Segundo o comunicado mais recente do IPMA, que pode ser lido em https://api.ipma.pt/public-data/snmb_bulletins/65-ci_snmb-25_06_2018.pdf, em Tavira e Fuzeta está interdita a apanha de qualquer bivalve pela presença de fitoplâncton produtor de biotoxinas.
Esta seria a medida mais correcta, porque preventiva, já que os níveis daquele fitoplâncton na agua podem vir a determinar a contaminação por biotoxinas. Mas no caso é de desconfiar!
É que para se poder fazer uma avaliação mais correcta, teríamos de ter os resultados analíticos da agua, não só dentro como fora da Ria, e também de toda a designada Zona L8, ou seja entre Quarteira e a Torre de Aires, mas isso o IPMA não divulga. Afinal as interdições já não são decretadas por contaminação por biotoxinas mas também pela presença de fitoplancton nocivo!
A Ria Formosa está sujeita às oscilações das marés, com entrada e saída de aguas oceânicas, mal se percebendo como só em Tavira e Fuzeta se regista a presença daquele fitoplâncton e não surja noutros pontos da Ria. Será que puseram algum filtro para impedir a entrada do fitoplâncton pelas barras da Armona, Farol ou da Barrinha?
Em anos anteriores, por exemplo, na Fuzeta chegou a ser decretada a interdição por contaminação microbiológica o que não impediu que fosse hasteada a bandeira azul na Praia dos Tesos. Perante a denuncia, e porque o sector turístico tem mais força que a pesca, foi "suspensa" a interdição, numa linguagem nunca utilizada até então.
Com a intervenção que vem sendo na Fuzeta, dragando as lamas do canal para repulsar para a praia, só lá para meados de meio do próximo mês é que a Armona-Fuzeta estará disponível para o uso balnear, ficando resumida assim ao uso da chamada Praia dos Tesos.
Ao longo dos tempos, as entidades publicas, tudo têm feito para evitar misturar os turistas com quem vive na Ria, talvez porque tenham a tez um pouco escura em relação aos "bifes" que nos visitam. Este é mais um daqueles episódios demonstrativos de que querem correr com as populações autóctones para no seu lugar introduzir o elemento estranho.
Que fiquem todos cientes que nós não estamos contra o turismo, mas contra o excesso e contra tudo aquilo que pode significar para as populações locais. Nós acreditamos, ao contrário de outros, que as povoações devem desenvolver-se a pensar nos residentes de tal forma que quem nos visite sinta o desejo de aqui voltar. Ver o turismo apenas do ponto de vista dos ganhos que possa proporcionar a alguns, ainda que há custa de custos indirectos para a maioria, pensamos ser completamente errado.
E se na Fuzeta se passa isto, em Tavira o problema vem a ser idêntico, com aqueles que vivem da Ria a serem impedidos de ganhar o pão, aquilo que o turista não lhe dá.
O IPMA prossegue na sua cruzada contra as pescas, fazendo o jogo do Poder político. Uma tristeza, a que os locais deveriam dar luta e encerrar de vez com uma instituição que não serve nem prossegue os objectivos para que foi criada.
As interdições na Fuzeta não serão pelas dragagens que estão a fazer na Ria ao pé da Praia dos Tezos?
ResponderEliminarcerca de uma dezena de pessoas já morreram intoxicadas comendo estes moluscos contaminados na ria podre de Olhão
ResponderEliminarAté ao afastamento completo de tudo o que empecilha os negócios da MAFIA.
ResponderEliminaro anonimo que diz que ja morreram pessoas devia provar isso, pois é facil etirar para o ar falsas noticias covarde
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