Há dias atrás foi publicado no Diário da Republica, uma recomendação ao Governo para uma intervenção urgente das infraestruturas patrimoniais em risco e à definição de um programa de mitigação de riscos da faixa costeira e de reposição dos cordões dunares do Algarve.
Cada governo que passa é mais mentiroso que o anterior, fazendo deste tipo de recomendações, por mais justas que sejam, o mesmo uso que faz do papel higiénico, ou seja. limpam o cu.
A verdade é que de desmentido em desmentido, de contradição em contradição, vão destruindo tudo que seja área protegida para no seu lugar colocar mamarrachos de betão, sob as pomposas denominações de eco-resort ou simplesmente, resort, ou seja. descodificando, mais turismo, como se este não fosse já excessivo.
Ao mesmo tempo de destruíram, com a omissão de certas autoridades, árvores centenárias para alem de outras espécies da fauna e da flora "protegidas" por Lei. E isto sem falar já no facto de a própria zona estar protegida por legislação internacional que o estado adoptou, transpondo-a para o direito interno português.
Como sempre, e porque a legislação já é feita com alçapões para permitir as escapadelas do costume, lá vêm os pareceres ditos "favoráveis" para completar o esquema. Ora os pareceres favoráveis não são vinculativos, porque apenas habilitam e não obrigam, enquanto os pareceres desfavoráveis são vinculativos porque impõem certas obrigações para que possam ser validados.
Facilmente se arranjam pareceres favoráveis, particularmente junto de entidades publicas, que abrem a porta a toda a espécie de golpadas, bastando dizer que não veem "inconveniente", desde que do outro lado se disponham elevados "interesses" económico-financeiros.
Não sabemos ao certo a localização do empreendimento que a seguir deixamos o link, mas que pode muito bem ser na zona ou nas suas proximidades, pelo que poderá dar para perceber os crimes cometidos em Cacela.
Vejam a noticia em https://vidaimobiliaria.com/noticia/investidores-aceleram-o-monte-rei-golf-country-clu/. Não é por acaso que os investidores aceleram o processo, porque pode começar a organizar-se um amplo protesto contra a localização deste tipo de empreendimentos, pelas repercussões que pode ter na fauna e flora das áreas em que se localizam.
De uma coisa ninguém duvide, é que depois de terem assassinado o Barlavento chegou a hora do ataque ao Sotavento e com ele à Ria Formosa.
Acredito que da parte das populações se gerará um movimento de protesto contra mais esta aberração. Chega de crimes ambientais!
Com provas dadas seguirá aquilo que acontece em qualquer democracia dominada pela MAFIA.
ResponderEliminarCom a unificação dos serviços do ambiente com a AFN foi destruição total das áreas protegidas, para os florestais as áreas protegidas não contam para nada, cada vez mais os serviços da preservação da natureza vão desaparecendo e ficando moribundos.
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