALGARVE: SAÚDE EM RISCO!

Foi noticia durante a semana que passou, mas que apesar do atraso, nos leva a tecer alguns comentários, sobre o péssimo estado da saúde no Algarve.
Segundo o jornal Publico, ver em https://www.publico.pt/2018/02/28/local/noticia/directores-do-hospital-injusticados-demitemse-por-falta-de-meios-1804824, três directores de serviço bateram com a porta como forma de protesto pelas condições de trabalho a que estão submetidos no Centro Hospitalar do Algarve.
Esta situação desde há muito que tem vindo a ser denunciada não só pelos médicos como pelos enfermeiros mas não tem obtido o feedeback da governação, não só pela falta daquelas condições mas também pelas consequências daí resultantes.
Para além da solidariedade que os trabalhadores do Hospital de Faro merecem na sua luta por melhores condições temos também de ver o problema pelo lado dos doentes, a razão de ser do Serviço Nacional de Saúde.
Ao longo dos anos que os doentes que precisam de acorrer ao SNS têm vindo a perder direitos, seja na cobrança das taxas moderadoras, na comparticipação dos medicamentos ou na marcação de consultas muito para alem dos prazos impostos por Lei.
A falta de pessoal a todos os níveis não está dissociado das infecções hospitalares, cada vez mais frequentes. A pressão no atendimento aos doentes, por vezes, leva ao descurar dos procedimentos de assepsia que estão na maioria dos casos associados àquelas infecções. Procedimentos como desinfectar as mãos, a mudança de luvas e outros fazem parte do rol dessas situações.
Embora tentem omitir as causas de certas mortes registadas no Hospital de Faro, a verdade é que cada vez se ouve mais dizer que fulano tal morreu por uma bactéria, ou seja o doente vai ao hospital para se tratar de uma doença ou uma pequena fractura e acaba por morrer por uma doença cuja responsabilidade é do mau funcionamento do Hospital, particularmente das péssimas condições de trabalho.
Vergonhosamente, nesta Republica das Bananas, um atrasado mental com um cartão partidário tem direito a ser assessor ou ser contratado como consultor, levando uma vida sem stresses e ganhando muito mais que um médico ou enfermeiro que estão no seu posto de trabalho para salvar vidas. Da inutilidade de uns à extrema necessidade de outros, com esbanjamento de dinheiros públicos por uns e à mingua para outros assim vamos vivendo neste "paraíso" de podridão.
Não se pense que a tomada de posição dos médicos ou dos enfermeiros por si só resulta em algum beneficio para os doentes, É preciso que todos nós tenhamos consciência que devemos também encetar formas de luta, fazer a pressão que for necessária, para que as denuncias dos médicos e enfermeiros não caiam em saco roto.
POR UM SNS AO SERVIÇO DO POVO!

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