Por mais que tentem fazer passar a mensagem de que em breve a situação na Fuzeta estará regularizada em breve, a verdade é que a meio de Junho a população local e os veraneantes estão impedidos de frequentar a Armona Fuzeta!
A barra da Fuzeta é uma reivindicação antiga dos pescadores daquela localidade, numa altura em que tinham força porque a maioria da frota de Marrocos era constituída por membros desta comunidade. Depois de muitas promessas do Poder político e nunca cumpridas, chegou a vez da intervenção do Poder local para piorar as coisas, já que foi sob sua influência que a barra, natural diga-se, foi deslocalizada para não criar problemas ao sector imobiliário.
Já agora lembramos que de acordo com a Convenção Europeia para o Litoral, as povoações deveriam desenvolver-se em forma de cunha do litoral para o interior. Claro que ao Poder político isso não interessava e tinha que arranjar maneira de dar a volta ao assunto, inventando planos de ordenamento que previssem espaços de urbanização programada ou para fins turísticos. Isto sem corrupção! Bastando a quem tivesse acesso a informação prévia sobre essa localizações, com muitos autarcas à mistura, para enriquecerem ilegitimamente, comprando ao preço da uva mijona para vender ao preço do ouro. E isto sem falar nos "chumbos" frequentes de alguns projectos tidos por inconvenientes.
Com a Fuzeta também se passou isso e quase toda a frente de mar foi tomada por patos bravos gananciosos que não tiveram o menor pejo em cercar a Zona Histórica da Fuzeta com uma muralha de betão.
É nesse tipo de interesses que esbarram as pretensões dos pescadores da Fuzeta, já que o incremento do sector turístico naquela Vila, aos olhos do Poder político e não só, é incompativel com a presença de pescadores, olhados como se fossem feios, porcos e maus.
Ora a forma mais simples de correr com os pescadores é criar dificuldades para o exercício da sua actividade, na qual a barra é um elemento fundamental.
Vão fazer dragagens que embora possam vir a satisfazer de momento os pescadores, elas têm como objecto principal a navegabilidade para fins turísticos.
Entretanto os barcos da carreira estão impedidos de aceder ao cais, o que impede a recolha de passageiros, provocando prejuízos pelos quais ninguém se responsabiliza. Esquecem que se tivermos um Verão ventoso, o movimento de pessoas em Julho e Agosto pode não dar para recuperar os prejuízos acumulados.
Pior do que isso tudo, é o facto de estarmos perante mais um remendo, condenada ao insucesso se no equinócio de Março houver a conjugação de vendaval com o preia-mar, o que pode destruir o cordão dunar e espraia-lo pela Ria, tal como aconteceu há anos atrás em Cacela, que ainda hoje espera e desespera por uma intervenção.
Ao pensarmos que no Relatório de Avaliação de Execução do PDM se propunha o aterro da Ria, talvez seja mesmo esse o desígnio dos nossos autarcas, deixar que o mar faça aquilo que eles não têm a coragem de assumir, a construção de praias urbanas.
Haja paciência para tanta estupidez!
Haja paciência com tanta estupidez????????? Passamos a vida a ter paciência com as asneiras dos políticos, quantas vezes pura e sinistra corrupção. Em resultado da paciência o que temos hoje???? Com paciência sejam felizes.
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